Após aterrisar na tarde de quarta-feira no Aeroporto “Jomo Kenyatta”, de Nairóbi,o Pontífice fez uma visita de cortesia ao presidente da República e, pelo fim da tarde, manteve contatos com autoridades do Quênia e com o Corpo Diplomático.
Na manhã desta quinta-feira, 26, foi ao Salão da Nunciatura Apostólica, em Nairóbi, para um encontro inter-religioso e ecumênico. “O diálogo ecumênico e inter-religioso não é um luxo. Nem é qualquer coisa de agregado ou facultativo; é essencial; é algo de que o nosso mundo, ferido por conflitos e divisões, tem cada vez mais necessidade”, exordiou o Papa.
Em seguida o Santo Padre enumerou explicitamente três “bárbaros ataques” do fundamentalismo religioso que marcaram a história recente do Quênia – no Westgate Mall; no ‘Garissa University College’; e em Mandera. “Penso neste momento na importância da nossa comum convicção segundo a qual o Deus a quem nós procuramos servir é o Deus da paz. Seu Santo Nome não pode ser nunca usado para justificar o ódio e a violência”, afirmou a tal respeito.
Nessa mesma manhã, durante a Santa Missa presidida no campus da Universidade de Nairóbi, o Papa convidou as milhares de pessoas presentes (apesar da chuva) a defender a vida e a família "da arrogância", que fere a dignidade humana.
“As famílias cristãs têm esta missão especial: irradiar o amor de Deus e derramar a água vivificante do Seu Espírito. Isto é particularmente importante hoje, porque assistimos ao avanço de novos desertos, criados por uma cultura do egoísmo materialista e da indiferença para com os outros. Os grandes valores da tradição africana, a sabedoria e a verdade da Palavra de Deus e o generoso idealismo da vossa juventude vos guiem pelo empenho por formar uma sociedade que seja sempre mais justa, inclusiva, respeitosa da dignidade humana”.
O Pontífice concluiu a homilia com uma expressão em língua local: “Mungu abariki Kenya!” (Deus abençoe o Quênia!).