Em todos os lugares na cidade, onde as temperaturas já beiram os 50°C, mulheres e crianças circulam com garrafas e recipientes de plástico, em busca de água de todos os modos possíveis.
Na realidade os recursos hídricos não faltam em Alepo. Todavia “os grupos armados que controlam as bombas da água, fecham os registros para fazer pressão sobre a cidade, referiu Dadoud à Agência Fides, Não se sabe quais tratativas estejam impondo ao governo de Damasco, e usam os depósitos hídricos como meio de extorsão. Quem paga o preço mais alto são os civis, que nada têm a ver com isso”.
Estando a cidade nos limites com a Turquia, “os rebeldes não têm problemas em receber apoios logísticos, armas e todo o tipo de auxílio daquele lado. Em âmbito local, só se podem achar soluções provisórias e fundadas em equilíbrios precários”.
Em Alepo, a esperança se mantém viva pelas igrejas cristãs ainda não destruídas pelos extremistas. Como a salesiana, em cujo oratório nestes dias estão ainda realizando as atividades do ‘Estate Ragazzi’ (campo de férias para adolescentes). “Ali se tenta guardar nos rapazes também a memória de Alepo como era antes: uma cidade viva, alegre, com tantas possibilidades de encontro. Quem for a essas paróquias ainda haverá de encontrar uma luz de esperança: são como faróis que iluminam as noites escuras durante a tempestade e que reacendem a esperança nos navegantes que se haviam perdido por mares tenebrosos e hostis”, conclui Dadoud.