Síria: emergência hídrica em Alepo

Sexta, 24 Julho 2015 11:38 Escrito por  InfoANS
Síria: emergência hídrica em Alepo InfoANS - imagem ilustrativa
Alepo, Síria, está sem água corrente desde o dia 26 de junho: um drama que se acrescenta ao tormento cotidiano feito de contínuos bombardeios e combates a fogo. “A emergência de água se torna insuportável pelo calor sufocante destes dias. As igrejas distribuem ininterruptamente água potável tirada dos próprios poços, mas a carência é tamanha que não se consegue dar conta, informou Samaan Dadoud, ex-guia de turismo, hoje empenhado em programas humanitários na Síria, colaborador dos salesianos na cidade.

Em todos os lugares na cidade, onde as temperaturas já beiram os 50°C, mulheres e crianças circulam com garrafas e recipientes de plástico, em busca de água de todos os modos possíveis.

 

Na realidade os recursos hídricos não faltam em Alepo. Todavia “os grupos armados que controlam as bombas da água, fecham os registros para fazer pressão sobre a cidade, referiu Dadoud à Agência Fides, Não se sabe quais tratativas estejam impondo ao governo de Damasco, e usam os depósitos hídricos como meio de extorsão. Quem paga o preço mais alto são os civis, que nada têm a ver com isso”.

 

Estando a cidade nos limites com a Turquia, “os rebeldes não têm problemas em receber apoios logísticos, armas e todo o tipo de auxílio daquele lado. Em âmbito  local, só se podem achar soluções provisórias e fundadas em equilíbrios precários”.

 

Em Alepo, a esperança se mantém viva pelas igrejas cristãs ainda não destruídas pelos extremistas. Como a salesiana, em cujo oratório nestes dias estão ainda realizando as atividades do ‘Estate Ragazzi’ (campo de férias para adolescentes). “Ali se tenta guardar nos rapazes também a memória de Alepo como era antes: uma cidade viva, alegre, com tantas possibilidades de encontro. Quem for a essas paróquias ainda haverá de encontrar uma luz de esperança: são como faróis que iluminam as noites escuras durante a tempestade e que reacendem a esperança nos navegantes que se haviam perdido por mares tenebrosos e hostis”, conclui Dadoud.

 

InfoANS

 

 

 

 

 

 

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Última modificação em Sexta, 24 Julho 2015 23:26

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Alepo, Síria, está sem água corrente desde o dia 26 de junho: um drama que se acrescenta ao tormento cotidiano feito de contínuos bombardeios e combates a fogo. “A emergência de água se torna insuportável pelo calor sufocante destes dias. As igrejas distribuem ininterruptamente água potável tirada dos próprios poços, mas a carência é tamanha que não se consegue dar conta, informou Samaan Dadoud, ex-guia de turismo, hoje empenhado em programas humanitários na Síria, colaborador dos salesianos na cidade.

Em todos os lugares na cidade, onde as temperaturas já beiram os 50°C, mulheres e crianças circulam com garrafas e recipientes de plástico, em busca de água de todos os modos possíveis.

 

Na realidade os recursos hídricos não faltam em Alepo. Todavia “os grupos armados que controlam as bombas da água, fecham os registros para fazer pressão sobre a cidade, referiu Dadoud à Agência Fides, Não se sabe quais tratativas estejam impondo ao governo de Damasco, e usam os depósitos hídricos como meio de extorsão. Quem paga o preço mais alto são os civis, que nada têm a ver com isso”.

 

Estando a cidade nos limites com a Turquia, “os rebeldes não têm problemas em receber apoios logísticos, armas e todo o tipo de auxílio daquele lado. Em âmbito  local, só se podem achar soluções provisórias e fundadas em equilíbrios precários”.

 

Em Alepo, a esperança se mantém viva pelas igrejas cristãs ainda não destruídas pelos extremistas. Como a salesiana, em cujo oratório nestes dias estão ainda realizando as atividades do ‘Estate Ragazzi’ (campo de férias para adolescentes). “Ali se tenta guardar nos rapazes também a memória de Alepo como era antes: uma cidade viva, alegre, com tantas possibilidades de encontro. Quem for a essas paróquias ainda haverá de encontrar uma luz de esperança: são como faróis que iluminam as noites escuras durante a tempestade e que reacendem a esperança nos navegantes que se haviam perdido por mares tenebrosos e hostis”, conclui Dadoud.

 

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