No dia 23, Oscar passeou pelos corredores e pátios do São José, conversou com educandos e distribuiu autógrafos. Os alunos ficaram bastante entusiasmados com a ilustre visita do ex-aluno. No dia 24 foi a vez da imprensa ter contato com o ex-jogador em uma coletiva. No bate-papo com os jornalistas, Oscar lembrou que foi no Salesiano São José que ele iniciou sua vida como um atleta. No entanto, o basquete ainda não era um esporte já definido. “Eu fazia vários esportes, não era um aluno especificamente do basquete. Por exemplo, nessa mesma época eu treinei muito a natação”, conta o ex-jogador da Seleção Brasileira.
Da vida escolar, Schmidt ainda lembrou a formação como cidadão e cristão que leva até hoje para a vida. Entre os amigos de sala de aula e dos corredores, citou a grande amizade com o padre Prata, então diretor da instituição. Oscar não escondeu a emoção em rever sua ficha de aluno da época em que estudou, onde constam suas notas e conduta no ambiente escolar. A afinidade com a instituição de ensino da RSE foi tão grande que, aos 13 anos, quando a família se mudou para Brasília, a Rede Salesiana foi a escolhida pelos pais e pelo jovem estudante para continuar os estudos.
“A formação salesiana recebida pelo Oscar reafirma para nós a certeza de que a educação é a arma mais poderosa para mudar uma sociedade. Principalmente quando ele vem e visita nossa unidade e mostra este profundo desejo de agradecer aos que ofereceram a ele essa educação de qualidade e capaz de formar um bom cristão, honesto cidadão e profissional de excelência. É um sinal de que estamos no rumo certo, com a grande proposta que é fazer a sociedade receber pessoas capacitadas e capazes de mudar o mundo para melhor”, registra o padre Robson, atual diretor do Salesiano.
Carreira
Oscar começou sua carreira no Palmeiras, em 1974, e depois se transferiu para o Sírio, em 1978. A partir de 1982, atuou durante 11 temporadas na Itália, vestindo as camisas do Caserta e do Pavia neste período. Em seguida, o atleta foi para o espanhol Valhadolid. Em 1995, decidiu voltar para o Brasil, onde defendeu Corinthians, Bandeirantes, SP, Barueri, SP, e Flamengo. Com 2,05m de altura e 107 kg, Oscar participou dos Jogos Olímpicos de Moscou 1980, Los Angeles 1984, Seul 1988, Barcelona 1992 e Atlanta 1996. Com isso, ele se igualou ao recorde do portorriquenho Teófilo da Cruz e depois a Andrew Gaze, da Austrália. Os três dividem atualmente a marca de maior número de participações de um jogador de basquete em Olimpíadas.
Embora o Brasil não tenha chegado perto do título olímpico, Oscar foi pela terceira vez o cestinha da competição, com 219 pontos, tornando-se o primeiro atleta a superar a marca dos 1.000 pontos em Olimpíadas – marcando precisamente 1.093 pontos.