Missões
O salesiano irmão, Lothar Wagner, da obra salesiana “Dom Bosco Fambul”, enviou em 19 de abril o relatório anual do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência, que há dois anos funciona na obra. Desde que foi aberto, os agentes do centro relacionaram 521 casos de meninas e jovens mulheres vitimadas pela violência, a partir da intervenção de crise e prosseguindo com o acompanhamento e apoio a longo prazo.   O centro de acolhida, aberto 24 horas, é gerido por agentes sociopastorais profissionais. No seu segundo relatório anual, irmão Lothar Wagner apresentou dados estarrecedores, pois consta que estão aumentando não só os casos de violência sobre as mulheres, mas também sobre crianças e meninas com menos de 14 anos.   “Algumas das jovens são mantidas como escravas pelos seus torturadores com frequência por anos” – disse Wagner aos jornalistas. Apresentando o perfil criminoso dos autores das violências, o salesiano ressaltou que com frequência se trata de professores, de chefes religiosos, assim como de desconhecidos mas ativos no tráfico de crianças e adolescentes.   Com dados em mão, o salesiano também criticou com veemência as autoridades investigadoras, porque parecem aceitar uma “cultura da impunidade”. E relatou o caso de uma menina de 13 anos que, após sofrer violência de grupo por parte de cinco rapazes, e ter sido submetida durante cinco dias a tratamentos intensivos, morreu. A polícia nunca indagou sobre o caso, apesar dos repetidos apelos apresentados pelo ‘Dom Bosco Fambul’.   Os processos de investigação de 37 episódios de violência, além disso, foram abertamente manipulados ou deliberadamente refreados pelas autoridades investigadoras. Os responsáveis foram soltos e desapareceram sem deixar traço, apesar das provas evidentes contra eles. Só uma pequena parte dos casos de violência chega até o tribunal para ser punida: apenas quatro dessas 37 vítimas de estupro estão procedendo em tribunal contra as manipulações das autoridades, a despeito de que um grande número dessas jovens tenha ficado gravemente traumatizada. “Obviamente, nós nos preocupamos também para que essas meninas não voltem a ser novamente vitimadas, e que o seu trauma não se repita” – explica Wagner.   O chefe do departamento da linha de crise para crianças e meninos do ‘Don Bosco Fambul’ apresentou estatísticas que confirmam plenamente a tese de Wagner. Segundo uma pesquisa sobre os temas “abuso sexual” e “estupro”, tais atos sofreram um aumento nos últimos anos: 745 meninas e 34 meninos afirmaram ter sofrido casos de violência sexual, e a maior parte deles não quer apresentar denúncia à polícia contra os responsáveis.   Nos próximos anos, prometeu Wagner, ‘Dom Bosco Fambul’ intensificará ainda mais os serviços do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência e a sua ação de pressão sobre a opinião pública e as autoridades, a fim de que se conteste com veemência o problema.   InfoANS
A comunidade indígena Rouxinol, localizada no rio Caniço na Bacia do Tarumã-Açu recebeu, no dia 27 de abril, mais uma ação do projeto de preservação cultural organizado pela Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB) de Manaus, AM, em parceria com o hotel de selva Amazon Ecopark e Fundação Floresta Viva.   O projeto é desenvolvido desde 2007 e envolve ações educativas voltadas para a preservação da língua nativa dos indígenas. O encontro contou com uma missa em tucano, celebrada pelos padres Justino Sarmento e Reginaldo Cordeiro; danças típicas e rituais indígenas; visita à Central de Artesanato e atividades lúdicas junto às crianças da comunidade.   Cerca de 60 acadêmicos e voluntários da Fundação Floresta Viva (FFV) estão envolvidos na ação. Para o diretor de ações comunitárias da FSDB, padre Cânio Grimaldi, o aprendizado neste tipo de atividade é constante. “Há muito a aprender com os indígenas, são tradições milenares, culturas, ritos e mitos que ensinam. Haverá sempre a troca de aprendizagem, pois o branco aprende com o índio e vice-versa”.   