Ainda que em menor número, relativamente ao ano passado, a população continua a chegar ao campo de Kakuma, deixando o Sudão, fugindo da guerra. É uma situação que depende exclusivamente dos combates no país vizinho: quando esses reacendem, aumentam as chegadas e, paralelamente, crescem as tensões na área, visto que ali vivem muitas pessoas de tribos em guerra entre si.
Para poder ocupar-se dos novos refugiados que chegam foi relimpa uma área adjacente ao campo, chamado Kakuma-4. Nessa área não há serviços disponíveis e as organizações que ali atuam estão buscando preparar uma infraestrutura adequada. Aos salesianos foi atribuído um terreno nos arredores de uma das capelas, a fim de que possam desenvolver um centro de formação profissional.
Atualmente os Salesianos podem contar apenas com um terreno; mas é preciso ainda delimitá-lo, levantar algumas alas e adquirir máquinas e mais a aparelhagem. Depois de consultar os refugiados, os religiosos, visto que não há nenhuma forma de comunicação comum entre esses refugiados de diferentes nacionalidades que chegam ao campo, decidiram começar pelos ofícios de carpintaria, soldagem, costura, inglês para adultos.
Os salesianos caracterizaram como urgente este objetivo de achar os fundos para montar oficinas e salas de aula; e, mais, dotar o novo centro de emergência para os refugiados, de material adequado.
“Quando vemos esses tão numerosos jovens no campo sem ter nada que fazer e vagando ao léu, sabemos que acabarão por se criarem problemas... – comentam os religiosos –. Mas para evitar episódios de violência, estamos mais que conscientes de que devemos levar os serviços e todos os atendimentos para mais perto dos refugiados”.