Reitor-mor
Quarta, 10 Outubro 2012 12:42

Conhecer Dom Bosco: as “Companhias” salesianas

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  A extraordinária fecundidade do modelo associativo salesiano   “Como os companheiros que me queriam levar às desordens eram os mais desleixados nos deveres escolares, começaram também a recorrer a mim para que lhes fizesse o favor de lhes emprestar ou ditar o tema da aula. Isso desagradou ao professor, porque minha mal-entendida benevolência favorecia-lhes a preguiça, e me proibiu de ajudá-los. Recorri então a um meio menos prejudicial, isto é, explicar as dificuldades e ajudar os mais atrasados.... Começaram a vir para brincar, depois para ouvir fatos e fazer a tarefa de aula, e, por fim, sem motivo algum, como os de Murialdo e de Castelnuovo. Para dar um nome a essas reuniões, costumávamos chamar-lhe Sociedade da Alegria. O nome vinha a calhar, porque cada sócio tinha a obrigação estrita de arranjar livros e provocar assuntos e brinquedos que pudessem contribuir para estarmos alegres. Tudo o que pudesse ocasionar tristeza, especialmente as coisas contrárias às leis do Senhor, estava proibido. Assim, quem houvesse blasfemado ou tomado o nome do Senhor em vão, ou tido más conversas, era imediatamente expulso da sociedade. Encontrando-me desse modo à testa de uma multidão de companheiros...” (Memórias do Oratório, Primeira Década, 6).  
  Níveis de pertença e compromisso de uma intuição genial: “Eu sempre precisei de todos”!   Dom Bosco não tem receio de pedir. Para poder ir ao seminário faz a primeira coleta da sua vida, a primeira de uma longa série. “Restava provê-lo de hábitos clericais que a pobre Margarida não teria podido comprar-lhe. O padre Cinzano falou sobre isso com alguns paroquianos, e estes aceitaram rapidamente concorrer para a boa obra. O senhor Sartoris deu-lhe a batina, o cavalheiro Pescarmona ofereceu o chapéu, o próprio padre Cinzano deu-lhe a capa, outros lhe compraram a gola e o barrete, outros, as meias, e uma boa senhora recolheu o dinheiro necessário para dotá-lo, ao que parece, de um par de sapatos. Essa é a maneira com que a divina Providência usará em seguida com o nosso João, servindo-se da ajuda de muitos para sustentar o seu servo fiel e todas as obras às quais ele porá as mãos. E nós ouvimos Dom Bosco repetir, mais de uma vez: – Eu sempre precisei de todos!” (Memórias Biográficas I, 367).  
Quinta, 16 Agosto 2012 12:21

Pedagogia da Bondade: a homilia do Reitor-Mor

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  Também neste ano o Reitor-Mor foi ao Colle Don Bosco, Itália, para presidir a Eucaristia no lugar em que nasceu o pequeno João Melchior, que para todos se tornou: Dom Bosco. A celebração marcou oficialmente a passagem do primeiro ao segundo ano de preparação ao bicentenário de seu nascimento; e a passagem do primeiro tema (conhecimento da sua história) ao segundo: o conhecimento da sua pedagogia. A homilia oferece tópicos interessants para a reflexão e a ação do educador salesiano.
A facilidade de comunicação foi posta por Dom Bosco a serviço de educar e evangelizar a juventude.   
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em visita ao Brasil nos dias 19 e 20 de março para ampliar e aperfeiçoar as relações políticas e comerciais entre os dois países, durante o discurso aos empresários, recordou o sonho de Dom Bosco sobre a cidade de Brasília. “Brasília é uma cidade jovem, tem apenas 51 anos, mas teve sua origem há mais de um século; em 1883, Dom Bosco teve a visão de que um dia a capital de uma grande nação seria construída entre os paralelos 15 e 20, e que seria o modelo do futuro e daria oportunidades para todos os cidadãos brasileiros”.   
Um pátio, uma igreja, uma escola: a tríade essencial da casa salesiana estava viva e era eficaz desde os iníciosrest of the text "Já em São Francisco de Assis havia percebido a necessidade de uma escola. Há jovens um tanto avançados nos anos, que ainda ignoram as verdades da fé. Para eles, o simples ensino oral é longo e quase sempre aborrecido; por isso com facilidade o deixam. Tentou-se dar-lhes algumas aulas, mas isso não foi possível por falta de locais e de professores que nos quisessem ajudar. No Refúgio, posteriormente na casa Moretta, iniciamos uma escola dominical estável, e também uma escola noturna regular quando nos estabelecemos em Valdocco.Para alcançar um bom resultado, enfrentava-se uma matéria por vez. Por exemplo, fazia-se num ou dois domingos passar e repassar o alfabeto e soletrar; em seguida tomava-se logo o primeiro catecismo e nele fazia-se soletrar e ler até que fossem capazes de entender uma ou duas das primeiras perguntas; essa era a lição para a semana seguinte. E quando chegava o domingo, fazia-se repetir a mesma matéria, acrescentando novas perguntas e respostas. Destarte pude em oito domingos fazer com que alguns chegassem a ler e estudar sozinho páginas inteiras do catecismo" (Memórias do Oratório, 181).  
Reitor-mor
Quarta, 10 Outubro 2012 12:42

