De acordo com as projeções atuais, a população total de refugiados deveria aumentar em mais de 56 mil até ao final deste ano, até chegar a 2,33 milhões de pessoas. O Sudão do Sul continua em risco de uma emergência humanitária e os Salesianos continuam fazendo tudo o que podem para acompanhar, apoiar e ajudar esse povo.
Atualmente, muitos refugiados perderam o gado – único bem com que podem contar para a sua vida – e há anos que a situação de guerra tornou impossível o cultivo da terra. Muitos outros foram forçados a refugiar-se na Uganda, na tentativa de achar escola para seus filhos... Entretanto, desde a chegada da pandemia da Covid-19, também as escolas da Uganda andaram em crise.
Mesmo considerando tão somente a realidade do Assentamento de Palabek, na Uganda, onde os salesianos estão presentes desde 2018 e partilham a vida com a população ugandense, pode-se afirmar que no último mês de fevereiro chegaram pelo menos 800 novos refugiados. Todos os recém-chegados estão temporariamente alojados na entrada do assentamento, que se chama "Centro de Acolhida": os barracões estão cheios e muitos tiveram de se ajeitar debaixo de árvores na entrada da povoação.
Com frequência os refugiados são não somente as pessoas mais vulneráveis do mundo, mas também sua situação é ignorada ou negligenciada, o que os empurra para uma miséria cada vez maior.
Os salesianos, por seu lado, enquanto, apoiados pela oração, se dedicam e se solidarizam concretamente com os refugiados ucranianos, mas não esquecem dos refugiados africanos e apelam para maiores e mais eficazes esforços internacionais para acabar com essa guerra de décadas no Sudão do Sul.
A esperança de todos é que a tão aspirada visita do Papa Francisco, marcada para o próximo mês de julho, traga a super desejada paz e estabilidade ao Sudão do Sul.