A segurança faz tempo ausentou-se da Síria. Pela violência que rodeia, o medo é constante, difunde-se e cresce. A natural confiança das crianças desapareceu, por causa das ameaças de morte que as rodeiam a cada instante. A paz continua a esperar: ninguém sabe quando chegará.
Padre Simon Zakerian, SDB, relata a situação de dor e destruição em que vivem os jovens e as famílias acudidas pelos Salesianos em Alepo, Damasco e Kafroun”.... “Todos os dias há mortos e feridos. Cada dia há sequestros, ameaças, refugiados... E mesmo em casa, ninguém está imune de bombas... Que fazer? Qual a solução? Ninguém sabe”. Entretanto, “a vontade de viver é muito mais forte do que o espectro da morte e do desespero”, garantem os Salesianos.
Por entre as adversidades há ainda exemplos de integridade e fortaleza: “A criança que vai à escola enquanto ouve a explosões dos mísseis e o zunir das balas ao redor, é forte! O pai que todo o dia vai ao trabalho é um forte! A mãe que leva e traz a filha da escola é uma forte! Os jovens que vão à universidade, sabendo que uma bomba ou um míssil lhes pode destruir a vida, são fortes!”, sublinha o religioso.
A população procura continuar a própria vida sem ceder. Mas são já muitos aqueles em quem a fuga do país sobrepujou o desejo da paz.
São, sobretudo os jovens que desejam partir por medo de serem chamados às armas, e buscar melhores oportunidades para o futuro. Por isso, os Salesianos, nos centros de Alepo e Damasco, oferecem iniciativas a fim de que a esperança e a unidade os ajudem a superar o trauma da guerra e os façam perseverar em seu desejo de trabalhar pela paz em seu país.