Em 2021, os Salesianos celebraram 40 anos de presença em Angola. Só na capital, Luanda, já são oito as frentes salesianas (paróquias, oratórios e casas de acolhida), dando preferência a população mais humilde. Mas, fora da capital – cidade moderna onde se passa sem solução de continuidade dos arranha-céus do centro aos bairros periféricos, onde persiste uma pobreza extrema – há também a Angola das zonas rurais, onde as pessoas vivem de agricultura de subsistência, pequenos trabalhos diários e pequenos comércios.
É a esta realidade em que estão chegando, desde agosto, os primeiros salesianos, enviados para fundar uma nova missão na periferia de Huambo, a 600 quilômetros da capital, Luanda. Convidados pelo arcebispo local, dom Zeferino Zeca Martins, SVD, três salesianos: um uruguaio, um vietnamita e um angolano natural de Huambo, com uma média de idade de 43 anos, iniciaram a primeira comunidade salesiana da região.
Ajudados por sete voluntários, nestes primeiros meses os salesianos estão empenhando por animar a pastoral local, em favor do vasto grupo a eles confiado. No território da Paróquia estima-se que vivam, aproximadamente, 100 mil pessoas; e que ao redor da missão existam pelo menos 15 vilas. Posteriormente, pretende-se ampliar a oferta - sobretudo para dar oportunidade de crescimento a crianças, jovens e mulheres - e introduzir uma educação do tipo técnico-profissional que, levando em conta o contexto ambiental, vise principalmente o setor hortigranjeiro (agricultura e criação de gado em geral).
As propostas educativas são inúmeras e ambiciosas: pensa-se em começar com uma escola elementar; com cursos de alfabetização para cerca de duas mil mulheres; com uma rede de oratórios (em que poderão jogar, brincar, encontrando um ambiente acolhedor mais de cinco crianças das várias vilas).
A pequena comunidade salesiana, guiada por seu encarregado, padre Santiago Christofersen, e em estreito contato com o superior da Visitadoria de Angola, padre Martín Lasarte, está, entretanto, em busca de sua autonomia: por isso - graças também ao auxílio do povo do lugar, que se mostrou muito acolhedor para com os filhos dei Dom Bosco - já deu início aos preparativos para uma pequenina granja.
As necessidades de uma nova missão são muitas: a começar pela construção dos ambientes, pela aquisição da mobília e maquinário e pelo grande trabalho de inserção no contexto social… Há certamente muito por fazer, mas o caminho empreendido (para pôr-se a serviço da população e promover-lhe o desenvolvimento humano, social, espiritual) é o certo.
Para mais informações, acesse o site: www.missionidonbosco.org.