Na Etiópia, a região de Gambella, na fronteira com o Sudão do Sul, está sobrecarregada de muitos problemas – pobreza, fortes tensões étnicas, ausência de indústrias e infraestruturas – mas não da relação entre cristãos e muçulmanos. “Aqui, a religião não é motivo de divisão. A convivência entre os fiéis é serena. Direi mais: é natural, no sentido de que não é objeto de reflexões: simplesmente acontece. Somos muito felizes por isso”, diz o padre salesiano Aristide Marcandalli, de 53 anos, dos quais 25 vividos na Etiópia.