Seu interesse começou após um show realizado, e, após uma carta convite da Inspetoria de Luanda, a pedido do Pe. Luigi de Liberali (responsável pelos missionários e voluntários salesianos de Benguela), arrumou as malas e foi realizar a missão na Escola Dom Bosco de Benguela. O Nordeste Hoje, informativo da Inspetoria Salesiana do Nordeste, bateu um papo com Débora, e você confere a seguir:
NH – Qual o seu primeiro contato com os Salesianos de Dom Bosco?
Débora: Meu primeiro contato com a Obra Salesiana foi com através do Pe. João Carlos, Delegado para a Comunicação da Inspetoria São Luiz Gonzaga. Trabalhamos evangelizando através da música há 9 anos. Ele foi e é um dos principais responsáveis por eu beber do carisma salesiano.
NH – Como surgiu a oportunidade para ser Missionária em Angola?
Débora: Em 2018, com a banda do Padre João Carlos, realizamos um show no município de Calulo, Kwanza Sul, em Angola. Desde essa vinda por aqui, e que tive um contato com o povo africano, senti no meu coração um desejo de doar um período da minha vida. A partir disso, conheci o Voluntariado Missionário Salesiano, aprofundei o conhecimento sobre como o setor funcionava, me preparei profissionalmente e, hoje, estou aqui realizando o sonho que Deus sonhou para minha vida.
NH – Nos conte quais projetos, atividades e missão que você vai desempenhar na Obra Saleasiana em Angola
Débora: Sou formada em Educação Física e aqui estou como professora regular na escola Dom Bosco, em Benguela. Sou professora da disciplina de Ginástica, tenho 8 turmas, cada uma com 56 alunos, 448 aproximadamente no total. Além disso, iniciei um projeto de ginástica chamado “SaléGYM”, voltado para meninas entre 11 e 14 anos.
Elas estão treinando 2 vezes na semana, se preparando para representar a escola em eventos, competições etc. Hoje, temos 60 meninas participando. Aos sábados, dou Catequese para a turma inicial. Aos domingos, atuo em Oratórios. Enfim, muito trabalho, graças a Deus.
NH -O que você tem feito para continuar perto da família, amigos e de suas atividades artísticas no Brasil?
Débora: Sempre que dá, faço ligações para os meus familiares e amigos. Além disso, posto sempre as atividades nas redes sociais, uma forma de matar a saudades dos meus e evangelizar.
NH – O que você espera levar como experiência para o Brasil após este tempo de missão?
Débora: A missão tem me feito crescer muito de forma pessoal e espiritual. Morar na comunidade salesiana tem me aproximado mais de Deus por meio da oração, do serviço e da convivência com os irmãos. É um amadurecimento na fé, uma visão mais ampla sobre ser cristã de maneira prática.
No tocante à cultura, essa experiência tem me feito entender outras culturas, me adaptar à realidades diferente da minha e respeitar as tradições. Estar a serviço do evangelho em outro país como professora, me coloca de frente e como referência para muitos jovens. Isso me capacita a viver de forma mais empática, sensível às pessoas, uma certa liderança no campo missionário. E esse papel traz consigo muitas responsabilidades. Os desafios encontrados, tanto internos quanto externos, têm me ensinado a ter mais resiliência e confiar no amor e cuidado de Deus para comigo.
Segundo Débora, para a Obra Salesiana, a previsão é ficar em Angola até setembro deste ano de 2025, mas sua vontade é que este período se estenda, colaborando ativamente na concretização do Sonho do Pai e Mestre da juventude, Dom Bosco!
Fonte: Nordeste Hoje