“Vale ressaltar que a nascente também alimenta a ecobrinquedoteca que está nesse local e que realiza um trabalho voluntário com treinamento de professores para ensinar as crianças a interagir com brinquedos feitos de material reciclável”, explica o diretor, padre Dilson Passos Júnior.
Para contribuir ainda mais com a preservação do lençol freático e evitar a escassez de água, a Comunidade Educativa São José obteve a autorização da Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável (SVDS) para suprimir os antigos pinheiros do fragmento de plantio comercial localizados na Escola. Esse plantio pertencia à antiga fazenda que existia na região e que era explorado antes do crescimento da cidade.
Os diretores explicam que os pinheiros, além de absorver grandes quantidades de água do solo, são de uma espécie exótica e oferecem riscos de queda. A respectiva espécie é originária da Flórida (EUA) e pode atingir até 30 metros de altura, possuindo um sistema radicular extremamente profundo e agressivo. Produz uma resina que causa a acidificação e o ressecamento do solo, e facilita o desenvolvimento de formigueiros. “Com o passar do tempo, a madeira pode murchar, definhar, entortar e se tornar hospedeira de cupins, que podem comprometer a estabilidade das árvores e levá-las à queda com a incidência de chuvas e ventos fortes”, comenta padre Dilson.
“Atualmente a área onde está o bosque é bastante movimentada, com circulação de grande número de alunos, além de veículos e pedestres, principalmente na Rua Artur Paulioli. A queda dessas árvores pode causar acidentes e/ou prejuízos materiais e humanos de grandes proporções. Pensando no bem estar e na segurança dos alunos e da comunidade do entorno do colégio, foi então necessária a supressão desse fragmento de plantio comercial de pinheiros”, conclui o padre Dilson.
Como medida compensatória pela retirada, a SVDS solicitou que fosse realizado o plantio de mil mudas de árvores nativas da floresta brasileira, para incentivar a integração com a fauna da região; baseando-se num Projeto Técnico de Reflorestamento, que seguiu rigorosamente a legislação ambiental brasileira e que foi aprovado pelo órgão ambiental.
Segundo irmão Marcelo Oliveira dos Santos, também diretor, para contribuir com a recuperação da natureza e, portanto, do meio ambiente, a Comunidade Educativa São José é responsável pela manutenção dessa nova floresta até que ela atinja a sua autossustentação, ou seja, até que as mudas se tornem árvores capazes de se desenvolverem sem a intervenção humana, processo que deve durar aproximadamente dois anos.
Comunicação e Marketing – ESSJ