Padre Pessinatti explicou que a iniciativa surgiu como resposta da RSE a um cenário de crescente evolução digital: “A educação não pode ficar para trás. Nós, salesianos, que temos a vocação de sermos educadores, também procuramos acompanhar as exigências da modernidade”, afirmou.
Sobre a questão da substituição das ferramentas clássicas de ensino, o diretor da Rede apontou que a educação passa por um momento de transição, com o surgimento de várias tecnologias capazes de facilitar o trabalho dos educadores e o aprendizado do aluno, mas ponderou: “O mais importante é o conteúdo a ser entendido e digerido pelo aluno. O esforço de aprendizagem não diminuiu. Foi facilitado pelos meios digitais, mas o esforço da análise crítica continua”.
Ao longo da entrevista, houve tempo também para contar um pouco sobre como foi o surgimento do projeto, desde a parceria com a Edebé-Espanha e o aproveitamento da sua experiência na produção de materiais didáticos digitais, até a adaptação do material para o contexto da RSE e o começo da implantação nas escolas. Padre Pessinatti também explicou as características dos três produtos que compõem o novo material: o livro digital, “enriquecido com toda a facilidade que a internet oferece”, o caderno interativo, com sugestões de atividades, e o acompanhamento de uma ferramenta mais clássica, o livro impresso, mas bem mais leve e conciso do que o anterior.
Sobre a possibilidade de dispersão do aluno durante as aulas, levantada por alguns que ainda veem com receio os materiais didáticos digitais, o diretor da Rede esclarece que existem muitas possibilidades de moderação no acesso aos conteúdos: “Temos recursos de filtro. Mesmo que o aluno esteja on-line, fica focado na sala de aula”.
Em seguida, padre Pessinatti ressaltou que os recursos digitais favorecem um processo dialógico entre o aluno e o professor, possibilitando que as informações sejam compartilhadas democraticamente, e não apenas passadas pelo educador em um processo unidirecional. “Antes o professor ditava, tinha a autoridade máxima e única. Hoje os alunos têm acesso mais rápido à informação. A relação política do conhecimento mudou”, concluiu.
A íntegra da entrevista deverá ser divulgada em breve na página da Rádio Canção Nova, no endereço blog.cancaonova.com/radiofm.
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