Após um ano e meio de dedicação, os estudantes do curso técnico de Química do Instituto Nossa Senhora da Glória - INSG/Castelo: Ludmilla Assis, Lucas Ismério e Alexia Aprígio encerraram sua jornada acadêmica com projetos que dialogam diretamente com temas urgentes do cenário ambiental.
Ludmilla e Lucas investigaram a produção de biodiesel a partir de óleo vegetal reutilizado, com amostras coletadas na cantina da própria escola. Com interesse pela química orgânica e pela busca de soluções sustentáveis, os dois testaram duas metodologias diferentes, variando temperatura e tipo de álcool. As amostras resultantes passaram por testes de solubilidade, densidade e inflamabilidade, e o segundo método apresentou melhor desempenho.
Segundo os estudantes, o trabalho permitiu compreender, na prática, as vantagens e os desafios do biodiesel como alternativa ao diesel tradicional, além de estimular reflexões sobre o impacto ambiental de combustíveis fósseis. “Conseguimos alinhar teoria e prática, entender o processo em profundidade e discutir os impactos socioambientais de forma concreta”, afirmou Ludmilla.
Também abordando um tema ambiental de grande relevância, Alexia Aprígio desenvolveu um estudo sobre a presença de óleos e graxas em amostras de água contaminada, usando a metodologia gravimétrica — técnica baseada na extração com solventes, evaporação e pesagem do resíduo. A ideia surgiu a partir da vivência da aluna como estagiária na GT Química, onde teve contato com outro método para o mesmo tipo de análise.
Durante a execução, Alexia analisou três amostras tratadas com sílica gel e submetidas a processos com equipamentos como rotaevaporador e estufa. Os resultados foram comparados com os parâmetros da resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), possibilitando verificar se os índices estavam dentro do permitido para efluentes industriais.
“Esse tipo de análise é essencial para o controle ambiental, especialmente no contexto das operações offshore. Foi uma oportunidade de aprofundar o que aprendi no estágio e aplicar de forma autônoma no laboratório”, relatou a aluna.
Para a professora e coordenadora Jaqueline Mateus, os trabalhos apresentados são a culminância de uma formação que alia teoria, prática e conexão com o mercado.
“Esses projetos mostram como nossos alunos estão alinhados com as estratégias de ESG adotadas pela indústria da energia, petróleo e gás. São demandas atuais e complexas que eles enfrentam com competência, responsabilidade e visão crítica. Ver esse conhecimento sendo aplicado na prática, com tanta maturidade, é motivo de muito orgulho”, afirmou.
Por: Alysson Nogueira