Maio: mês de Maria, das mães, das mulheres

Segunda, 02 Mai 2016 19:00 Escrito por  Iago Rodrigues Ervanovite
No Brasil, celebramos, no segundo domingo de maio, o Dia das Mães; ainda, no dia 13, a Festa de Santa Maria Domingas Mazzarello; e, por fim, ao 24º dia de maio, a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

“O mês de maio nos estimula a pensar e a falar de modo particular d’Ela”, como disse o então Papa João Paulo II, em sua primeira audiência geral, no mês de maio de 1979. E não por outro motivo, maio, é, de fato, o mês d’Ela (ou seria delas?).

No Brasil, celebramos, no segundo domingo de maio, o Dia das Mães; ainda, celebramos no dia 13 a Festa de Santa Maria Domingas Mazzarello, cofundadora do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e da Família Salesiana; e, por fim, mas definitivamente não menos importante, celebramos, ao 24º dia de maio, a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

Vejamos que maio é um mês importante não apenas para a Família Salesiana, mas para toda a Igreja e a sociedade.

Maio, como o próprio nome diz, parece-nos um mês dedicado às mulheres – e, coincidentemente, não por outra razão, o mês também se inicia com “m”: de mãe, de Marias, de mulheres.

 

Primeiras testemunhas

O Papa Francisco nos lembra, à luz dos Evangelhos, que as primeiras testemunhas da ressurreição foram as mulheres, e nos chama a atenção para a beleza desse significado: “Esta é um pouco da missão das mulheres: (...) dar testemunho aos filhos e aos pequenos netos, de que Jesus está vivo, é o Vivente, ressuscitou”.

Precisamos, como nos disse o Santo Padre, deixar de ser demasiadamente machistas e passar a refletir melhor sobre o papel da mulher na Igreja e na sociedade.

As mulheres não são, hoje, apenas sujeitos passivos de cuidado; as mulheres são mais, e são chamadas a ir além. São chamadas a ser “sal da terra” (Mt 5, 13), a exercerem seu protagonismo, e a, também, jogar no ataque. E isso precisa ser reconhecido!

Como é importante e bonito o papel que desempenham as mulheres, na Igreja e na sociedade; são chamadas igualmente a construir um novo céu e uma nova terra, e a anunciar a Boa Nova a todos os lados. E, para isso, basta darmos o nosso “sim”, assim como fez Maria, ao aceitar o chamado de Deus, para conceber em carne a Salvação.

 

Jovens

O que deve chamar nossa atenção nesse “sim” dado por Maria é a pouca idade que ela tinha. Os teólogos estimam, a partir da idade típica daquele tempo, na Ásia Menor, para se casar, que Maria deu à luz Jesus quando tinha 15 anos (ou seja, deu seu “sim” aos 14)!

Vejam, assim como nós, quão jovem era Maria quando aceitou tão importante missão!

Quantas jovens também dão seu “sim” às missões que Deus lhes atribui ao longo de nossa vida moderna?

Devemos, em especial neste mês de maio, orar por todas aquelas que disseram e dizem seu “sim” ao serviço de Deus, seja por meio dos ministérios consagrados, seja, inclusive, pelo laicato.

Trata-se de mulheres que lançam suas vidas ao Projeto de Deus, de levar adiante a mensagem de Paz e reconciliação dos povos que Jesus nos anunciou.

Que belos exemplos dão as irmãs, fermento da Igreja, ao consagrarem suas vidas a um único projeto; que belos exemplos dão as mulheres leigas, também, nas obras sociais, nas salas de aula, nas missões que desenvolvem diariamente em seus trabalhos. Na maioria das vezes, vão além da grande missão que é ser “mãe”, primaz educadora de todos os seres humanos, são verdadeiras heroínas diárias.

 

Ontem e hoje

Sabemos, como jovens, que o testemunho vivo de nossa fé constitui a melhor maneira de evangelizar. Somos chamados, então, a sermos iguais às mulheres que visitaram Jesus no túmulo, logo após ter ressuscitado: que possamos dar o exemplo, e sermos igualmente testemunhos vivos de fé.

Termino esta reflexão com as palavras do Papa Francisco, em 12 de outubro de 2013, em discurso aos participantes do Seminário sobre a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem: “Gosto de pensar também que a Igreja não é ‘o’ Igreja, mas ‘a’ Igreja. A Igreja é mulher, é mãe, e isto é bonito. Deveis pensar e aprofundar isto”.

 

Iago Rodrigues Ervanovite, 23 anos, é advogado, formado pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo, secretário nacional da Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) e membro da Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional da CNBB.

