ECA 35 anos: aprendizes do CESAM produzem jornal sobre direitos da juventude

Quinta, 17 Julho 2025 13:22 Escrito por  Jhonatas Luis
Os jovens do CESAM Goiânia realizaram entrevistas, notícias e reportagens com o foco no Estatuto da Criança e do Adolescente, que completa 35 anos


Os jovens do Centro Salesiano do Aprendiz (CESAM) de Goiânia desenvolveram, recentemente, uma atividade que reforça a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para isso, os aprendizes dos módulos de integração e de cidadania do Programa de Socioaprendizagem criaram o Jornal da Juventude – Comunicação em Defesa dos Direitos


As produções jornalísticas exploraram situações reais ou simuladas que envolvem os direitos previstos no estatuto, instituído pela Lei nº 8.069/90 e que completa 35 anos em 2025. Os jovens desenvolveram as notícias em diferentes formatos, incluindo entrevistas, reportagens de campo e telejornais.

Participação ativa

A educadora social do CESAM Goiânia Isamara Santana explica que a proposta da atividade é unir de forma prática os conhecimentos sobre o ECA com o desenvolvimento da expressão oral e argumentativa dos aprendizes:

 

“Cada grupo recebeu um formato jornalístico e desenvolveu uma apresentação oral, utilizando recursos criativos e argumentação crítica. Eles discutiram temas muito relevantes como violência infantil, evasão escolar, bullying, trabalho infantil e direito ao lazer.”

Durante as produções, os jovens pesquisaram e organizaram suas ideias com base em artigos do estatuto, planejando coletivamente os roteiros e falas.

Segundo a educadora social, além de aprofundar a compreensão sobre os direitos das crianças e adolescentes, o Jornal da Juventude favoreceu a participação ativa, o trabalho em equipe e a oratória.

“Os jovens demonstraram muito envolvimento e senso crítico, relacionando os temas abordados com suas próprias vivências. Promover esse tipo de iniciativa no contexto socioeducativo é essencial, pois aproxima o conteúdo da realidade dos jovens, valoriza o protagonismo e reforça o papel ativo que eles podem exercer na sociedade.”

 

Formação cidadã

A atividade também reforçou pilares e valores institucionais do CESAM Goiânia, como a construção de competências para a vida, a formação cidadã e a educação integral.

Isamara afirma que a iniciativa impacta positivamente o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos jovens do Programa de Socioaprendizagem:


“Esses princípios são centrais para a nossa missão salesiana socioeducativa, pois asseguram que os jovens não apenas conheçam seus direitos, mas saibam se posicionar e atuar como agentes de transformação em suas comunidades.”

A proposta abordou pontos do ECA que afetam diretamente a rotina de muitos aprendizes da instituição, que atende jovens entre 14 e 24 anos de idade em situação de vulnerabilidade social.

Os principais temas trabalhados foram: direito à educação e ao lazer; violência física e psicológica; trabalho infantil; bullying e saúde mental; direito à convivência familiar e comunitária.

De acordo com a educadora social, os assuntos foram distribuídos entre os grupos com explicações introdutórias, sugestões de abordagem e liberdade criativa para os aprendizes. “Essa autonomia contribuiu para o engajamento, pois permitiu que os jovens se reconhecessem nas situações encenadas ou discutidas.”

Sujeito ativo

A abordagem sobre o ECA trouxe reflexões importantes para os jovens do programa, especialmente no que diz respeito à garantia de direitos no contexto profissional. Para muitos, foi uma oportunidade de compreender melhor seu papel enquanto aprendizes e despertar maior consciência sobre os limites e possibilidades de sua atuação.

"Achei a atividade muito importante para mim, como adolescente já inserido no mercado de trabalho. Foi uma oportunidade valiosa para conhecer melhor meus direitos e deveres, algo essencial para me desenvolver com responsabilidade e consciência”, afirma o aprendiz Halley Alexander dos Santos.

Já a aprendiz Maria Eduarda Barbosa o jornal foi uma oportunidade de se reconhecer como sujeito ativo na sociedade. "Essa atividade foi fundamental, porque agora entendo melhor quais são os meus direitos tanto dentro quanto fora da empresa onde trabalho. Acredito que todos também ampliaram seus conhecimentos sobre o ECA, indo além do papel de aprendiz."

Empatia e escuta ativa

 

Isamara destaca a criatividade e a rapidez dos aprendizes na criação dos conteúdos para o Jornal da Juventude e o interesse em refletir sobre situações reais vivenciadas por eles ou por pessoas próximas.:


“Ao assumir papéis de comunicadores, entrevistados, especialistas e cidadãos críticos, os aprendizes desenvolvem competências como trabalho em equipe, empatia, escuta ativa, oralidade e postura diante do público”, afirmou a educadora.

Segundo Isamara, a iniciativa integrou as etapas do Programa de Socioaprendizagem que têm papel fundamental no ciclo formativo da qualificação socioprofissional. “Os módulos de integração e de cidadania são os responsáveis por apresentar e fortalecer valores sociais, direitos fundamentais e habilidades de convivência e expressão”.

A educadora ainda lembrou que essas formações promovem uma formação acolhedora: “inspirados no Sistema Preventivo de Dom Bosco, essas formações promovem uma formação sólida e acolhedora, sendo cruciais para prepararmos os aprendizes para enfrentarem os desafios e transformarem suas vidas.”

