A formação foi uma oportunidade de catequistas, ministros da palavra e da comunhão eucarística refletirem sobre o trabalho missionário de catequese indígena feito com a inculturação do Evangelho, iniciando a população local à vida cristã.
De acordo com dom Edson, são 23 etnias diferentes e 18 línguas faladas pelos indígenas, que correspondem a 95% da população. Ele recorda a palavra do Papa Francisco ao episcopado brasileiro, durante sua visita ao país, em 2013, quando o pontífice ressaltou a presença de missionários, congregações religiosas, sacerdotes, leigos e bispos na região amazônica. “Lá a Igreja continua presente e determinante no futuro daquela área... Nisto lhe peço, por favor, para serem corajosos, para terem ousadia”, afirmou o papa na ocasião.
A catequese inculturada é uma proposta aos povos indígenas e que só acontece quando há o acolhimento do Evangelho na cultura local, “com liberdade e autonomia”. “Encarnado na diversidade das culturas, o Evangelho gera comunidades eclesiais com rosto próprio”, afirma o bispo.
A evangelização na região amazônica resulta em riquezas culturais e vocacionais. “Quando sabemos que cada língua traz tesouros particulares em relação à cultura, antropologia, cosmologia e à visão de Deus, então aqui nós estamos em um paraíso. Isto é extraordinário”, explica dom Edson Damian. No âmbito vocacional, há religiosas indígenas e alguns padres. Para se prepararem para o encontro em Yauaretê, catequistas das paróquias da diocese participaram de formações anteriores que abordaram a temática. Neste ano, o tema da Catequese Indígena inculturada será retomado no Encontro diocesano, que será realizada em novembro.
CNBB Com informações da assessoria de imprensa das Pontifícias Obras Missionárias (POM)