Sonho uma Família Salesiana que vive a alegria do Evangelho

Quarta, 01 Junho 2016 12:01 Escrito por 
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Saibamos viver mostrando que somos, como educadores e evangelizadores, apaixonados pelos jovens, envolvidos na ‘trama de Deus’.

Tenho cinco sonhos no meu coração, querida Família Salesiana espalhada pelo mundo, amigos e amigas, sonhos que julgo serem dos mais belos frutos do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco. Um deles, o quarto, é o de uma Família Salesiana que vive a alegria do Evangelho, e isto por estar convencida de que deve ser uma Família de evangelizadores e de educadores na fé, em toda a parte do mundo onde se encontra.

Quero recordar as palavras com as quais o Papa Francisco inicia a sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” (A alegria do Evangelho): “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Aqueles que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria”.

O Papa convida todos os cristãos a renovar o encontro pessoal com Jesus ou a deixar-se “encontrar por Ele, contra o risco do isolamento, contra um ritmo de vida que leva a vórtices prementes que não deixam espaço aos outros e às relações verdadeiramente pessoais”.

Este é um desafio fortemente atual e provocante, principalmente para nós, Família Salesiana, que devemos levar à Igreja aquele dom único que nos é próprio, forte e irresistível como o carisma que herdamos de Dom Bosco.

 

Evangelizadores dos jovens

Por que este sonho? Porque não queria que fossem proféticas as palavras do padre Vecchi quando, ao referir-se ao primado da evangelização, dizia: “Pode acontecer que, levados por uma multidão de atividades, preocupados com as estruturas e atarefados na organização, corramos o risco de perder de vista o horizonte da nossa ação, e aparecer como ativistas ou “movimentistas” pastorais, gestores de obras ou estruturas, admiráveis benfeitores, mas pouco como testemunhas explícitas de Cristo, mediadores da sua ação salvífica, formadores de almas, guias na vida de graça”.

Faz parte do nosso DNA, da nossa essência mais autêntica, herdada de Dom Bosco, ser evangelizadores dos jovens, especialmente dos mais pobres. E isto também porque acreditamos realmente que Deus está à nossa espera nos jovens para nos oferecer a graça do encontro com Ele. Espera de nós que sejamos verdadeiramente servidores dos jovens para O servirmos neles, reconhecendo a sua dignidade e educando-os para a plenitude de vida. As pessoas que vivem profundamente essa realidade experimentam a real alegria do Evangelho. Uma existência muito diferente daqueles que, como diz o Papa Francisco (EG 6), são cristãos que parecem ter um estilo de Quaresma sem Páscoa.

 

Educadores e missionários

Meus queridos amigos e amigas, com a sensibilidade de Dom Bosco, bebendo na fonte do seu carisma, não podemos cair na tentação do pessimismo e da falta de alegre satisfação. As dificuldades deverão ser enfrentadas, mas é muito mais belo animar todas as pessoas dos nossos grupos a prosseguir dando o melhor de si mesmas, daquilo que somos, isto é, mostrando que somos, como educadores e evangelizadores, apaixonados pelos jovens, envolvidos na ‘trama de Deus’.

E que juntamente com os nossos irmãos, na nossa Família Salesiana e com muitos educadores, educadoras, amigos, leigos empenhados, queremos continuar a transformar em realidade esse sonho de Dom Bosco, com o mesmo entusiasmo com que ele conseguiu transmiti-lo aos seus primeiros salesianos e leigos para merecer a qualificação que nos deu Paulo VI, chamando-nos “missionários dos jovens”.

Ser missionários na vida significa antes de tudo acreditar que o centro da própria vida é Jesus. Significa acreditar realmente que a vida se enriquece quando se entrega aos outros e, pelo contrário, se enfraquece e se entristece no isolamento ou quando se busca só a própria comodidade. Significa acreditar que a vida mais bela é a que encontra a felicidade em dar felicidade e vida aos outros.

“Possa o mundo do nosso tempo - que busca ora na angústia, ora na esperança - receber a Boa Nova não de evangelizadores tristes e desanimados, impacientes e ansiosos, mas de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, que tenham em primeiro lugar recebido em si a alegria do Evangelho” (EG 10).

Meus queridos amigos e amigas, este é o coração do meu sonho para uma Família Salesiana que deve sentir-se mais viva do que nunca, com o dever eclesial de oferecer o melhor de si, para dar gratuitamente àquilo que gratuitamente recebeu, como diz Jesus no Evangelho.

O augúrio mais belo é que os nossos rostos reflitam sempre aquela alegria que sonhamos e que só d’Ele pode vir.

