Discutido em âmbito científico e pastoral, a violência contra a família e a infância teve como enfoque a prevenção, a intervenção e a colaboração articulada na rede de atenção e cuidado, tanto em nível público quando privado e comunitário.
Em sua palestra o padre Luís Laudato, doutor da Faculdade Salesiana Dom Bosco, refletiu sobre os pontos de vista para a construção de um lar, sobre os recursos materiais e espirituais e questionou os participantes sobre quais seriam os maiores desafios para conjugar e harmonizar as emoções, sentimentos e afetos, deixando claro que quando duas pessoas resolvem se tornar um casal, eles formaram uma família que automaticamente se tornou um lar.
Dra. Lidiany de Lima, da Universidade Federal do Amazonas, questionou sobre o porque da violência contra famílias, em especial crianças e jovens, continuam crescendo. “Se a família é a base de tudo, que estrutura é essa onde a violência está presente, não apenas a violência física, mas principalmente a moral”, disse referindo-se a um tipo de violência muito comum que é a dos maus tratos pelo meio das palavras.
Ao longo do encontro a chefe de divisão Média Complexidade do CREAS abordou sobre as medidas proteção que são destinadas às crianças e adolescentes que se encontram em situação de violação de seus direitos. E a Dra. Consuelena Leitão, da Tecendo Redes e Grupo Azul Lilás, explicou como essas crianças e adolescentes são atendidas nos períodos de até 72 horas e após 72 horas, por meio de uma Rede de Proteção desse grupo.
O retrato da situação da violência contra crianças e adolescentes coloca o Amazonas na segunda pior taxa de violência doméstica.
Participantes
O evento contou com a participação da Dra. Juliana Tuma, delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Crianças e ao Adolescente; da Dra. Zélia Campos, do Atendimento às Vítimas de Violência Sexual; e do deputado estadual Luiz Castro, que preside a Frente Parlamentar de Entretenimento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que apresentaram os meios de comunicação usados como canais de denúncias, apresentações de leis, dicas de proteção a essas possíveis vítimas, assim como apresentaram cases de estudos de eventos acontecidos em Manaus.
Também participaram o inspetor da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, padre Francisco Alves de Lima; o bispo auxiliar dom José Albuquerque; a diretora executiva da Faculdade Salesiana Dom Bosco, professora Meire Botelho; o diretor de Pastoral da Faculdade Salesiana Dom Bosco, padre Raimundo Marcelo, entre outros.