Conhecer Dom Bosco: as “Companhias” salesianas

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  A extraordinária fecundidade do modelo associativo salesiano   “Como os companheiros que me queriam levar às desordens eram os mais desleixados nos deveres escolares, começaram também a recorrer a mim para que lhes fizesse o favor de lhes emprestar ou ditar o tema da aula. Isso desagradou ao professor, porque minha mal-entendida benevolência favorecia-lhes a preguiça, e me proibiu de ajudá-los. Recorri então a um meio menos prejudicial, isto é, explicar as dificuldades e ajudar os mais atrasados.... Começaram a vir para brincar, depois para ouvir fatos e fazer a tarefa de aula, e, por fim, sem motivo algum, como os de Murialdo e de Castelnuovo. Para dar um nome a essas reuniões, costumávamos chamar-lhe Sociedade da Alegria. O nome vinha a calhar, porque cada sócio tinha a obrigação estrita de arranjar livros e provocar assuntos e brinquedos que pudessem contribuir para estarmos alegres. Tudo o que pudesse ocasionar tristeza, especialmente as coisas contrárias às leis do Senhor, estava proibido. Assim, quem houvesse blasfemado ou tomado o nome do Senhor em vão, ou tido más conversas, era imediatamente expulso da sociedade. Encontrando-me desse modo à testa de uma multidão de companheiros...” (Memórias do Oratório, Primeira Década, 6).  
  Níveis de pertença e compromisso de uma intuição genial: “Eu sempre precisei de todos”!   Dom Bosco não tem receio de pedir. Para poder ir ao seminário faz a primeira coleta da sua vida, a primeira de uma longa série. “Restava provê-lo de hábitos clericais que a pobre Margarida não teria podido comprar-lhe. O padre Cinzano falou sobre isso com alguns paroquianos, e estes aceitaram rapidamente concorrer para a boa obra. O senhor Sartoris deu-lhe a batina, o cavalheiro Pescarmona ofereceu o chapéu, o próprio padre Cinzano deu-lhe a capa, outros lhe compraram a gola e o barrete, outros, as meias, e uma boa senhora recolheu o dinheiro necessário para dotá-lo, ao que parece, de um par de sapatos. Essa é a maneira com que a divina Providência usará em seguida com o nosso João, servindo-se da ajuda de muitos para sustentar o seu servo fiel e todas as obras às quais ele porá as mãos. E nós ouvimos Dom Bosco repetir, mais de uma vez: – Eu sempre precisei de todos!” (Memórias Biográficas I, 367).  
Quinta, 16 Agosto 2012 12:21

Pedagogia da Bondade: a homilia do Reitor-Mor

Escrito por
  Também neste ano o Reitor-Mor foi ao Colle Don Bosco, Itália, para presidir a Eucaristia no lugar em que nasceu o pequeno João Melchior, que para todos se tornou: Dom Bosco. A celebração marcou oficialmente a passagem do primeiro ao segundo ano de preparação ao bicentenário de seu nascimento; e a passagem do primeiro tema (conhecimento da sua história) ao segundo: o conhecimento da sua pedagogia. A homilia oferece tópicos interessants para a reflexão e a ação do educador salesiano.
A facilidade de comunicação foi posta por Dom Bosco a serviço de educar e evangelizar a juventude.   
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em visita ao Brasil nos dias 19 e 20 de março para ampliar e aperfeiçoar as relações políticas e comerciais entre os dois países, durante o discurso aos empresários, recordou o sonho de Dom Bosco sobre a cidade de Brasília. “Brasília é uma cidade jovem, tem apenas 51 anos, mas teve sua origem há mais de um século; em 1883, Dom Bosco teve a visão de que um dia a capital de uma grande nação seria construída entre os paralelos 15 e 20, e que seria o modelo do futuro e daria oportunidades para todos os cidadãos brasileiros”.   
Um pátio, uma igreja, uma escola: a tríade essencial da casa salesiana estava viva e era eficaz desde os iníciosrest of the text "Já em São Francisco de Assis havia percebido a necessidade de uma escola. Há jovens um tanto avançados nos anos, que ainda ignoram as verdades da fé. Para eles, o simples ensino oral é longo e quase sempre aborrecido; por isso com facilidade o deixam. Tentou-se dar-lhes algumas aulas, mas isso não foi possível por falta de locais e de professores que nos quisessem ajudar. No Refúgio, posteriormente na casa Moretta, iniciamos uma escola dominical estável, e também uma escola noturna regular quando nos estabelecemos em Valdocco.Para alcançar um bom resultado, enfrentava-se uma matéria por vez. Por exemplo, fazia-se num ou dois domingos passar e repassar o alfabeto e soletrar; em seguida tomava-se logo o primeiro catecismo e nele fazia-se soletrar e ler até que fossem capazes de entender uma ou duas das primeiras perguntas; essa era a lição para a semana seguinte. E quando chegava o domingo, fazia-se repetir a mesma matéria, acrescentando novas perguntas e respostas. Destarte pude em oito domingos fazer com que alguns chegassem a ler e estudar sozinho páginas inteiras do catecismo" (Memórias do Oratório, 181).