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Maio: mês de Maria, das mães, das mulheres

Segunda, 02 Mai 2016 19:00 Escrito por  Iago Rodrigues Ervanovite
No Brasil, celebramos, no segundo domingo de maio, o Dia das Mães; ainda, no dia 13, a Festa de Santa Maria Domingas Mazzarello; e, por fim, ao 24º dia de maio, a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

“O mês de maio nos estimula a pensar e a falar de modo particular d’Ela”, como disse o então Papa João Paulo II, em sua primeira audiência geral, no mês de maio de 1979. E não por outro motivo, maio, é, de fato, o mês d’Ela (ou seria delas?).

No Brasil, celebramos, no segundo domingo de maio, o Dia das Mães; ainda, celebramos no dia 13 a Festa de Santa Maria Domingas Mazzarello, cofundadora do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e da Família Salesiana; e, por fim, mas definitivamente não menos importante, celebramos, ao 24º dia de maio, a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

Vejamos que maio é um mês importante não apenas para a Família Salesiana, mas para toda a Igreja e a sociedade.

Maio, como o próprio nome diz, parece-nos um mês dedicado às mulheres – e, coincidentemente, não por outra razão, o mês também se inicia com “m”: de mãe, de Marias, de mulheres.

 

Primeiras testemunhas

O Papa Francisco nos lembra, à luz dos Evangelhos, que as primeiras testemunhas da ressurreição foram as mulheres, e nos chama a atenção para a beleza desse significado: “Esta é um pouco da missão das mulheres: (...) dar testemunho aos filhos e aos pequenos netos, de que Jesus está vivo, é o Vivente, ressuscitou”.

Precisamos, como nos disse o Santo Padre, deixar de ser demasiadamente machistas e passar a refletir melhor sobre o papel da mulher na Igreja e na sociedade.

As mulheres não são, hoje, apenas sujeitos passivos de cuidado; as mulheres são mais, e são chamadas a ir além. São chamadas a ser “sal da terra” (Mt 5, 13), a exercerem seu protagonismo, e a, também, jogar no ataque. E isso precisa ser reconhecido!

Como é importante e bonito o papel que desempenham as mulheres, na Igreja e na sociedade; são chamadas igualmente a construir um novo céu e uma nova terra, e a anunciar a Boa Nova a todos os lados. E, para isso, basta darmos o nosso “sim”, assim como fez Maria, ao aceitar o chamado de Deus, para conceber em carne a Salvação.

 

Jovens

O que deve chamar nossa atenção nesse “sim” dado por Maria é a pouca idade que ela tinha. Os teólogos estimam, a partir da idade típica daquele tempo, na Ásia Menor, para se casar, que Maria deu à luz Jesus quando tinha 15 anos (ou seja, deu seu “sim” aos 14)!

Vejam, assim como nós, quão jovem era Maria quando aceitou tão importante missão!

Quantas jovens também dão seu “sim” às missões que Deus lhes atribui ao longo de nossa vida moderna?

Devemos, em especial neste mês de maio, orar por todas aquelas que disseram e dizem seu “sim” ao serviço de Deus, seja por meio dos ministérios consagrados, seja, inclusive, pelo laicato.

Trata-se de mulheres que lançam suas vidas ao Projeto de Deus, de levar adiante a mensagem de Paz e reconciliação dos povos que Jesus nos anunciou.

Que belos exemplos dão as irmãs, fermento da Igreja, ao consagrarem suas vidas a um único projeto; que belos exemplos dão as mulheres leigas, também, nas obras sociais, nas salas de aula, nas missões que desenvolvem diariamente em seus trabalhos. Na maioria das vezes, vão além da grande missão que é ser “mãe”, primaz educadora de todos os seres humanos, são verdadeiras heroínas diárias.

 

Ontem e hoje

Sabemos, como jovens, que o testemunho vivo de nossa fé constitui a melhor maneira de evangelizar. Somos chamados, então, a sermos iguais às mulheres que visitaram Jesus no túmulo, logo após ter ressuscitado: que possamos dar o exemplo, e sermos igualmente testemunhos vivos de fé.

Termino esta reflexão com as palavras do Papa Francisco, em 12 de outubro de 2013, em discurso aos participantes do Seminário sobre a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem: “Gosto de pensar também que a Igreja não é ‘o’ Igreja, mas ‘a’ Igreja. A Igreja é mulher, é mãe, e isto é bonito. Deveis pensar e aprofundar isto”.

 

Iago Rodrigues Ervanovite, 23 anos, é advogado, formado pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo, secretário nacional da Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) e membro da Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional da CNBB.

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