Síria: entre os jovens persiste uma fé inabalável

Terça, 22 Novembro 2016 12:03 Escrito por  InfoANS
Os títulos de muitos jornais, em todo o mundo, relatam o drama do povo sírio. “Ninguém chora pela Síria”; “O mundo não reage ao maior drama humano depois do de Ruanda”. “A ninguém interessa o que nos acontece, a nós, Sírios, nem que as bombas devastem as nossas casas ou que morram os nossos filhos. Ninguém faz nada para prevenir os massacres ou para ajudar a quem perdeu tudo quanto tinha”, dizia desesperada uma senhora idosa, enquanto entrava em terra turca. A guerra na Síria está a recrudescer nos últimos meses, tanto que os salesianos falam de “níveis muito altos de falta de humanidade”.

Os mortos superam o meio milhão. São mais de 1.600.000 feridos. E mais de 11.000.000 os refugiados. Neste contexto, os salesianos continuam a servir a população no modo mais normal possível, embora por entre um cenário cercado de violência, sem água, sem luz e sem comida.

 

A violência na Síria iniciou em março de 2011. O padre Alejandro León, missionário salesiano na Síria, diz que “não é uma guerra civil; é uma guerra de dois exércitos: um sírio e outro feito de muitas nacionalidades (mais de 80!), com muitas forças e muitíssimos... interesses”.

 

Os salesianos, em suas três presenças na Síria: Aleppo, Damasco e Kafroun, tiveram de viver situações difíceis, “como quando um menino que esperava pelo ônibus para vir à nossa casa morreu por causa da explosão de uma bomba; ou como quando dois jovens animadores morreram junto com a mãe em sua casa durante um bombardeio” relembra o padre León.

 

Na Síria, reconhece o salesiano, “toda pessoa tem pelo menos um morto por qual chorar... Mas o problema é a dor: que pode engendrar... vinganças”.

 

Entretanto, continua, “temos visto muitas bênçãos e muitos milagres: a guerra conseguiu fazer o que os missionários não tinham obtido anteriormente: uma fé inabalável nos jovens. A guerra destruiu os corações e a humanidade de muitos: mas muitos outros encontraram uma fé verdadeira, de se tirar o chapéu”.

 

Entretanto a quem importam realmente os números? “O número de refugiados supera os 2 milhões (2.000.000) de pessoas, que não recebem ajuda humanitária. Quatro milhões e meio (4.500.000) são as pessoas refugiadas, e quatro milhões (4.000.000)  de crianças/adolescentes que estão correndo um grave perigo”.

 

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Última modificação em Quarta, 03 Julho 2024 18:58

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Síria: entre os jovens persiste uma fé inabalável

Terça, 22 Novembro 2016 12:03 Escrito por  InfoANS
Os títulos de muitos jornais, em todo o mundo, relatam o drama do povo sírio. “Ninguém chora pela Síria”; “O mundo não reage ao maior drama humano depois do de Ruanda”. “A ninguém interessa o que nos acontece, a nós, Sírios, nem que as bombas devastem as nossas casas ou que morram os nossos filhos. Ninguém faz nada para prevenir os massacres ou para ajudar a quem perdeu tudo quanto tinha”, dizia desesperada uma senhora idosa, enquanto entrava em terra turca. A guerra na Síria está a recrudescer nos últimos meses, tanto que os salesianos falam de “níveis muito altos de falta de humanidade”.

Os mortos superam o meio milhão. São mais de 1.600.000 feridos. E mais de 11.000.000 os refugiados. Neste contexto, os salesianos continuam a servir a população no modo mais normal possível, embora por entre um cenário cercado de violência, sem água, sem luz e sem comida.

 

A violência na Síria iniciou em março de 2011. O padre Alejandro León, missionário salesiano na Síria, diz que “não é uma guerra civil; é uma guerra de dois exércitos: um sírio e outro feito de muitas nacionalidades (mais de 80!), com muitas forças e muitíssimos... interesses”.

 

Os salesianos, em suas três presenças na Síria: Aleppo, Damasco e Kafroun, tiveram de viver situações difíceis, “como quando um menino que esperava pelo ônibus para vir à nossa casa morreu por causa da explosão de uma bomba; ou como quando dois jovens animadores morreram junto com a mãe em sua casa durante um bombardeio” relembra o padre León.

 

Na Síria, reconhece o salesiano, “toda pessoa tem pelo menos um morto por qual chorar... Mas o problema é a dor: que pode engendrar... vinganças”.

 

Entretanto, continua, “temos visto muitas bênçãos e muitos milagres: a guerra conseguiu fazer o que os missionários não tinham obtido anteriormente: uma fé inabalável nos jovens. A guerra destruiu os corações e a humanidade de muitos: mas muitos outros encontraram uma fé verdadeira, de se tirar o chapéu”.

 

Entretanto a quem importam realmente os números? “O número de refugiados supera os 2 milhões (2.000.000) de pessoas, que não recebem ajuda humanitária. Quatro milhões e meio (4.500.000) são as pessoas refugiadas, e quatro milhões (4.000.000)  de crianças/adolescentes que estão correndo um grave perigo”.

 

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