Missionários salesianos iniciam construção de capela em aldeia Xavante

Quinta, 25 Abril 2024 11:42 Escrito por  Euclides Fernandes
Missionários salesianos iniciam construção de capela em aldeia Xavante Construção de capela na Aldeia Imaculada Conceição de Maria, na terra indígena de Sangradouro. Foto: MSMT
A construção de uma pequena capela para a comunidade católica da Aldeia Xavante Imaculada Conceição de Maria começou faz uma semana. Além dos pedreiros contratados pelos missionários, o cacique e outros homens da comunidade estão envolvidos no trabalho de cavar fundações e erguer as paredes para a capela que será dedicada à Imaculada Conceição de Maria, repetindo o nome da aldeia.

 

Uma obra simples

A iniciativa da construção partiu do missionário salesiano P. Joseph Tran Van Lich. Ele explica que será uma obra bastante simples. “É uma capelinha muito simples, como existe nas aldeias, é uma capela simples para rezar mesmo, para evitar chuva, evitar o sol, então é um tipo de salão que vai ter um altar e atrás dela vai ter um lugar que deverá ser um banheiro, um chuveiro, um lugar para colocar uma cama, para quando os missionários forem lá para as atividades que precisem pernoite, terem uma cama para deitar. Essa é a ideia. Será uma construção de seis por doze metros”, explica o missionário.

 

Comunidade devota e fiel

A Aldeia Imaculada Conceição de Maria pertence à Terra Indígena Sangradouro – Volta Grande, no município de Nova São Joaquim (MT). A comunidade recebe atendimento dos missionários salesianos da presença de Sangradouro, que fica a aproximadamente 180 km de distância.

 

De acordo com o P. Lich, a população da aldeia soma em torno de 70 pessoas, todas da etnia Xavante. Devido à distância, o atendimento acontece uma vez por mês, geralmente na terceira sexta-feira do mês. No entanto, a comunidade católica é muito fiel e fervorosa, conforme testemunha o pároco, P. Juan Carlos Uscola. Quem começou os atendimentos por lá foi o P. Clemente (Klemens) Deja, quando foi pároco há mais de 20 anos e ainda mantém grande carinho pela comunidade.

 

O fervor e devoção dos católicos daquela aldeia xavante foi testemunhado pelo P. Lich há menos de um ano. “Uma vez eu fui lá naquela região para resolver uma outra situação e não tinha marcado nem avisado as pessoas. Mas fiz a questão de passar por lá, né, para visitar a comunidade. Isso era um domingo. Quando cheguei lá, eram 8 horas e pouco de manhã. A comunidade estava toda ali reunida, todo mundo embaixo de uma lona, uma barraquinha, para fazer uma celebração da palavra, fazer a leitura da liturgia. Eu fiquei muito tocado ao ver aquilo, diante do comprometimento da comunidade com essas orações de agradecimento a Deus todo domingo, mesmo quando não tem a presença dos padres salesianos missionários”, revela.

 

Desafios para a obra

A distância da comunidade até os centros urbanos é um dos desafios a serem enfrentados para a realização da obra. Mas não é só isso, o acesso também é difícil. Dois caminhões que foram levar o material de construção atolaram na estrada. O isolamento do local também dificulta a mão de obra especializada. Os pedreiros contratados não querem demorar tanto na empreitada por ser um local distante.

 

Diante desses contratempos, o orçamento da obra, em torno de R$60 mil, está dentro do que é possível. O valor só foi possível porque o pedreiro que aceitou o serviço é católico devoto, e decidiu doar parte do próprio trabalho em favor da Igreja. E a comunidade xavante também se comprometeu em contribuir com a mão de obra. Mesmo assim, o valor é alto para a comunidade. Por isso, os salesianos missionários partiram em busca de benfeitores e doadores em muitos lugares. P. Clemente (Klemens) Deja, que hoje mora em Barra do Garças, conseguiu doadores daquele município. P. Lich também conseguiu doadores em São Paulo e na sua terra natal, o Vietnam. O inspetor da Missão Salesiana de Mato Grosso, P. Ricardo Carlos, também garantiu que a sede inspetorial vai contribuir com a construção.

 

Orações e doações

As obras seguem nas próximas semanas e a previsão é que estejam concluídas para as celebrações marianas do mês de maio. Quem puder e quiser ajudar na construção da capela, pode entrar em contato com a coordenadoria de comunicação da Missão Salesiana de Mato Grosso através do endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., para receber as orientações de como fazer a doação. “Quem não puder doar também pode ajudar rezando pelo sucesso da obra”, lembra o P. Lich. “Se puder ajudar financeiramente, que seja um tijolo, que seja um saco de cimento, aceito com toda alegria, fico muito feliz. Ainda falta, falta muito recurso ainda, mas eu penso que com a ajuda de Deus e a bondade das pessoas, a gente  vai conseguir terminar essa capela, simples, mas cheia de amor”, finaliza o missionário.

