Santa Dulce dos Pobres

Quarta, 19 Fevereiro 2020 14:37 Escrito por  Com informações: Vatican News e Canção Nova
Santa Dulce dos Pobres Agência Brasil
Conheça a história de Ir. Dulce Pontes, a primeira santa nascida no Brasil, exemplo de caridade e de amor ao próximo que inspirou a Campanha da Fraternidade 2020.   

No centro do cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 vemos a figura de uma religiosa, o hábito azul e branco contrastando com o colorido das casinhas típicas do bairro do Pelourinho, em Salvador, Bahia. Em volta dela estão crianças, idosos e adultos; brancos e negros; homens e mulheres; pobres, doentes, até mesmo um cãozinho observa a figura suave e caridosa.

 

É Irmã Dulce Pontes, a Santa Dulce dos Pobres, também chamada de “Anjo Bom da Bahia”. E foi assim mesmo que ela viveu e testemunhou o Evangelho: em meio ao povo, sempre pronta a estender a mão a quem precisasse de ajuda. Sua vida de santidade foi reconhecida oficialmente pela Igreja em 2019, quando foi canonizada pelo Papa Francisco, tornando-se a primeira santa nascida no Brasil. Nesta CF 2020, ela inspira a seguir o caminho de Jesus no cuidado e amor ao próximo.

 

Vida de caridade

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, BA, em 1914, filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria Pontes. Era uma criança muito ativa: gostava de brincar de boneca, empinar pipa, jogar futebol e todas as brincadeiras próprias da infância. Quando tinha sete anos, sua mãe faleceu, e a dor profunda fez com que a menina ampliasse seus dons de cuidado e atenção ao próximo, especialmente os mais carentes. Na adolescência, com o apoio da família, abriu as portas de sua própria casa para receber os pobres e doentes que precisavam de abrigo.

 

Aos 18 anos, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Na época, era costume adotar um novo nome para representar a nova vida abraçada pela jovem vocacionada, e ela escolheu o nome da mãe, Dulce.

 

Iniciou na Congregação como professora, mas, dois anos depois, transferiu-se para a assistência a uma comunidade extremamente carente na região de Alagados, em Salvador, BA. Estava ali a sua vocação, no cuidado com os mais pobres e doentes.

 

Atenção aos pobres e doentes

Irmã Dulce fundou o Círculo Operário da Bahia, que era mantido com a arrecadação de três salas de cinema que ela e um sacerdote construíram por meio de doações. Em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, uma escola pública para os filhos dos operários.

 

O embrião das Obras Sociais Irmã Dulce, de assistência aos enfermos e carentes, foi um velho galinheiro ao lado do convento das Irmãs da Imaculada Conceição. Ali, ela abrigou os primeiros 70 doentes recolhidos das ruas de Salvador. Atualmente, a instituição é um dos maiores centros de saúde do Brasil, com 21 núcleos de atuação e atendimento em Saúde e Assistência Social totalmente gratuitos, realizados pelo SUS.

 

Primeira Santa brasileira

Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, deixando como legado seu exemplo de vida dedicada à caridade e obras concretas, que mudaram e mudam até hoje a vida de milhares de pessoas. Foi beatificada em 22 de maio de 2011 e canonizada em 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira santa genuinamente brasileira a ser reconhecida pela Igreja. A cerimônia de canonização, presidida pelo Papa Francisco, reuniu cerca de 50 mil pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano. Sua festa litúrgica é celebrada em 13 de agosto.

 

Leia também:

A verdadeira vocação do Brasil

Das periferias de Salvador para os altares do mundo

 

Veja no BS Digital:

Vídeo: Os objetivos da Campanha da Fraternidade

Conheça o Hino da Campanha da Fraternidade 2020

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Santa Dulce dos Pobres

Quarta, 19 Fevereiro 2020 14:37 Escrito por  Com informações: Vatican News e Canção Nova
Santa Dulce dos Pobres Agência Brasil
Conheça a história de Ir. Dulce Pontes, a primeira santa nascida no Brasil, exemplo de caridade e de amor ao próximo que inspirou a Campanha da Fraternidade 2020.   

No centro do cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 vemos a figura de uma religiosa, o hábito azul e branco contrastando com o colorido das casinhas típicas do bairro do Pelourinho, em Salvador, Bahia. Em volta dela estão crianças, idosos e adultos; brancos e negros; homens e mulheres; pobres, doentes, até mesmo um cãozinho observa a figura suave e caridosa.

 

É Irmã Dulce Pontes, a Santa Dulce dos Pobres, também chamada de “Anjo Bom da Bahia”. E foi assim mesmo que ela viveu e testemunhou o Evangelho: em meio ao povo, sempre pronta a estender a mão a quem precisasse de ajuda. Sua vida de santidade foi reconhecida oficialmente pela Igreja em 2019, quando foi canonizada pelo Papa Francisco, tornando-se a primeira santa nascida no Brasil. Nesta CF 2020, ela inspira a seguir o caminho de Jesus no cuidado e amor ao próximo.

 

Vida de caridade

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, BA, em 1914, filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria Pontes. Era uma criança muito ativa: gostava de brincar de boneca, empinar pipa, jogar futebol e todas as brincadeiras próprias da infância. Quando tinha sete anos, sua mãe faleceu, e a dor profunda fez com que a menina ampliasse seus dons de cuidado e atenção ao próximo, especialmente os mais carentes. Na adolescência, com o apoio da família, abriu as portas de sua própria casa para receber os pobres e doentes que precisavam de abrigo.

 

Aos 18 anos, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Na época, era costume adotar um novo nome para representar a nova vida abraçada pela jovem vocacionada, e ela escolheu o nome da mãe, Dulce.

 

Iniciou na Congregação como professora, mas, dois anos depois, transferiu-se para a assistência a uma comunidade extremamente carente na região de Alagados, em Salvador, BA. Estava ali a sua vocação, no cuidado com os mais pobres e doentes.

 

Atenção aos pobres e doentes

Irmã Dulce fundou o Círculo Operário da Bahia, que era mantido com a arrecadação de três salas de cinema que ela e um sacerdote construíram por meio de doações. Em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, uma escola pública para os filhos dos operários.

 

O embrião das Obras Sociais Irmã Dulce, de assistência aos enfermos e carentes, foi um velho galinheiro ao lado do convento das Irmãs da Imaculada Conceição. Ali, ela abrigou os primeiros 70 doentes recolhidos das ruas de Salvador. Atualmente, a instituição é um dos maiores centros de saúde do Brasil, com 21 núcleos de atuação e atendimento em Saúde e Assistência Social totalmente gratuitos, realizados pelo SUS.

 

Primeira Santa brasileira

Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, deixando como legado seu exemplo de vida dedicada à caridade e obras concretas, que mudaram e mudam até hoje a vida de milhares de pessoas. Foi beatificada em 22 de maio de 2011 e canonizada em 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira santa genuinamente brasileira a ser reconhecida pela Igreja. A cerimônia de canonização, presidida pelo Papa Francisco, reuniu cerca de 50 mil pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano. Sua festa litúrgica é celebrada em 13 de agosto.

 

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Das periferias de Salvador para os altares do mundo

 

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