Por meio do projeto a FSDB fomenta emprego e renda para a comunidade, pois proporciona visitas e a compra de artesanatos produzidos pelos próprios indígenas. A parceria com o hotel de selva Amazon Ecopark garante o transporte dos acadêmicos e colaboradores que organizam a programação e as ações educativas. O diretor-presidente da Fundação Floresta, David Israel, destaca as ações desenvolvidas pelo projeto e os benefícios levados não apenas à comunidade, mas a todos envolvidos no projeto. “Os indígenas nos mostram como viver com alegria e em harmonia com a natureza. É gratificante fazer parte desta ação e eu só tenho a agradecer a oportunidade de aprender com esse povo. Nós sempre nos achamos superiores, mas devemos ser humildes, pois a bagagem cultural que os indígenas possuem é fascinante”, declarou o diretor.   Um pouco da história   A Faculdade Salesiana Dom Bosco tem tradição na formação indígena no alto Rio Negro. São mais de 90 anos na Amazônia preservando a língua, a cultura, os ritos e mitos das várias etnias existentes em São Gabriel da Cachoeira como Tucanos, Dessanas, Baniwas e Paricatas. Além das línguas nativas, há o predomínio da linguagem Tucana e do Nheengatu. Muitos indígenas migraram para Manaus criando algumas comunidades, sendo uma delas a Comunidade Rouxinol, local onde a FSDB e a FFV desenvolvem ações e atividades que demonstram a consciência da importância da preservação não somente da natureza, mas da cultura desses povos.   Assessoria de Comunicação da FSDB                  
  A guerra civil na Síria continua destruindo casas, vidas humanas e agora também a esperança e a fé dos jovens  - e o que relata o padre Munir El Rai, inspetor salesiano para o Oriente Médio, que nas duas últimas semanas esteve na Síria. De acordo com o padre, os jovens estão sem esperança e perguntam “onde está Deus”. Segunda-feira, 8 de abril - "Apenas cheguei a Damasco, Capital da Síria, partindo do Líbano, onde participara dos exercícios espirituais com 22 coirmãos, uma forte explosão sacudiu o centro da Capital. Mais uma vez o sangue de uma vintena de vítimas se acrescentou ao de tantas outras. O povo continua vivendo na total insegurança, por causa das frequentes explosões – de tiros ou de morteiros. Respira-se o ar de sofrimento, de tristeza, de dor. Vi o pranto de dois meninos que perderam o pai saíra  para o trabalho e que na dor, correram a nós como  parte de sua família.   A situação geral de Damasco, cidade cosmopolita, com perto de 5.000 000 habitantes, nunca fora tão dramática e preocupante como em outras cidades, embora os ruídos da guerra se ouvissem todos os dias e quase todas as horas. De fato, a primeira explosão em Damasco ocorreu em dezembro de 2011, e poucas outras seguiram, mas esporadicamente.   A partir do mês de julho de 2012, a atmosfera mudou radicalmente, por causa de vários atentados. Desde então as atividades se fizeram somente pela manhã e com certa trepidação, pela insegurança no transporte dos jovens, cujo número diminuiu sensivelmente. No início de outubro, cerca de 80 rapazes participavam do ano escolar e catequético, no ensino fundamental e médio. Em 21 de outubro, uma grande explosão no centro cidade provocou cerca de 15 mortes, em Bab Touma, zona prevalentemente cristã. As atividades do centro juvenil foram suspensas. Depois disso, as explosões voltaram a ocorrer de novo esporadicamente, em vários bairros da cidade. Os alunos das classes elementares e médias são raramente convocados. E a sua presença diminuiu consideravelmente.   Em 2013, a guerra e as explosões continuaram, causando muitas vítimas. Apesar dessa situação, procurou-se fazer alguma coisa. No mês de janeiro voltou a reflorir a vida no centro juvenil, com a presença de cerca de 140 meninos e meninas. Nos meses de fevereiro e março, o clima de guerra não permitiu a realização ordinária das atividades. Isso obrigou-nos a buscar outras formas de contato com os jovens e suas famílias: visita a uma centena de famílias, proposta de pequenas colônias de férias internas por grupos, retiro de dois dias para alguns ginasianos; a celebração da Festa de Dom Bosco, no dia 7 de fevereiro, com a presença de cerca de 80 crianças e jovens; um retiro de três dias para alguns universitários; confissões para uns 30 alunos das classes elementares e médias.   