 

Por: Jhonatas Luis
Inspetoria São João Bosco

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Última modificação em Quinta, 17 Julho 2025 16:11

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ECA 35 anos: aprendizes do CESAM produzem jornal sobre direitos da juventude

Quinta, 17 Julho 2025 13:22 Escrito por  Jhonatas Luis
Os jovens do CESAM Goiânia realizaram entrevistas, notícias e reportagens com o foco no Estatuto da Criança e do Adolescente, que completa 35 anos


Os jovens do Centro Salesiano do Aprendiz (CESAM) de Goiânia desenvolveram, recentemente, uma atividade que reforça a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para isso, os aprendizes dos módulos de integração e de cidadania do Programa de Socioaprendizagem criaram o Jornal da Juventude – Comunicação em Defesa dos Direitos


As produções jornalísticas exploraram situações reais ou simuladas que envolvem os direitos previstos no estatuto, instituído pela Lei nº 8.069/90 e que completa 35 anos em 2025. Os jovens desenvolveram as notícias em diferentes formatos, incluindo entrevistas, reportagens de campo e telejornais.

Participação ativa

A educadora social do CESAM Goiânia Isamara Santana explica que a proposta da atividade é unir de forma prática os conhecimentos sobre o ECA com o desenvolvimento da expressão oral e argumentativa dos aprendizes:

 

“Cada grupo recebeu um formato jornalístico e desenvolveu uma apresentação oral, utilizando recursos criativos e argumentação crítica. Eles discutiram temas muito relevantes como violência infantil, evasão escolar, bullying, trabalho infantil e direito ao lazer.”

Durante as produções, os jovens pesquisaram e organizaram suas ideias com base em artigos do estatuto, planejando coletivamente os roteiros e falas.

Segundo a educadora social, além de aprofundar a compreensão sobre os direitos das crianças e adolescentes, o Jornal da Juventude favoreceu a participação ativa, o trabalho em equipe e a oratória.

“Os jovens demonstraram muito envolvimento e senso crítico, relacionando os temas abordados com suas próprias vivências. Promover esse tipo de iniciativa no contexto socioeducativo é essencial, pois aproxima o conteúdo da realidade dos jovens, valoriza o protagonismo e reforça o papel ativo que eles podem exercer na sociedade.”

 

Formação cidadã

A atividade também reforçou pilares e valores institucionais do CESAM Goiânia, como a construção de competências para a vida, a formação cidadã e a educação integral.

Isamara afirma que a iniciativa impacta positivamente o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos jovens do Programa de Socioaprendizagem:


“Esses princípios são centrais para a nossa missão salesiana socioeducativa, pois asseguram que os jovens não apenas conheçam seus direitos, mas saibam se posicionar e atuar como agentes de transformação em suas comunidades.”

A proposta abordou pontos do ECA que afetam diretamente a rotina de muitos aprendizes da instituição, que atende jovens entre 14 e 24 anos de idade em situação de vulnerabilidade social.

Os principais temas trabalhados foram: direito à educação e ao lazer; violência física e psicológica; trabalho infantil; bullying e saúde mental; direito à convivência familiar e comunitária.

De acordo com a educadora social, os assuntos foram distribuídos entre os grupos com explicações introdutórias, sugestões de abordagem e liberdade criativa para os aprendizes. “Essa autonomia contribuiu para o engajamento, pois permitiu que os jovens se reconhecessem nas situações encenadas ou discutidas.”

Sujeito ativo

A abordagem sobre o ECA trouxe reflexões importantes para os jovens do programa, especialmente no que diz respeito à garantia de direitos no contexto profissional. Para muitos, foi uma oportunidade de compreender melhor seu papel enquanto aprendizes e despertar maior consciência sobre os limites e possibilidades de sua atuação.

"Achei a atividade muito importante para mim, como adolescente já inserido no mercado de trabalho. Foi uma oportunidade valiosa para conhecer melhor meus direitos e deveres, algo essencial para me desenvolver com responsabilidade e consciência”, afirma o aprendiz Halley Alexander dos Santos.

Já a aprendiz Maria Eduarda Barbosa o jornal foi uma oportunidade de se reconhecer como sujeito ativo na sociedade. "Essa atividade foi fundamental, porque agora entendo melhor quais são os meus direitos tanto dentro quanto fora da empresa onde trabalho. Acredito que todos também ampliaram seus conhecimentos sobre o ECA, indo além do papel de aprendiz."

Empatia e escuta ativa

 

Isamara destaca a criatividade e a rapidez dos aprendizes na criação dos conteúdos para o Jornal da Juventude e o interesse em refletir sobre situações reais vivenciadas por eles ou por pessoas próximas.:


“Ao assumir papéis de comunicadores, entrevistados, especialistas e cidadãos críticos, os aprendizes desenvolvem competências como trabalho em equipe, empatia, escuta ativa, oralidade e postura diante do público”, afirmou a educadora.

Segundo Isamara, a iniciativa integrou as etapas do Programa de Socioaprendizagem que têm papel fundamental no ciclo formativo da qualificação socioprofissional. “Os módulos de integração e de cidadania são os responsáveis por apresentar e fortalecer valores sociais, direitos fundamentais e habilidades de convivência e expressão”.

A educadora ainda lembrou que essas formações promovem uma formação acolhedora: “inspirados no Sistema Preventivo de Dom Bosco, essas formações promovem uma formação sólida e acolhedora, sendo cruciais para prepararmos os aprendizes para enfrentarem os desafios e transformarem suas vidas.”

 

Por: Jhonatas Luis
Inspetoria São João Bosco

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