 

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Última modificação em Quarta, 01 Junho 2016 16:59

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Sonho uma Família Salesiana que vive a alegria do Evangelho

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Saibamos viver mostrando que somos, como educadores e evangelizadores, apaixonados pelos jovens, envolvidos na ‘trama de Deus’.

Tenho cinco sonhos no meu coração, querida Família Salesiana espalhada pelo mundo, amigos e amigas, sonhos que julgo serem dos mais belos frutos do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco. Um deles, o quarto, é o de uma Família Salesiana que vive a alegria do Evangelho, e isto por estar convencida de que deve ser uma Família de evangelizadores e de educadores na fé, em toda a parte do mundo onde se encontra.

Quero recordar as palavras com as quais o Papa Francisco inicia a sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” (A alegria do Evangelho): “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Aqueles que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria”.

O Papa convida todos os cristãos a renovar o encontro pessoal com Jesus ou a deixar-se “encontrar por Ele, contra o risco do isolamento, contra um ritmo de vida que leva a vórtices prementes que não deixam espaço aos outros e às relações verdadeiramente pessoais”.

Este é um desafio fortemente atual e provocante, principalmente para nós, Família Salesiana, que devemos levar à Igreja aquele dom único que nos é próprio, forte e irresistível como o carisma que herdamos de Dom Bosco.

 

Evangelizadores dos jovens

Por que este sonho? Porque não queria que fossem proféticas as palavras do padre Vecchi quando, ao referir-se ao primado da evangelização, dizia: “Pode acontecer que, levados por uma multidão de atividades, preocupados com as estruturas e atarefados na organização, corramos o risco de perder de vista o horizonte da nossa ação, e aparecer como ativistas ou “movimentistas” pastorais, gestores de obras ou estruturas, admiráveis benfeitores, mas pouco como testemunhas explícitas de Cristo, mediadores da sua ação salvífica, formadores de almas, guias na vida de graça”.

Faz parte do nosso DNA, da nossa essência mais autêntica, herdada de Dom Bosco, ser evangelizadores dos jovens, especialmente dos mais pobres. E isto também porque acreditamos realmente que Deus está à nossa espera nos jovens para nos oferecer a graça do encontro com Ele. Espera de nós que sejamos verdadeiramente servidores dos jovens para O servirmos neles, reconhecendo a sua dignidade e educando-os para a plenitude de vida. As pessoas que vivem profundamente essa realidade experimentam a real alegria do Evangelho. Uma existência muito diferente daqueles que, como diz o Papa Francisco (EG 6), são cristãos que parecem ter um estilo de Quaresma sem Páscoa.

 

Educadores e missionários

Meus queridos amigos e amigas, com a sensibilidade de Dom Bosco, bebendo na fonte do seu carisma, não podemos cair na tentação do pessimismo e da falta de alegre satisfação. As dificuldades deverão ser enfrentadas, mas é muito mais belo animar todas as pessoas dos nossos grupos a prosseguir dando o melhor de si mesmas, daquilo que somos, isto é, mostrando que somos, como educadores e evangelizadores, apaixonados pelos jovens, envolvidos na ‘trama de Deus’.

E que juntamente com os nossos irmãos, na nossa Família Salesiana e com muitos educadores, educadoras, amigos, leigos empenhados, queremos continuar a transformar em realidade esse sonho de Dom Bosco, com o mesmo entusiasmo com que ele conseguiu transmiti-lo aos seus primeiros salesianos e leigos para merecer a qualificação que nos deu Paulo VI, chamando-nos “missionários dos jovens”.

Ser missionários na vida significa antes de tudo acreditar que o centro da própria vida é Jesus. Significa acreditar realmente que a vida se enriquece quando se entrega aos outros e, pelo contrário, se enfraquece e se entristece no isolamento ou quando se busca só a própria comodidade. Significa acreditar que a vida mais bela é a que encontra a felicidade em dar felicidade e vida aos outros.

“Possa o mundo do nosso tempo - que busca ora na angústia, ora na esperança - receber a Boa Nova não de evangelizadores tristes e desanimados, impacientes e ansiosos, mas de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, que tenham em primeiro lugar recebido em si a alegria do Evangelho” (EG 10).

Meus queridos amigos e amigas, este é o coração do meu sonho para uma Família Salesiana que deve sentir-se mais viva do que nunca, com o dever eclesial de oferecer o melhor de si, para dar gratuitamente àquilo que gratuitamente recebeu, como diz Jesus no Evangelho.

O augúrio mais belo é que os nossos rostos reflitam sempre aquela alegria que sonhamos e que só d’Ele pode vir.

 

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