Depois da Páscoa, notou-se certa retomada na participação, mas antes de convocar os rapazes, pedem-se informações aos catequistas e colaboradores sobre a situação nos vários bairros. Dependendo das respostas e se as circunstâncias não mudarem, deveremos impostar as nossas atividades pastoral-educativas mediante visitas às famílias dos nossos meninos e jovens, e com frequentes convocações de pequenos grupos para um encontro de três dias de formação humana, espiritual e salesiana".   Clique aqui para novos relatos do padre Munir sobre a situação na Síria.   InfoANS
O Parlamento do Paraguai, reunido em sessão solene na sala bicameral do Congresso, entregou o diploma de reconhecimento ao padre salesiano José Zanardini, pelo trabalho realizado em prol da educação das populações indígenas da região do Chaco. A honorificência premia o trabalho desenvolvido pelos salesianos do Paraguai, que contribuiu para a promulgação de algumas leis em favor das comunidades indígenas.   Os Salesianos chegaram ao Paraguai em 1896 e fundaram sua primeira obra, formada por uma igreja, um oratório e oficinas de artes e ofícios – na capital Assunção, vizinha ao porto sobre o Rio Paraguai. A preocupação missionária os motivou, desde os primeiros anos, a atravessar o rio e seguir rumo ao norte, para fundar missões entre os indígenas. Em 1948 foi criado o Vicariato Apostólico do Chaco, confiado aos salesianos na pessoa de Dom Ángel Muzzolón, bispo salesiano.   No território do Vicariato existem nove etnias diferentes, com línguas e culturas também distintas. Inicialmente as missões começaram a trabalhar segundo os esquemas tradicionais. Mas depois do Concílio Vaticano II e graças à contribuição das ciências antropológicas, o trabalho pastoral e cultural com as populações indígenas se renovou, para adaptar-se às suas novas exigências. Foi um trabalho que, articulado em vários âmbitos, procurou garantir a sobrevivência das populações por longos séculos marginalizadas e humilhadas.   Há atualmente no Paraguai cerca de 25.000 alunos nas escolas indígenas e aproximadamente  1500 professores, em sua maioria, indígenas. As cerca de 500 escolas indígenas presentes no território nacional gozam todas de manutenção estatal.   Padre José Zanardini   Padre José Zanardini nasceu em 1942, em Bréscia, na Itália. Ordenado sacerdote em 28 de maio de 1975, em Chiari, Itália, chegou em 1978 ao Paraguai, onde desenvolveu todo o seu trabalho apostólico. Entre os anos de 1985 a 1991 foi encarregado da Missão Indígena de Puerto M. A., Chaco. Atualmente é professor de antropologia social na Universidade Católica, tendo sido convidado por muitas nações da América, Europa e Ásia, para falar sobre os indígenas, cultura, interculturalidade e revitalização das línguas como instrumento de reforço de identidade. Desde 2008, é assessor permanente do Ministério da Educação e Cultura do país, empenhado em preparar os novos programas das escolas indígenas pelo rumo das suas exigências.   Clique aqui para ler a matéria na íntegra
Segunda, 11 Março 2013 15:58

Salesianos inauguram centro para jovens em Camboja

