A extraordinária fecundidade do modelo associativo salesiano
“Como os companheiros que me queriam levar às desordens eram os mais desleixados nos deveres escolares, começaram também a recorrer a mim para que lhes fizesse o favor de lhes emprestar ou ditar o tema da aula. Isso desagradou ao professor, porque minha mal-entendida benevolência favorecia-lhes a preguiça, e me proibiu de ajudá-los. Recorri então a um meio menos prejudicial, isto é, explicar as dificuldades e ajudar os mais atrasados.... Começaram a vir para brincar, depois para ouvir fatos e fazer a tarefa de aula, e, por fim, sem motivo algum, como os de Murialdo e de Castelnuovo. Para dar um nome a essas reuniões, costumávamos chamar-lhe Sociedade da Alegria. O nome vinha a calhar, porque cada sócio tinha a obrigação estrita de arranjar livros e provocar assuntos e brinquedos que pudessem contribuir para estarmos alegres. Tudo o que pudesse ocasionar tristeza, especialmente as coisas contrárias às leis do Senhor, estava proibido. Assim, quem houvesse blasfemado ou tomado o nome do Senhor em vão, ou tido más conversas, era imediatamente expulso da sociedade. Encontrando-me desse modo à testa de uma multidão de companheiros...” (Memórias do Oratório, Primeira Década, 6).