Padre Mário foi diagnosticado com mielofibrose primária a mais ou menos três anos em fase de evolução para Leucemia. Ele fazia acompanhamento médico regular e seu tratamento consistia em medicações diárias, transfusões sanguíneas quinzenais e cuidados paliativos.
No final da tarde de sábado, dia 25 de abril, passou mal e foi assistido pela enfermeira e pelos salesianos. Faleceu rapidamente às 18h43. Obedecendo as recomendações sanitárias por conta da pandemia não houve velório aberto aos amigos. No dia 26 de abril foi celebrada a eucaristia com os salesianos da comunidade local, presidida pelo inspetor da Amazônia, padre Jefferson Luis. Logo após a santa missa, foi sepultado no jazigo dos salesianos no cemitério São João Batista.
Padre Mário Zangarini nasceu em Bologna, Itália, em 8 de setembro 1938. Terceiro filho de Augusto Zangarini e Emma Zuchini, foi batizado e crismado na Paróquia Sacro Cuore, em Bologna.
Passou a frequentar o Colégio Salesiano de Bologna a partir de 1951. Fez o noviciado em Missaglia de 15 agosto de 1956 a 16 de agosto de 1957, quando emitiu os primeiros votos como salesiano. Recebeu a batina das mãos do padre Renato Zigiotti, quinto sucessor de Dom Bosco.
Emitiu os votos de profissão perpétua no dia 16 de agosto de 1966, em Carisolo. Estudou Filosofia em Nave de 1957 a 1961, tirocínio nas EPS de Fiesco, em Cremona, de 1961 a 1964. Estudou Teologia em Monteortone – Pádua, de 1964 a 1968.
Foi ordenado diácono em Pádua (possivelmente no ano de 67). No dia 6 de abril de 1968 foi ordenado presbítero pelas mãos de dom Jerônimo Bortignon.
Padre Mário foi um homem de muitas habilidades artísticas e intelectuais. Tinha habilitação para o Magistério, era mestre de Arte, Licenciado em Filosofia e Teologia, além de possuir Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Dom Bosco de Campo Grande, MS. Fez ainda curso para Educação Escolar.
Chegou ao Brasil pela cidade do Rio de Janeiro para viver na Missão Salesiana do Mato Grosso no dia 26 dezembro de 1971. Trabalhou em Poxoréo como vigário coadjutor, de 1972-73; em Campo Grande como professor em 1974; em Guiratinga como itinerante, de 1975-76; em Barra do Garças como pároco e professor, em 1977, e em Poxoréo como vigário coadjutor e professor, em 1978.
Em 1978, pediu para fazer uma nova experiência missionária na Inspetoria São Domingos Sávio, na Amazônia. Foi destinado a trabalhar com o memorável dom Miguel D`Aversa em Humaitá, AM e como pároco, de 1979-81. Em 1982 retornou à Itália e lá ficou por alguns anos. Após novo discernimento, retornou ao Brasil agora definitivamente à Inspetoria de Manaus.
Trabalhou em Manicoré como vigário paroquial e encarregado da Pastoral da Juventude de 1987 a 1989. Nos anos de sua estadia em Manicoré preconizou a criação do Centro Juvenil Salesiano, uma obra social que a mais de uma década forma a juventude de Manicoré em diversas artes e à vida cristã.
De 2011 a 2013 esteve como diretor da presença salesiana de São Gabriel da Cachoeira e vigário da paróquia São Gabriel – Catedral. De 2014 a 2016 foi confirmado para um segundo triênio como diretor da presença, mas não chegou a completar pelo agravamento de seu quadro de saúde. Uma grave fratura no fêmur em 2012, já o havia levando a meses de tratamento, que ocasionaram a descoberta de outras complicações de saúde.
A partir do ano de 2015 alternou estadia na Casa Inspetorial e São Gabriel enquanto fazia tratamento médico. Em 2017 residiu na comunidade São João Bosco-Aleixo, prestando colaboração na Paróquia São José Operário-Leste como vigário paroquial. Em 2018 foi transferido para comunidade do CESAF (Centro Salesiano de Formação), onde continuou atuando como vigário paroquial da Paróquia São José. Em 2019 passou a habitar na casa inspetorial. Desde janeiro de 2020 residia na comunidade São João Bosco-Aleixo, Zona Leste de Manaus.
Fonte: Inspetoria São Domingos Sávio