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Após meses de espera, foi inaugurado oficialmente nos dias 5 e 7 de março o “Dom Bosco Vocational Centre” (Centro Profissional Dom Bosco ), em Kep City, no Camboja. As celebrações pela inauguração do centro começaram no dia 05 de março e contaram com a presença de guias religiosos das comunidades locais muçulmanas e budistas, do vigário apostólico de Phnom Penh, Dom Oliviere Schimitthaeusler, além de alunos de várias escolas de toda a província de Kep. O Centro Dom Bosco será destinado para a qualificação profissional dos jovens da região.   Os principais benefícios que a obra salesiana oferecerá, tanto aos jovens da província de Kep como aos jovens de outras províncias rurais limítrofes, será a possibilidade deles continuarem em suas províncias de origem, mas com melhores condições de trabalho e de vida. Além disso, o centro salesiano contribuirá para que os jovens tenham a oportunidade de se qualificar para futuramente conseguirem boas ocupações profissionais nas grandes cidades, eliminando desse modo, o risco de acabarem marginalizados como tantos jovens que emigram dos campos para as áreas metropolitanas de Phnom Penh e Sihanoukville.   O centro de Kep oferece cursos nas áreas de Comunicação Social, Artes, Tecnologias da Informação, Ecoturismo, atividades de secretaria, Albergaria e Relações Públicas.   Histórico   O Centro Profissional Dom Bosco, de Kep, veio se transformando ao longo do tempo: no início era uma simples área de campo, onde os salesianos e os alunos faziam os retiros espirituais; posteriormente se transformou em uma pequena oficina de costura e agora integra um vasto leque de atividades e de serviços educativos, cujos primeiros beneficiários são os jovens que não possuem qualificações profissionais.   InfoANS
Terça, 05 Fevereiro 2013 13:49

Nasce uma congregação religiosa indígena na Guatemala

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O último dia 31 de janeiro, festa de Dom Bosco, foi uma data  histórica para a missão salesiana, de Carchá, na Guatemala. Os “Missionários de Cristo Bom Pastor”, grupo religioso masculino, obteve o reconhecimento canônico como congregação religiosa diocesana sob a autoridade do bispo local. A nova congregação conta com quatro professos perpétuos, sete professos temporários, quatro noviços e 39 pré-noviços.   A celebração teve como ato central uma missa solene campal, presidida pelo bispo local, dom Rodolfo Valenzuela, acompanhado por diversos sacerdotes salesianos e diocesanos. Participaram da celebração 1.600 estudantes dos três centros.   A nova congregação teve como guia e impulsionador o padre salesiano Antônio De Groot. Nascido na Holanda, mas criado na Austrália, padre De Groot chegou à missão de Carchá no ano de 1975. Ali começou a estimular o crescimento humano e cristão dos jovens, através da educação. No princípio o projeto educativo contava apenas com um pequeno grupo de jovens, mas logo a iniciativa começou a dar frutos e a crescer resultando em três grandes institutos: em Carchá, em Raxruhá e em Chamelco, que hoje acolhem globalmente 1.600 jovens índios, em sua maioria de etnia qeqchí.   Para garantir a eficácia e a continuidade do projeto, denominado Centro Dom Bosco,  padre De Groot convidou os jovens desses centros a unir-se num grupo religioso. Em seguida, à medida que o pequeno grupo de membros adquiria consistência numérica e identidade espiritual, começou a serem definidos os Estatutos, as Constituições e os Regulamentos. Desse modo ia se desenvolvendo os “Missionários de Cristo Bom Pastor”, que agora é uma congregação religiosa diocesana de espiritualidade salesiana.   A oferta formativa do projeto Centro Dom Bosco se concentra nos estudos escolares de base, com uma especial atenção à formação de habilitações técnicas, úteis no contexto local. O programa oferece um cuidado rigoroso ao trabalho e ao estudo. Os jovens estudantes internos, além disso, desenvolvem atividades pastorais em 42 vilas próximas para encorajar os seus coetâneos a crescerem humana e cristãmente.   O Centro Dom Bosco é a versão masculina de outro projeto educativo paralelo pensado para as jovens indígenas, chamado “Talita Kumi”, nascido por inspiração do missionário salesiano indiano, padre Jorge Puthenpura, e animado pela Congregação das Irmãs da Ressurreição.   Ambas as obras educativas são parte de um trabalho missionário maior desenvolvido pela comunidade salesiana, composta de nove missionários que trabalham em colaboração com vários grupos da Família Salesiana.   InfoANS
