No Colégio Salesiano Santa Teresinha, SP, a educação a distância abriu espaço para propostas criativas, que buscam tirar os alunos da zona de conforto a partir de experiências multissensoriais e divertidas. A iniciativa mais recente é das professoras de Educação Artística Ana Claudia Provasi e Erica Tapigliani, que desafiaram os estudantes do Ensino Fundamental I a criarem, em casa, representações de obras de arte, mostrando o resultado em uma foto, ao lado da pintura escolhida.
O projeto do colégio – localizado na Zona Norte da capital paulista – estimula os alunos a pesquisarem sobre novos artistas, além de despertar a curiosidade e a imaginação, já que eles precisam encontrar maneiras de reinventar as peças escolhidas. “Eles acabam tendo que adaptar roupas e objetos, trabalhando também as expressões facial e corporal para imitar as obras de arte”, conta a professora Erica Tapigliani.
Na prática, a proposta também proporciona momentos leves e descontraídos no ambiente familiar, tirando o foco dos desafios do isolamento social. “A ideia envolve construir um personagem e sair um pouco da realidade que estamos vivendo. A arte nos dá esse poder de entrar em uma história diferente e de nos transformar em outra pessoa, mesmo que por algumas horas”, explica a professora Ana Claudia.
“Além do aprendizado também teve muito companheirismo das famílias para a realização da atividade, primordial nesse período de quarentena. E o melhor de tudo foi que todos acabaram aprendendo e se divertindo!”, completa a professora Erica.
Os resultados superaram as expectativas das professoras – e os trabalhos fizeram sucesso nas redes sociais do Colégio Salesiano Santa Teresinha. As organizadoras do desafio artístico se surpreenderam com representações livres inspiradoras e criativas de obras de Tarsila do Amaral (artista central da pintura modernista brasileira), do icônico pintor holandês Van Gogh, do lendário artista italiano Leonardo da Vinci e até de Romero Britto, pintor brasileiro que vive nos Estados Unidos e faz sucesso no mundo todo.
“Nós ficamos muito felizes com a participação dos alunos e de ver que eles realmente se envolveram com o projeto – e que isso ajudou a amenizar os efeitos do isolamento social. Acreditamos que o papel da arte é transformar: ninguém passa por uma experiência artística e sai igual, isso nos fortalece”, finaliza Ana.
Fonte: Blog Estadão e Inspetoria Salesiana de São Paulo