“Não trocarei jamais a alegria que sinto em anunciar Cristo!”

Segunda, 06 Abril 2015 17:31 Escrito por  InfoANS
“Não trocarei jamais a alegria que sinto em anunciar Cristo!” arquivo InfoANS Congresso Juvenil Shuar 2011
  “Sou missionário no Equador desde 2005 … A região que me foi confiada fica na floresta do Equador: ali não há estradas nem caminhos … Mas jamais trocarei a alegria que sinto n’alma, ao partilhar Cristo com o Povo shuar!”. Este é o testemunho do padre Anton Odrobiňák, salesiano missionário eslovaco.


Eu nasci no Norte da Eslováquia, próximo da fronteira com a Polônia, em uma família muito religiosa. Quando jovem, era esportista. Gostava demais de levantar pesos. Era o campeão da minha cidade e fazia parte de um grupo de campeões local. Um dia, um amigo que fazia parte desse grupo, me apresentou um homem que era professor. Um professor de matemática e física do liceu. Mas não podia trabalhar publicamente como professor. Por causa da sua fé, era perseguido pelo regime comunista, que então governava o país.
 

Vivia na cidade em que eu frequentava o liceu. Visitava-o com frequência. Nós o chamávamos “padrinho”. Ali nos encontrávamos e líamos a Bíblia. Ensinava-nos a fazer meditações. Falávamos de sua vida, do seu trabalho, do sentido da vida. De... Deus. Convidava-nos também para abrigos nas montanhas para exercícios espirituais, retiros e passeios. Mas nunca se apresentou como sacerdote ou  como salesiano. Esse professor me ajudou muito a descobrir a minha vocação cristã, salesiana, sacerdotal, missionária.
 

Uma ocasião convidou um missionário do Equador, padre Jan Sutka, seu companheiro no liceu salesiano antes do comunismo. Para mim era a primeira vez que me encontrava com um missionário. Pela primeira vez ouvi falar do Povo ‘Shuar’ e da sua cultura. Esse encontro foi o início da minha vocação missionária!
 

Depois do liceu, comecei os estudos de Veterinária na universidade. Mas tinha problemas nos estudos porque me dedicava muito ao levantamento de pesos. Felizmente participava dos encontros de um grupo de alunos universitários cujo líder era um salesiano cooperador. Por meio dele conheci os salesianos cooperadores e especialmente os salesianos: ia à casa deles para orações, meditações, confissões, estudo da vida de santos, da Filosofia, da Teologia; e também para fazer apostolado com os meninos.
 

Findos os estudos e um ano de serviço militar, trabalhei como veterinário e também nos correios. Depois, em 1988, decidi fazer-me salesiano, seguindo todas as etapas da formação em meu país. Após minha ordenação, fui encarregado de oratório e, posteriormente, capelão na Paróquia salesiana de Bratislava.
 

Sou missionário no Equador desde 2005. Nos primeiros quatro anos trabalhei na periferia da região amazônica equatoriana. Agora me encontro em Taisha. Nossa comunidade é composta de três salesianos e um voluntário leigo: cuidamos de 32 comunidades shuar. A região que me foi confiada fica na floresta do Equador: ali não há estradas nem caminhos. Só muitos rios e florestas. Viaja-se somente ou com barco a motor, ou a cavalo, ou... a pé. Todas as semanas é preciso preparar o barco: ver o motor, o combustível, a bagagem, e tudo o mais que é necessário para o trabalho pastoral. A vida é dura. Mas jamais trocarei a alegria que sinto n’alma, ao partilhar Cristo com o Povo shuar!
 

Este e outros testemunhos estão publicados e disponíveis em Cagliero11 (Boletim do Dicastério para as Missões), no site sdb.org.
 

InfoANS

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Última modificação em Segunda, 06 Abril 2015 18:12

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“Não trocarei jamais a alegria que sinto em anunciar Cristo!”

Segunda, 06 Abril 2015 17:31 Escrito por  InfoANS
“Não trocarei jamais a alegria que sinto em anunciar Cristo!” arquivo InfoANS Congresso Juvenil Shuar 2011
  “Sou missionário no Equador desde 2005 … A região que me foi confiada fica na floresta do Equador: ali não há estradas nem caminhos … Mas jamais trocarei a alegria que sinto n’alma, ao partilhar Cristo com o Povo shuar!”. Este é o testemunho do padre Anton Odrobiňák, salesiano missionário eslovaco.


Eu nasci no Norte da Eslováquia, próximo da fronteira com a Polônia, em uma família muito religiosa. Quando jovem, era esportista. Gostava demais de levantar pesos. Era o campeão da minha cidade e fazia parte de um grupo de campeões local. Um dia, um amigo que fazia parte desse grupo, me apresentou um homem que era professor. Um professor de matemática e física do liceu. Mas não podia trabalhar publicamente como professor. Por causa da sua fé, era perseguido pelo regime comunista, que então governava o país.
 

Vivia na cidade em que eu frequentava o liceu. Visitava-o com frequência. Nós o chamávamos “padrinho”. Ali nos encontrávamos e líamos a Bíblia. Ensinava-nos a fazer meditações. Falávamos de sua vida, do seu trabalho, do sentido da vida. De... Deus. Convidava-nos também para abrigos nas montanhas para exercícios espirituais, retiros e passeios. Mas nunca se apresentou como sacerdote ou  como salesiano. Esse professor me ajudou muito a descobrir a minha vocação cristã, salesiana, sacerdotal, missionária.
 

Uma ocasião convidou um missionário do Equador, padre Jan Sutka, seu companheiro no liceu salesiano antes do comunismo. Para mim era a primeira vez que me encontrava com um missionário. Pela primeira vez ouvi falar do Povo ‘Shuar’ e da sua cultura. Esse encontro foi o início da minha vocação missionária!
 

Depois do liceu, comecei os estudos de Veterinária na universidade. Mas tinha problemas nos estudos porque me dedicava muito ao levantamento de pesos. Felizmente participava dos encontros de um grupo de alunos universitários cujo líder era um salesiano cooperador. Por meio dele conheci os salesianos cooperadores e especialmente os salesianos: ia à casa deles para orações, meditações, confissões, estudo da vida de santos, da Filosofia, da Teologia; e também para fazer apostolado com os meninos.
 

Findos os estudos e um ano de serviço militar, trabalhei como veterinário e também nos correios. Depois, em 1988, decidi fazer-me salesiano, seguindo todas as etapas da formação em meu país. Após minha ordenação, fui encarregado de oratório e, posteriormente, capelão na Paróquia salesiana de Bratislava.
 

Sou missionário no Equador desde 2005. Nos primeiros quatro anos trabalhei na periferia da região amazônica equatoriana. Agora me encontro em Taisha. Nossa comunidade é composta de três salesianos e um voluntário leigo: cuidamos de 32 comunidades shuar. A região que me foi confiada fica na floresta do Equador: ali não há estradas nem caminhos. Só muitos rios e florestas. Viaja-se somente ou com barco a motor, ou a cavalo, ou... a pé. Todas as semanas é preciso preparar o barco: ver o motor, o combustível, a bagagem, e tudo o mais que é necessário para o trabalho pastoral. A vida é dura. Mas jamais trocarei a alegria que sinto n’alma, ao partilhar Cristo com o Povo shuar!
 

Este e outros testemunhos estão publicados e disponíveis em Cagliero11 (Boletim do Dicastério para as Missões), no site sdb.org.
 

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