Missões
O salesiano irmão, Lothar Wagner, da obra salesiana “Dom Bosco Fambul”, enviou em 19 de abril o relatório anual do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência, que há dois anos funciona na obra. Desde que foi aberto, os agentes do centro relacionaram 521 casos de meninas e jovens mulheres vitimadas pela violência, a partir da intervenção de crise e prosseguindo com o acompanhamento e apoio a longo prazo.   O centro de acolhida, aberto 24 horas, é gerido por agentes sociopastorais profissionais. No seu segundo relatório anual, irmão Lothar Wagner apresentou dados estarrecedores, pois consta que estão aumentando não só os casos de violência sobre as mulheres, mas também sobre crianças e meninas com menos de 14 anos.   “Algumas das jovens são mantidas como escravas pelos seus torturadores com frequência por anos” – disse Wagner aos jornalistas. Apresentando o perfil criminoso dos autores das violências, o salesiano ressaltou que com frequência se trata de professores, de chefes religiosos, assim como de desconhecidos mas ativos no tráfico de crianças e adolescentes.   Com dados em mão, o salesiano também criticou com veemência as autoridades investigadoras, porque parecem aceitar uma “cultura da impunidade”. E relatou o caso de uma menina de 13 anos que, após sofrer violência de grupo por parte de cinco rapazes, e ter sido submetida durante cinco dias a tratamentos intensivos, morreu. A polícia nunca indagou sobre o caso, apesar dos repetidos apelos apresentados pelo ‘Dom Bosco Fambul’.   Os processos de investigação de 37 episódios de violência, além disso, foram abertamente manipulados ou deliberadamente refreados pelas autoridades investigadoras. Os responsáveis foram soltos e desapareceram sem deixar traço, apesar das provas evidentes contra eles. Só uma pequena parte dos casos de violência chega até o tribunal para ser punida: apenas quatro dessas 37 vítimas de estupro estão procedendo em tribunal contra as manipulações das autoridades, a despeito de que um grande número dessas jovens tenha ficado gravemente traumatizada. “Obviamente, nós nos preocupamos também para que essas meninas não voltem a ser novamente vitimadas, e que o seu trauma não se repita” – explica Wagner.   O chefe do departamento da linha de crise para crianças e meninos do ‘Don Bosco Fambul’ apresentou estatísticas que confirmam plenamente a tese de Wagner. Segundo uma pesquisa sobre os temas “abuso sexual” e “estupro”, tais atos sofreram um aumento nos últimos anos: 745 meninas e 34 meninos afirmaram ter sofrido casos de violência sexual, e a maior parte deles não quer apresentar denúncia à polícia contra os responsáveis.   Nos próximos anos, prometeu Wagner, ‘Dom Bosco Fambul’ intensificará ainda mais os serviços do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência e a sua ação de pressão sobre a opinião pública e as autoridades, a fim de que se conteste com veemência o problema.   InfoANS
A comunidade indígena Rouxinol, localizada no rio Caniço na Bacia do Tarumã-Açu recebeu, no dia 27 de abril, mais uma ação do projeto de preservação cultural organizado pela Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB) de Manaus, AM, em parceria com o hotel de selva Amazon Ecopark e Fundação Floresta Viva.   O projeto é desenvolvido desde 2007 e envolve ações educativas voltadas para a preservação da língua nativa dos indígenas. O encontro contou com uma missa em tucano, celebrada pelos padres Justino Sarmento e Reginaldo Cordeiro; danças típicas e rituais indígenas; visita à Central de Artesanato e atividades lúdicas junto às crianças da comunidade.   Cerca de 60 acadêmicos e voluntários da Fundação Floresta Viva (FFV) estão envolvidos na ação. Para o diretor de ações comunitárias da FSDB, padre Cânio Grimaldi, o aprendizado neste tipo de atividade é constante. “Há muito a aprender com os indígenas, são tradições milenares, culturas, ritos e mitos que ensinam. Haverá sempre a troca de aprendizagem, pois o branco aprende com o índio e vice-versa”.   