O encontro foi realizado em conjunto com o Setor Juventude da Arquidiocese de Belém e a Pastoral Juvenil do Regional Norte 2 da CNBB, com atividades no Santuário São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Icoaraci. O local foi escolhido como um dos polos organizados pela arquidiocese de Belém para refletir sobre temas sociais, de educação e saúde, de sustentabilidade e de juventude.
Mais de 100 jovens participaram de diversas atividades, como mesas redondas, palestras, ações culturais, corrida e uma visita missionária à Ilha de Cotijuba. Os debates e as reflexões trataram especialmente sobre a ecologia integral a partir da encíclica Laudato Si’.
Carta: vozes da juventude e grito da criação
No final do encontro, os participantes divulgaram uma carta reforçando a esperança e o compromisso dos jovens no cuidado da criação.
“Cremos que a luta pela promoção da harmonia socioambiental é a condição fundamental para o retorno do equilíbrio do planeta e somos convictos que essa é uma tarefa de todas as gerações”, afirmaram os jovens.
No texto, eles alertam e exigem que os líderes mundiais “ouçam as vozes das juventudes e o grito da criação, tomando decisões corajosas e justas, guiadas pelo amor às pessoas e pela preservação do planeta”. Eles se comprometem a:
- Valorizar, divulgar e apoiar experiências concretas de cuidado e preservação da natureza, de produção agroecológica sustentável e justa;
- Apoiar as comunidades e os povos da floresta, das águas, do campo e das cidades que clamam por direito à Terra, Teto e Trabalho, porque acreditamos que somos nós, pequenas comunidades aliadas e organizadas, os protagonistas da mudança;
- Respeitar e proteger a natureza, cuidando de cada ser vivo como parte importante da criação;
- Agir em nossas expressões: grupos, pastorais, movimentos, novas comunidades, congregações, escolas, universidades e famílias para promover a justiça social e ambiental;
- Inspirar outros jovens a valorizar a criação e praticar gestos concretos de cuidado com o planeta;
- Orar, refletir e trabalhar para que nossas decisões respeitem a vida e o equilíbrio da Terra;
- Adotar um estilo de vida sóbrio. Evitar o uso de plásticos e descartáveis em nossas atividades, reduzindo a produção de lixo e incentivando a coleta seletiva e a reutilização de materiais;
- Defender com os povos originários e tradicionais, suas vidas, territórios e todos os biomas.
A carta termina com uma afirmação e um convite: “acreditamos que, juntos, com fé, esperança e ação, podemos cuidar da Casa Comum e construir um futuro de vida, dignidade e harmonia para todos. Junte-se a nós! Juntos, podemos fazer a diferença! Com amor e esperança! Clique aqui e leia a íntegra da carta
Por: Luiz Lopes Jr.
CNBB