A Eslováquia tem 5,3 milhões de habitantes, entre os quais uma minoria cigana, que representa cerca de 8-9% da população. Os ciganos vivem na Eslováquia há mais de 600 anos, mesmo assim, a maioria deles não está integrada na sociedade. Há inclusive alguns padres e freiras Rom, mas o “ministério cigano” é considerado mais difícil que a missio ad gentes.
Para os Salesianos da Eslováquia, a missão entre os Rom está intimamente ligada ao nome do padre Peter Bešenyei, que dedicou toda sua vida pastoral aos ciganos. Sua rica experiência missionária no país foi contada em seu primeiro livro, intitulado “O silêncio dos ciganos”, que ganhou um segundo volume em 2019, chamado “Matemos o racista em nós”.
Em seus ensaios, padre Peter aborda de maneira franca, aberta e ousada questões como o racismo, o preconceito e a segregação, contando-as de ambos os pontos de vista, isto é, do ponto de vista da maioria do povo eslovaco e da minoria cigana. Como pastor, educador e missionário experiente, padre Peter oferece conselhos concretos a diferentes grupos de pessoas: médicos, professores, sacerdotes, entre outros. Seus conselhos são sempre inspirados no Evangelho.
Padre Peter é atualmente membro da comunidade salesiana de Košice e trabalha como diretor do Centro Pastoral Cigano e como secretário da Conferência Episcopal Eslovaca para a Pastoral Cigana. É também delegado Inspetorial para a Pastoral Cigana da Inspetoria “Maria Auxiliadora” da Eslováquia (SLK).
Entre os 600 assentamentos ciganos na Eslováquia, a contribuição salesiana certamente representa apenas uma gota no oceano, mas oferece sem dúvida um sinal profético, não apenas para a comunidade católica, mas também a toda a sociedade.