Por meio do projeto a FSDB fomenta emprego e renda para a comunidade, pois proporciona visitas e a compra de artesanatos produzidos pelos próprios indígenas. A parceria com o hotel de selva Amazon Ecopark garante o transporte dos acadêmicos e colaboradores que organizam a programação e as ações educativas. O diretor-presidente da Fundação Floresta, David Israel, destaca as ações desenvolvidas pelo projeto e os benefícios levados não apenas à comunidade, mas a todos envolvidos no projeto. “Os indígenas nos mostram como viver com alegria e em harmonia com a natureza. É gratificante fazer parte desta ação e eu só tenho a agradecer a oportunidade de aprender com esse povo. Nós sempre nos achamos superiores, mas devemos ser humildes, pois a bagagem cultural que os indígenas possuem é fascinante”, declarou o diretor.   Um pouco da história   A Faculdade Salesiana Dom Bosco tem tradição na formação indígena no alto Rio Negro. São mais de 90 anos na Amazônia preservando a língua, a cultura, os ritos e mitos das várias etnias existentes em São Gabriel da Cachoeira como Tucanos, Dessanas, Baniwas e Paricatas. Além das línguas nativas, há o predomínio da linguagem Tucana e do Nheengatu. Muitos indígenas migraram para Manaus criando algumas comunidades, sendo uma delas a Comunidade Rouxinol, local onde a FSDB e a FFV desenvolvem ações e atividades que demonstram a consciência da importância da preservação não somente da natureza, mas da cultura desses povos.   Assessoria de Comunicação da FSDB                  
  A guerra civil na Síria continua destruindo casas, vidas humanas e agora também a esperança e a fé dos jovens  - e o que relata o padre Munir El Rai, inspetor salesiano para o Oriente Médio, que nas duas últimas semanas esteve na Síria. De acordo com o padre, os jovens estão sem esperança e perguntam “onde está Deus”. Segunda-feira, 8 de abril - "Apenas cheguei a Damasco, Capital da Síria, partindo do Líbano, onde participara dos exercícios espirituais com 22 coirmãos, uma forte explosão sacudiu o centro da Capital. Mais uma vez o sangue de uma vintena de vítimas se acrescentou ao de tantas outras. O povo continua vivendo na total insegurança, por causa das frequentes explosões – de tiros ou de morteiros. Respira-se o ar de sofrimento, de tristeza, de dor. Vi o pranto de dois meninos que perderam o pai saíra  para o trabalho e que na dor, correram a nós como  parte de sua família.   A situação geral de Damasco, cidade cosmopolita, com perto de 5.000 000 habitantes, nunca fora tão dramática e preocupante como em outras cidades, embora os ruídos da guerra se ouvissem todos os dias e quase todas as horas. De fato, a primeira explosão em Damasco ocorreu em dezembro de 2011, e poucas outras seguiram, mas esporadicamente.   A partir do mês de julho de 2012, a atmosfera mudou radicalmente, por causa de vários atentados. Desde então as atividades se fizeram somente pela manhã e com certa trepidação, pela insegurança no transporte dos jovens, cujo número diminuiu sensivelmente. No início de outubro, cerca de 80 rapazes participavam do ano escolar e catequético, no ensino fundamental e médio. Em 21 de outubro, uma grande explosão no centro cidade provocou cerca de 15 mortes, em Bab Touma, zona prevalentemente cristã. As atividades do centro juvenil foram suspensas. Depois disso, as explosões voltaram a ocorrer de novo esporadicamente, em vários bairros da cidade. Os alunos das classes elementares e médias são raramente convocados. E a sua presença diminuiu consideravelmente.   Em 2013, a guerra e as explosões continuaram, causando muitas vítimas. Apesar dessa situação, procurou-se fazer alguma coisa. No mês de janeiro voltou a reflorir a vida no centro juvenil, com a presença de cerca de 140 meninos e meninas. Nos meses de fevereiro e março, o clima de guerra não permitiu a realização ordinária das atividades. Isso obrigou-nos a buscar outras formas de contato com os jovens e suas famílias: visita a uma centena de famílias, proposta de pequenas colônias de férias internas por grupos, retiro de dois dias para alguns ginasianos; a celebração da Festa de Dom Bosco, no dia 7 de fevereiro, com a presença de cerca de 80 crianças e jovens; um retiro de três dias para alguns universitários; confissões para uns 30 alunos das classes elementares e médias.   