“O último encontro, belo, mas também doloroso, foi o tido com um grupo de meninos e adolescentes refugiados, cuidado pelos Salesianos. Era muito importante para eu encontrar-me com alguns refugiados das zonas de guerra do Oriente Médio, seja para exprimir-lhes a minha vizinhança e da Igreja, seja para sublinhar o valor da acolhida, na qual também a Turquia muito se empenhou. Agradeço mais uma vez à Turquia por essa acolhida a tantos refugiados e agradeço de coração aos salesianos de Istambul.
Esses Salesianos trabalham com os refugiados. São bravos! Encontrei-me também com outros religiosos e um jesuíta alemão e com outros que trabalham com os refugiados. Mas esse oratório salesiano dos refugiados é uma coisa linda, um trabalho escondido. Agradeço demais, pois, a todas essas pessoas que trabalham com os refugiados. E rezemos por todos os que devem fugir e refugiar-se e para que sejam extirpadas as causas desta dolorosa chaga”.
A visita do Papa à obra salesiana de Istambul acendeu os refletores sobre uma realidade pouco conhecida, que o mesmo Pontífice define “um trabalho escondido”, embora assaz precioso e expressão evidente da maternidade universal da Igreja. Interessante é por isso notar quanto incide o trabalho de poucas, simples pessoas sobre a vida dos pequenos refugiados.
A tal propósito, padre Andrés Callejas, diretor do Centro Salesiano em Istambul, recontou à TV2000, emissora da CEI (Conferência Episcopal Italiana), como, há 20 anos, os refugiados passados por aqueles pátios, refizeram a vida pelos países ocidentais, retornaram a Istambul para agradecer aos seus benfeitores; e como a caridade sincera, experimentada na obra, já fez nascer diversas vocações.