O volume analisa os principais acontecimentos de outubro de 2012 a junho de 2014 e trata do grau de liberdade religiosa em 196 países, com referência a violações sofridas, não somente pelos cristãos, mas por todos os grupos religiosos. “Representa a fonte mais acurada em matéria de liberdade religiosa e a base para compreender o mundo em que vivemos”, disse o jornalista Roberto Fontolan, moderador do evento.
“Ao ouvirmos as notícias cotidianas, temos a impressão de que os atos de violência cometidos em nome da religião estão aumentando. Infelizmente este relatório demonstra que as nossas impressões são corretas”, acrescentou Peter Sefton-Williams, presidente da Comissão de redação do relatório.
No período examinado foram reveladas mudanças em 61 dos 196 países; só em seis melhoraram. Os países com limitações à liberdade religiosa, de grau ‘elevado’, ‘médio’ ou ‘preocupante’, são 116 (60%) dos países do mundo.
A Ásia se confirma como o continente onde a liberdade religiosa é mais violada, com um incremento do fundamentalismo não somente islâmico mas também hindu e budista. Na África, a tendência mais preocupante dos últimos dois anos é sem dúvida o crescimento do fundamentalismo islâmico.
Em vários países do Oriente (médio e extremo) vão nascendo estados monoconfessionais, em que o grupo religioso dominante procura tripudiar sobre as minorias. A recente afirmação do Estado Islâmico, no Iraque, é um claro exemplo de tal fenômeno.
Na América Latina os obstáculos à liberdade religiosa são quase sempre causados pelas políticas de regimes abertamente laicistas ou ateus, que limitam a liberdade de todos os grupos religiosos, sem distinção de credo religioso. Mas também nos restantes estados da América do Norte, se deparam casos relativos à objeção de consciência, enquanto no velho continente, sobretudo na Europa Ocidental, aumenta o “ateísmo agressivo”, o analfabetismo religioso das classes políticas e, de maneira alarmante, os episódios de anti-semitismo.
ACS sustenta todos os anos perto de 6.000 projetos em cerca de 140 países do mundo. “Estamos convencidos de que a nossa atenção ao destino dos oprimidos e dos perseguidos por causa da Fé, sejam eles iraquianos, sírios, nigerianos, muçulmanos, cristãos ou fiéis de outras religiões, nunca irão diminuir. Quem quer que desvie o seu olhar disso, trai os perseguidos e põe em perigo a liberdade”, explicou Johannes Heereman von Zuydtwyck, presidente executivo internacional de ACS.
Fichas e aprofundamentos sobre o tema podem ser encontradas em vários idiomas, no site www.religion-freedom-report.org.