Depois da Páscoa, notou-se certa retomada na participação, mas antes de convocar os rapazes, pedem-se informações aos catequistas e colaboradores sobre a situação nos vários bairros. Dependendo das respostas e se as circunstâncias não mudarem, deveremos impostar as nossas atividades pastoral-educativas mediante visitas às famílias dos nossos meninos e jovens, e com frequentes convocações de pequenos grupos para um encontro de três dias de formação humana, espiritual e salesiana".   Clique aqui para novos relatos do padre Munir sobre a situação na Síria.   InfoANS
O Parlamento do Paraguai, reunido em sessão solene na sala bicameral do Congresso, entregou o diploma de reconhecimento ao padre salesiano José Zanardini, pelo trabalho realizado em prol da educação das populações indígenas da região do Chaco. A honorificência premia o trabalho desenvolvido pelos salesianos do Paraguai, que contribuiu para a promulgação de algumas leis em favor das comunidades indígenas.   Os Salesianos chegaram ao Paraguai em 1896 e fundaram sua primeira obra, formada por uma igreja, um oratório e oficinas de artes e ofícios – na capital Assunção, vizinha ao porto sobre o Rio Paraguai. A preocupação missionária os motivou, desde os primeiros anos, a atravessar o rio e seguir rumo ao norte, para fundar missões entre os indígenas. Em 1948 foi criado o Vicariato Apostólico do Chaco, confiado aos salesianos na pessoa de Dom Ángel Muzzolón, bispo salesiano.   No território do Vicariato existem nove etnias diferentes, com línguas e culturas também distintas. Inicialmente as missões começaram a trabalhar segundo os esquemas tradicionais. Mas depois do Concílio Vaticano II e graças à contribuição das ciências antropológicas, o trabalho pastoral e cultural com as populações indígenas se renovou, para adaptar-se às suas novas exigências. Foi um trabalho que, articulado em vários âmbitos, procurou garantir a sobrevivência das populações por longos séculos marginalizadas e humilhadas.   Há atualmente no Paraguai cerca de 25.000 alunos nas escolas indígenas e aproximadamente  1500 professores, em sua maioria, indígenas. As cerca de 500 escolas indígenas presentes no território nacional gozam todas de manutenção estatal.   Padre José Zanardini   Padre José Zanardini nasceu em 1942, em Bréscia, na Itália. Ordenado sacerdote em 28 de maio de 1975, em Chiari, Itália, chegou em 1978 ao Paraguai, onde desenvolveu todo o seu trabalho apostólico. Entre os anos de 1985 a 1991 foi encarregado da Missão Indígena de Puerto M. A., Chaco. Atualmente é professor de antropologia social na Universidade Católica, tendo sido convidado por muitas nações da América, Europa e Ásia, para falar sobre os indígenas, cultura, interculturalidade e revitalização das línguas como instrumento de reforço de identidade. Desde 2008, é assessor permanente do Ministério da Educação e Cultura do país, empenhado em preparar os novos programas das escolas indígenas pelo rumo das suas exigências.   Clique aqui para ler a matéria na íntegra
Segunda, 11 Março 2013 15:58

Salesianos inauguram centro para jovens em Camboja

