Editorial: Esperanças

Segunda, 11 Janeiro 2021 22:25 Escrito por  P. Tarcizio P. Odelli
Que Deus ilumine os nossos olhos do coração, para que possamos compreender a que esperança fomos chamados. Esta é uma adaptação da frase que São Paulo escreveu aos Efésios e que nos introduz no novo ano que estamos iniciando.  

 

Todo início de ano traz em si essa esperança, que só os olhos do coração podem compreender e que almejamos uns para os outros. É uma esperança que confia no poder e na ação de Deus, acima de todo o desespero; uma esperança para além da morte. Este será o tema motivador para a Família Salesiana de Dom Bosco, através da Estreia, ao longo de 2021: movidos pela esperança! “Eis que faço novas todas as coisas”.

 

Deus nos fala através de pessoas que, com os olhos do coração, entenderam qual era a esperança à qual estavam sendo chamados. O Reitor-mor, na Estreia deste ano, diz que “em situações-limite Deus continua a nos falar através do coração de pessoas que veem e respondem de modo original e diferente”. E cita vários exemplos de santos da nossa Família que viveram tal esperança.

 

Gostaria de destacar uma frase do teólogo evangélico Dietrich Bonhoeffer, quando estava preso em um campo de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Qualquer pessoa, em uma situação destas, certamente entraria em pânico. Ele manteve a serenidade, e escreveu o seguinte: “De boas forças, milagrosamente guardadas, esperamos corajosamente o que vai chegar! Deus está conosco de manhã e de tarde, e com certeza, também em cada dia”. Sua esperança se concretizou no final de guerra, quando foi solto.  

 

O Reitor-mor também nos apresenta, nesta edição do Boletim Salesiano, a figura de Dom Bosco, que celebraremos no final do mês, como modelo de pai que sabe acolher e ir ao encontro dos seus filhos, proporcionando a cada um a realização dos seus sonhos, transmitindo a felicidade a todos através das pequenas coisas e atitudes da vida cotidiana. Ele nos convida a “ser homens e mulheres que buscam todos os dias o dom da simpatia para o encontro com os rapazes e as moças, com um sentido muito real e concreto do encontro com qualquer pessoa”.

 

No final do artigo, padre Ángel diz que “uma vida cheia da luz vem do abandono confiante ao Deus da vida”. Era assim que vivia Dom Bosco, também apresentado nesta edição como “homem de Deus e da ciência”. Padre Osmar Bezutte nos diz que era uma pessoa que procurava se interessar por tudo e, ao mesmo tempo, que favorecia o estudo de mais alto nível para os seus jovens. E movidos pela esperança, nos perguntamos: o que fazer de bom para a sociedade? Padre Mendonça responde apresentando Dom Bosco preocupado em formar o bom cristão e o honesto cidadão.

 

A virtude da esperança não faz esperar pelo além da morte, mas cria coragem para enfrentar as resistências da vida aqui na terra, porque existe um além. Estamos passando por uma crise inimaginável e, pouco a pouco, para quem é movido pela esperança, vamos descobrindo modos de resistir, de nos adaptar, de criar outras maneiras de ser e de nos comportar. Mas isso acontece só com aquele ou aquela que, como diz São Paulo, sabe compreender a que esperança foi chamado/a. E que sabe ver, com os olhos do coração, que Deus faz novas todas as coisas.

 

Leia AQUI o Boletim Salesiano Digital

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Editorial: Esperanças

Segunda, 11 Janeiro 2021 22:25 Escrito por  P. Tarcizio P. Odelli
Que Deus ilumine os nossos olhos do coração, para que possamos compreender a que esperança fomos chamados. Esta é uma adaptação da frase que São Paulo escreveu aos Efésios e que nos introduz no novo ano que estamos iniciando.  

 

Todo início de ano traz em si essa esperança, que só os olhos do coração podem compreender e que almejamos uns para os outros. É uma esperança que confia no poder e na ação de Deus, acima de todo o desespero; uma esperança para além da morte. Este será o tema motivador para a Família Salesiana de Dom Bosco, através da Estreia, ao longo de 2021: movidos pela esperança! “Eis que faço novas todas as coisas”.

 

Deus nos fala através de pessoas que, com os olhos do coração, entenderam qual era a esperança à qual estavam sendo chamados. O Reitor-mor, na Estreia deste ano, diz que “em situações-limite Deus continua a nos falar através do coração de pessoas que veem e respondem de modo original e diferente”. E cita vários exemplos de santos da nossa Família que viveram tal esperança.

 

Gostaria de destacar uma frase do teólogo evangélico Dietrich Bonhoeffer, quando estava preso em um campo de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Qualquer pessoa, em uma situação destas, certamente entraria em pânico. Ele manteve a serenidade, e escreveu o seguinte: “De boas forças, milagrosamente guardadas, esperamos corajosamente o que vai chegar! Deus está conosco de manhã e de tarde, e com certeza, também em cada dia”. Sua esperança se concretizou no final de guerra, quando foi solto.  

 

O Reitor-mor também nos apresenta, nesta edição do Boletim Salesiano, a figura de Dom Bosco, que celebraremos no final do mês, como modelo de pai que sabe acolher e ir ao encontro dos seus filhos, proporcionando a cada um a realização dos seus sonhos, transmitindo a felicidade a todos através das pequenas coisas e atitudes da vida cotidiana. Ele nos convida a “ser homens e mulheres que buscam todos os dias o dom da simpatia para o encontro com os rapazes e as moças, com um sentido muito real e concreto do encontro com qualquer pessoa”.

 

No final do artigo, padre Ángel diz que “uma vida cheia da luz vem do abandono confiante ao Deus da vida”. Era assim que vivia Dom Bosco, também apresentado nesta edição como “homem de Deus e da ciência”. Padre Osmar Bezutte nos diz que era uma pessoa que procurava se interessar por tudo e, ao mesmo tempo, que favorecia o estudo de mais alto nível para os seus jovens. E movidos pela esperança, nos perguntamos: o que fazer de bom para a sociedade? Padre Mendonça responde apresentando Dom Bosco preocupado em formar o bom cristão e o honesto cidadão.

 

A virtude da esperança não faz esperar pelo além da morte, mas cria coragem para enfrentar as resistências da vida aqui na terra, porque existe um além. Estamos passando por uma crise inimaginável e, pouco a pouco, para quem é movido pela esperança, vamos descobrindo modos de resistir, de nos adaptar, de criar outras maneiras de ser e de nos comportar. Mas isso acontece só com aquele ou aquela que, como diz São Paulo, sabe compreender a que esperança foi chamado/a. E que sabe ver, com os olhos do coração, que Deus faz novas todas as coisas.

 

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