Nesta terça-feira, dia 8 de março, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, uma data para tornar visível o papel central e essencial que as mulheres têm em todas as esferas da sociedade; e também para se comprometer na luta contra todas as formas de discriminação e violência que mulheres e meninas sofrem, diariamente.
Anualmente, as obras salesianas de Vitória, ES, desenvolvem uma campanha institucional para marcar a data. Nesta edição, a temática abordada é “Seja a protagonista da sua própria história", a fim de ressaltar o protagonismo das mulheres e empoderamento feminino e, assim, construir caminhos e conexões para discutir e debater os diversos tipos de violências que atravessam o feminino na sociedade. A Inspetoria São João Bosco e outras obras salesianas aderiram à proposta da presença de Vitória para fortalecer ainda mais o protagonismo das mulheres no carisma salesiano.
Ao longo do mês de março, o Centro Universitário Salesiano (UniSales), o Colégio Salesiano Jardim Camburi, o Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória, o Cesam-ES, o Oratório Festivo e Pré- Vestibular Dandara desenvolverão diversas atividades com a comunidade educativa para sensibilizar sobre a necessidade de criar espaços de diálogos que colaborem para a superação do preconceito, violências e a discriminação contra as mulheres.
Projeto Margaridas
Inspirado na Mãe de Dom Bosco, Mamãe Margarida, a Pastoral do UniSales irá lançar o projeto Margaridas em que oferecerá um espaço de escuta, acolhida, empatia, sororidade e apoio para as educadoras.
Outras mulheres que foram e são protagonistas de sua história
Mamãe Margarida: a presença marcante de Margarida Occhiena foi definitiva para que Dom Bosco, nas bases de seu projeto, colocasse como pilares de sustentação a familiaridade, o ‘espírito de família’ e a busca pela santidade. O exemplo de amor, aceitação, confiança e apoio de Mamãe Margarida demonstravam a importância dos princípios evangélicos e da família na formação de novas pessoas, de ‘bons cristãos e honestos cidadãos’.
Beata Laura Carmen Vicuña: é considerada a protetora da dignidade e da pureza da mulher. Nascida no Chile, em 1891, e, após a morte de seu pai, a pequena viu sua mãe se envolver com um homem que a maltratava. Assim, Laurita ofereceu sua vida a Deus para que sua mãe se convertesse e deixasse de viver com um homem sem se casar. Seu pedido foi atendido e, em 1904, ainda uma criança, Laura Vicuña profere suas últimas palavras: “Obrigada Jesus, obrigada Maria” e parte para a casa do Pai em 22 de janeiro.
Irmã Dorothy: religiosa norte-americana naturalizada brasileira, ela estava desenvolvendo trabalhos na Amazônia desde a década de 70 junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região. Ela foi assassinada em fevereiro de 2005 no município de Anapu, no Estado do Pará.
Rachel de Queiroz: escritora brasileira e primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, 1977, onde 20 anos antes recebia o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. Em suas narrativas, Rachel trata de temas sociais e expõe, de forma dramática, a realidade e as lutas do povo nordestino contra a miséria e a seca.
Conceição Evaristo: Maria da Conceição Evaristo de Brito é uma linguista e escritora brasileira. Agora aposentada, teve uma prolífica carreira como pesquisadora-docente universitária. É uma das mais influentes literatas do movimento pós-modernista no Brasil, escrevendo nos gêneros da poesia, romance, conto e ensaio.
Adélia Prado Adélia Luzia Prado de Freitas: mais conhecida como Adélia Prado, é uma poetisa, professora, filósofa, romancista e contista brasileira ligada ao Modernismo. Sua obra retrata o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único.
Anita Catarina Malfatti: foi uma pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora ítalo-brasileira. Anita Malfatti era portadora de deficiência motora. É considerada pioneira da Arte Moderna no Brasil.
Tarsila de Aguiar do Amaral: foi uma pintora, desenhista e tradutora brasileira. Ela é considerada uma das principais artistas modernistas latino-americanas, além de ser considerada a pintora que melhor alcançou as aspirações brasileiras de expressão nacionalista nesse estilo artístico.
Lygia Pape: foi gravadora, escultora, pintora, cineasta, professora e artista multimídia brasileira, identificada com o movimento conhecido por neoconcretismo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as mulheres representam 51% da população brasileira e ainda enfrentam cenários de extrema desigualdade na divisão de tarefas domésticas e no mercado de trabalho. Outro dado importante apresentado pelo instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) em sua pesquisa de 2018 apontou que 45% dos domicílios brasileiros eram comandados por mulheres.
Dados do IBGE
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as mulheres representam 51% da população brasileira e ainda enfrentam cenários de extrema desigualdade na divisão de tarefas domésticas e no mercado de trabalho. Outro dado importante apresentado pelo instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) em sua pesquisa de 2018 apontou que 45% dos domicílios brasileiros eram comandados por mulheres.
Dia Internacional da Mulher
A data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, como o dia oficial de lutas, em referência aos acontecimentos de 1917, quando um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, nos Estados Unidos, matou 146 trabalhadores – incluindo 125 mulheres, em sua maioria imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos. A tragédia fez com que a luta das mulheres operárias estadunidenses, coordenada pelo sindicato International Ladies' Garment Workers' Union (em português, União Internacional de Mulheres da Indústria Têxtil), crescesse ainda mais, em defesa de condições dignas de trabalho.
Atualmente, em cada 8 de março, mulheres trazem à tona questionamentos sobre homenagens que recebem apenas nessa data e levantam os dados sobre a violência contra a mulher que ocorrem diariamente.
Fonte: Maria Luiza Damiani, Kawany Tamoyos e Camila De Paula