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Após meses de espera, foi inaugurado oficialmente nos dias 5 e 7 de março o “Dom Bosco Vocational Centre” (Centro Profissional Dom Bosco ), em Kep City, no Camboja. As celebrações pela inauguração do centro começaram no dia 05 de março e contaram com a presença de guias religiosos das comunidades locais muçulmanas e budistas, do vigário apostólico de Phnom Penh, Dom Oliviere Schimitthaeusler, além de alunos de várias escolas de toda a província de Kep. O Centro Dom Bosco será destinado para a qualificação profissional dos jovens da região.   Os principais benefícios que a obra salesiana oferecerá, tanto aos jovens da província de Kep como aos jovens de outras províncias rurais limítrofes, será a possibilidade deles continuarem em suas províncias de origem, mas com melhores condições de trabalho e de vida. Além disso, o centro salesiano contribuirá para que os jovens tenham a oportunidade de se qualificar para futuramente conseguirem boas ocupações profissionais nas grandes cidades, eliminando desse modo, o risco de acabarem marginalizados como tantos jovens que emigram dos campos para as áreas metropolitanas de Phnom Penh e Sihanoukville.   O centro de Kep oferece cursos nas áreas de Comunicação Social, Artes, Tecnologias da Informação, Ecoturismo, atividades de secretaria, Albergaria e Relações Públicas.   Histórico   O Centro Profissional Dom Bosco, de Kep, veio se transformando ao longo do tempo: no início era uma simples área de campo, onde os salesianos e os alunos faziam os retiros espirituais; posteriormente se transformou em uma pequena oficina de costura e agora integra um vasto leque de atividades e de serviços educativos, cujos primeiros beneficiários são os jovens que não possuem qualificações profissionais.   InfoANS
Terça, 05 Fevereiro 2013 13:49

Nasce uma congregação religiosa indígena na Guatemala

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O último dia 31 de janeiro, festa de Dom Bosco, foi uma data  histórica para a missão salesiana, de Carchá, na Guatemala. Os “Missionários de Cristo Bom Pastor”, grupo religioso masculino, obteve o reconhecimento canônico como congregação religiosa diocesana sob a autoridade do bispo local. A nova congregação conta com quatro professos perpétuos, sete professos temporários, quatro noviços e 39 pré-noviços.   A celebração teve como ato central uma missa solene campal, presidida pelo bispo local, dom Rodolfo Valenzuela, acompanhado por diversos sacerdotes salesianos e diocesanos. Participaram da celebração 1.600 estudantes dos três centros.   A nova congregação teve como guia e impulsionador o padre salesiano Antônio De Groot. Nascido na Holanda, mas criado na Austrália, padre De Groot chegou à missão de Carchá no ano de 1975. Ali começou a estimular o crescimento humano e cristão dos jovens, através da educação. No princípio o projeto educativo contava apenas com um pequeno grupo de jovens, mas logo a iniciativa começou a dar frutos e a crescer resultando em três grandes institutos: em Carchá, em Raxruhá e em Chamelco, que hoje acolhem globalmente 1.600 jovens índios, em sua maioria de etnia qeqchí.   Para garantir a eficácia e a continuidade do projeto, denominado Centro Dom Bosco,  padre De Groot convidou os jovens desses centros a unir-se num grupo religioso. Em seguida, à medida que o pequeno grupo de membros adquiria consistência numérica e identidade espiritual, começou a serem definidos os Estatutos, as Constituições e os Regulamentos. Desse modo ia se desenvolvendo os “Missionários de Cristo Bom Pastor”, que agora é uma congregação religiosa diocesana de espiritualidade salesiana.   A oferta formativa do projeto Centro Dom Bosco se concentra nos estudos escolares de base, com uma especial atenção à formação de habilitações técnicas, úteis no contexto local. O programa oferece um cuidado rigoroso ao trabalho e ao estudo. Os jovens estudantes internos, além disso, desenvolvem atividades pastorais em 42 vilas próximas para encorajar os seus coetâneos a crescerem humana e cristãmente.   O Centro Dom Bosco é a versão masculina de outro projeto educativo paralelo pensado para as jovens indígenas, chamado “Talita Kumi”, nascido por inspiração do missionário salesiano indiano, padre Jorge Puthenpura, e animado pela Congregação das Irmãs da Ressurreição.   Ambas as obras educativas são parte de um trabalho missionário maior desenvolvido pela comunidade salesiana, composta de nove missionários que trabalham em colaboração com vários grupos da Família Salesiana.   InfoANS