Na Ucrânia há cerca de 40 salesianos, que pertencem à Visitadoria UKR (liturgia bizantina), da qual é superior o padre Mikajlo Chaban, ou à Inspetoria PLS (liturgia romana). No país, os Salesianos de Dom Bosco mantêm paróquias, escolas, centros juvenis, oratórios, serviço humanitário e presença universitária.
Caro Volodymyr, como você vê a atual presença salesiana na Ucrânia, onde ainda há guerra? É possível fazer algo também com os jovens?
A vida na Ucrânia, com os alarmes e mísseis que chegam todos os dias e com a corrida para se proteger, é muito difícil. Como salesianos, procuramos estar próximos especialmente dos jovens, dos pobres e dos refugiados. Nossos sacerdotes chegam perto de zonas de combate levando alimentos e remédios aos pobres. Eles ficam perto dos nossos jovens soldados que lutam na linha de frente e também oferecem a ajuda psicológica necessária. Apesar da situação difícil, continuamos com as escolas, com as atividades esportivas, os oratórios e as paróquias. Claro, com muita atenção à segurança.
O que você pensa da ajuda que os salesianos prestam aos ucranianos nos vários países onde estão?
Os salesianos ucranianos não podem ajudar os seus compatriotas que fugiram para o estrangeiro. Como homens, não podem sair do país devido a obrigações militares. Estamos gratos porque os salesianos de todo o mundo os ajudam muito – oferecendo casas, dando alimentos, ajudando de todas as maneiras possíveis.
Consegue ver algo de positivo da sua experiência na atual situação ucraniana?
O lado positivo da experiência que temos na Ucrânia é o fato de as pessoas estarem unidas, ajudarem-se mutuamente, são sensíveis com aquele que está em dificuldade. Posso dizer que nos adaptamos à situação, superamos os primeiros meses mais difíceis na guerra e aos poucos conseguimos voltar a viver “normalmente”, mesmo que a guerra continue.