Angola: um berço de papelão e o amor de mãe

Sexta, 12 Junho 2020 14:42 Escrito por  Agência Info Salesiana
Conheça a história da pequena Sofia e de sua mãe, Dana, uma adolescente que, para fugir de uma situação familiar difícil, encontrou refúgio nas ruas.


A ONG salesiana Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento (VIS) atua em Luanda, capital da Angola, num centro que foi aberto para proteger crianças de rua da emergência do coronavírus. Sergio Pitocco, representante do VIS, compartilhou a história da pequena Sofia e de sua mãe, Dana. Confira:

Conhecemos Sofia há pouco tempo, em Luanda, capital da Angola, em uma noite. Ela estava debaixo de uma ponte próxima a um grande shopping center. A sua história é pequena para contar. Pequena também é sua vida, que começou recentemente nas ruas, sob a ponte que acolheu suas primeiras horas de vida, a mesma onde a conhecemos nos braços de sua mãe.

A história de Sofia também é a história de sua mãe, Dana, adolescente de 15 anos que, devido a uma forte desestruturação familiar, já conhecia a rua onde encontrou refúgio em um grupo de crianças, adolescentes e jovens que se tornaram sua família. Ali encontrou proteção, mas também muita violência e degradação, situação que se agravou com a propagação da pandemia da Covid-19.

Quando um dia descobriu que havia uma vida crescendo nela, talvez tenha olhado à sua volta e decidido que, apesar da degradação que a cercava, valia a pena dar à luz. Sofia nasceu em uma pequena clínica da periferia e, apenas poucas horas depois, já estava em sua primeira casa, sob a ponte que a acolheu e onde encontrou seu primeiro berço: uma caixa de papelão.

Quando a conhecemos tinha poucas semanas de vida. Para alguns de nós, pensar nela despertava muita ternura, mas também muita inquietude: não podíamos simplesmente questionar a situação; algo devia ser feito.

O VIS, juntamente com os Salesianos de Dom Bosco, há cerca de dez anos assumiu seriamente as crianças em situação de rua em Luanda, criando um percurso de reinclusão social e familiar, para as várias crianças que habitam as ruas da cidade, por meio de seus centros de acolhimento.

Mais recentemente, a atenção do VIS se voltou para as meninas que vivem nas ruas, porque elas estão se tornando cada vez mais numerosas. Assim, abrimos uma casa de acolhimento para elas, oferecendo uma digna alternativa às ruas e onde elas podem ser acompanhadas por educadoras e voluntários.

Quando fizemos esta proposta a Dana, explicando que poderia ser uma solução para ela e para a pequena Sofia, inicialmente não foi fácil; mas acabou aceitando. Agora estamos todos um pouco mais serenos, sabendo que Sofia, a caçula da nova família, e Dana, uma jovem e corajosa mãe, encontraram um lar. Mas é, sobretudo, a história de Sofia que nos dá toda a certeza de que o amor de uma mãe é capaz de superar também as situações mais difíceis.


Fonte: Agência Info Salesiana

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Angola: um berço de papelão e o amor de mãe

Sexta, 12 Junho 2020 14:42 Escrito por  Agência Info Salesiana
Conheça a história da pequena Sofia e de sua mãe, Dana, uma adolescente que, para fugir de uma situação familiar difícil, encontrou refúgio nas ruas.


A ONG salesiana Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento (VIS) atua em Luanda, capital da Angola, num centro que foi aberto para proteger crianças de rua da emergência do coronavírus. Sergio Pitocco, representante do VIS, compartilhou a história da pequena Sofia e de sua mãe, Dana. Confira:

Conhecemos Sofia há pouco tempo, em Luanda, capital da Angola, em uma noite. Ela estava debaixo de uma ponte próxima a um grande shopping center. A sua história é pequena para contar. Pequena também é sua vida, que começou recentemente nas ruas, sob a ponte que acolheu suas primeiras horas de vida, a mesma onde a conhecemos nos braços de sua mãe.

A história de Sofia também é a história de sua mãe, Dana, adolescente de 15 anos que, devido a uma forte desestruturação familiar, já conhecia a rua onde encontrou refúgio em um grupo de crianças, adolescentes e jovens que se tornaram sua família. Ali encontrou proteção, mas também muita violência e degradação, situação que se agravou com a propagação da pandemia da Covid-19.

Quando um dia descobriu que havia uma vida crescendo nela, talvez tenha olhado à sua volta e decidido que, apesar da degradação que a cercava, valia a pena dar à luz. Sofia nasceu em uma pequena clínica da periferia e, apenas poucas horas depois, já estava em sua primeira casa, sob a ponte que a acolheu e onde encontrou seu primeiro berço: uma caixa de papelão.

Quando a conhecemos tinha poucas semanas de vida. Para alguns de nós, pensar nela despertava muita ternura, mas também muita inquietude: não podíamos simplesmente questionar a situação; algo devia ser feito.

O VIS, juntamente com os Salesianos de Dom Bosco, há cerca de dez anos assumiu seriamente as crianças em situação de rua em Luanda, criando um percurso de reinclusão social e familiar, para as várias crianças que habitam as ruas da cidade, por meio de seus centros de acolhimento.

Mais recentemente, a atenção do VIS se voltou para as meninas que vivem nas ruas, porque elas estão se tornando cada vez mais numerosas. Assim, abrimos uma casa de acolhimento para elas, oferecendo uma digna alternativa às ruas e onde elas podem ser acompanhadas por educadoras e voluntários.

Quando fizemos esta proposta a Dana, explicando que poderia ser uma solução para ela e para a pequena Sofia, inicialmente não foi fácil; mas acabou aceitando. Agora estamos todos um pouco mais serenos, sabendo que Sofia, a caçula da nova família, e Dana, uma jovem e corajosa mãe, encontraram um lar. Mas é, sobretudo, a história de Sofia que nos dá toda a certeza de que o amor de uma mãe é capaz de superar também as situações mais difíceis.


Fonte: Agência Info Salesiana

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