Foi a 14 de maio passado, em Turim, Itália, no Cinema Máximo, que se fez o lançamento do filme sobre a vida da co-fundadora, com Dom Bosco, das Filhas de Maria Auxiliadora: Madre Maria Domingas Mazzarello. Seu título: Maín: a casa da felicidade.
Maín era o apelido de família de Maria Domingas. O filme será a coroação dos festejos dos 140 anos de fundação do Instituto das irmãs salesianas. O script do filme foi confiado à jovem FMA, irmã Caterina Cangià, catedrática de técnicas da Comunicação na Universidade Pontifícia Salesiana de Roma e diretora de uma escola para crianças e jovens, de 4 a 18 anos, com novas tecnologias e emprego do teatro como aprendizagem do inglês.
Os números deste filme impressionam pela seriedade do trabalho cinematográfico da irmã Cangià, que acompanhou todos os passos do diretor, Simone Spada. Foram três anos de trabalho, tendo as filmagens, realizadas nos arredores de Roma, reproduzido o aspecto camponês das colinas do Monferrato. Quarenta dias de tomadas – de 8 de agosto a 12 de setembro do ano passado –, em oito locações diferentes. Há 15 atores principais e o mesmo número de coadjuvantes. Trabalharam 200 figurantes, além das crianças e jovens dos bairros da periferia romana, que às vezes se misturavam aos atores, sob o olhar benigno de irmã Cangià.
O pessoal técnico somou 56 pessoas e foram usadas 600 vestes, com oito estúdios de filmagem. A dublagem foi feita em sete línguas, além do original italiano: inglês, francês, espanhol, português, alemão, polonês e japonês. As legendas que acompanham a versão original podem ser lidas em vietnamita, esloveno, coreano, croata, eslovaco, tcheco, árabe, tailandês ou flamengo. Isso nos dá a dimensão mundial do trabalho que as irmãs salesianas querem imprimir nesta obra cinematográfica.
Foi trabalho feito com coração e paixão da jovem irmã Caterina Cangià. Ela declarou ao Boletim Salesiano italiano: “Em agosto, quando saírem os DVDs do filme, se completarão três anos que vivo unicamente com este pensamento, que se transformou em pesquisas e estudo das biografias, cartas e documentos de nossa madre. Parecia-me que Santa Mazzarello estava vizinha ao que eu estava projetando e depois realizando”.
Irmã Caterina Cangià declarou ainda: “No filme procurei usar a linguagem cinematográfica de hoje, acessível aos jovens e aos leigos e leigas, desejosos de conhecer a vida e a mensagem da madre. No título Maín: a casa da felicidade, pretendo traduzir uma frase que a madre gostava de repetir: ‘Mornese (sua cidade natal e berço do Instituto) era a casa do amor de Deus’. ‘Casa’ diz relação, amor que circula. E felicidade é fruto do amor. Mornese não só foi casa para nossa Santa, mas se tornou casa para as jovens que lá se formaram. Ensinou ontem para as primeiras irmãs e hoje continua ensinando para nós, suas filhas, a ser casa para as jovens de todo tempo e lugar.”
Para Gaia Insenga, protagonista que interpreta Maín adulta, irmã Caterina advertiu: “Todo o mundo verá Maín através de teu olhar, através de teus gestos.” E a irmã conclui sua entrevista: “Parece-me que ela o conseguiu; o seu sorriso atingirá o coração de muitos...”.
Dom Edvaldo G. Amaral, SDB, é arcebispo emérito de Maceió, AL.
Filme celebra 140 anos do Instituto das FMA
Por ocasião dos 140 anos da fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora foram realizadas numerosas iniciativas, entre as quais a realização do filme sobre a vida e as obras de Maria Domingas Mazzarello. Maín: a casa da felicidade conta toda a vida de Maria Mazzarello, que na narração está dividida em quatro sequências que vão da infância até chegar à sua vida de FMA. O amor por Jesus e pela família, as relações com os outros e a paixão educativa são os três elementos que caracterizam e oferecem a chave de leitura do filme.
Mais informações podem ser obtidas no site do filme: <www.multideafilm.com> ou no site do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora: <www.cgfmanet.org>.
Fonte: Primeiro Plano