Fonte: Missão Salesiana de Mato Grosso – MSMT

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Última modificação em Quinta, 25 Abril 2024 11:45

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Missionários salesianos iniciam construção de capela em aldeia Xavante

Quinta, 25 Abril 2024 11:42 Escrito por  Euclides Fernandes
Missionários salesianos iniciam construção de capela em aldeia Xavante Construção de capela na Aldeia Imaculada Conceição de Maria, na terra indígena de Sangradouro. Foto: MSMT
A construção de uma pequena capela para a comunidade católica da Aldeia Xavante Imaculada Conceição de Maria começou faz uma semana. Além dos pedreiros contratados pelos missionários, o cacique e outros homens da comunidade estão envolvidos no trabalho de cavar fundações e erguer as paredes para a capela que será dedicada à Imaculada Conceição de Maria, repetindo o nome da aldeia.

 

Uma obra simples

A iniciativa da construção partiu do missionário salesiano P. Joseph Tran Van Lich. Ele explica que será uma obra bastante simples. “É uma capelinha muito simples, como existe nas aldeias, é uma capela simples para rezar mesmo, para evitar chuva, evitar o sol, então é um tipo de salão que vai ter um altar e atrás dela vai ter um lugar que deverá ser um banheiro, um chuveiro, um lugar para colocar uma cama, para quando os missionários forem lá para as atividades que precisem pernoite, terem uma cama para deitar. Essa é a ideia. Será uma construção de seis por doze metros”, explica o missionário.

 

Comunidade devota e fiel

A Aldeia Imaculada Conceição de Maria pertence à Terra Indígena Sangradouro – Volta Grande, no município de Nova São Joaquim (MT). A comunidade recebe atendimento dos missionários salesianos da presença de Sangradouro, que fica a aproximadamente 180 km de distância.

 

De acordo com o P. Lich, a população da aldeia soma em torno de 70 pessoas, todas da etnia Xavante. Devido à distância, o atendimento acontece uma vez por mês, geralmente na terceira sexta-feira do mês. No entanto, a comunidade católica é muito fiel e fervorosa, conforme testemunha o pároco, P. Juan Carlos Uscola. Quem começou os atendimentos por lá foi o P. Clemente (Klemens) Deja, quando foi pároco há mais de 20 anos e ainda mantém grande carinho pela comunidade.

 

O fervor e devoção dos católicos daquela aldeia xavante foi testemunhado pelo P. Lich há menos de um ano. “Uma vez eu fui lá naquela região para resolver uma outra situação e não tinha marcado nem avisado as pessoas. Mas fiz a questão de passar por lá, né, para visitar a comunidade. Isso era um domingo. Quando cheguei lá, eram 8 horas e pouco de manhã. A comunidade estava toda ali reunida, todo mundo embaixo de uma lona, uma barraquinha, para fazer uma celebração da palavra, fazer a leitura da liturgia. Eu fiquei muito tocado ao ver aquilo, diante do comprometimento da comunidade com essas orações de agradecimento a Deus todo domingo, mesmo quando não tem a presença dos padres salesianos missionários”, revela.

 

Desafios para a obra

A distância da comunidade até os centros urbanos é um dos desafios a serem enfrentados para a realização da obra. Mas não é só isso, o acesso também é difícil. Dois caminhões que foram levar o material de construção atolaram na estrada. O isolamento do local também dificulta a mão de obra especializada. Os pedreiros contratados não querem demorar tanto na empreitada por ser um local distante.

 

Diante desses contratempos, o orçamento da obra, em torno de R$60 mil, está dentro do que é possível. O valor só foi possível porque o pedreiro que aceitou o serviço é católico devoto, e decidiu doar parte do próprio trabalho em favor da Igreja. E a comunidade xavante também se comprometeu em contribuir com a mão de obra. Mesmo assim, o valor é alto para a comunidade. Por isso, os salesianos missionários partiram em busca de benfeitores e doadores em muitos lugares. P. Clemente (Klemens) Deja, que hoje mora em Barra do Garças, conseguiu doadores daquele município. P. Lich também conseguiu doadores em São Paulo e na sua terra natal, o Vietnam. O inspetor da Missão Salesiana de Mato Grosso, P. Ricardo Carlos, também garantiu que a sede inspetorial vai contribuir com a construção.

 

Orações e doações

As obras seguem nas próximas semanas e a previsão é que estejam concluídas para as celebrações marianas do mês de maio. Quem puder e quiser ajudar na construção da capela, pode entrar em contato com a coordenadoria de comunicação da Missão Salesiana de Mato Grosso através do endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., para receber as orientações de como fazer a doação. “Quem não puder doar também pode ajudar rezando pelo sucesso da obra”, lembra o P. Lich. “Se puder ajudar financeiramente, que seja um tijolo, que seja um saco de cimento, aceito com toda alegria, fico muito feliz. Ainda falta, falta muito recurso ainda, mas eu penso que com a ajuda de Deus e a bondade das pessoas, a gente  vai conseguir terminar essa capela, simples, mas cheia de amor”, finaliza o missionário.

Fonte: Missão Salesiana de Mato Grosso – MSMT

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