Párocos, vigários paroquiais, reitores de santuário e coordenadores e pró-reitores de pastoral das presenças salesianas da Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT) participam de um encontro de reciclagem, de três dias, para aprofundar conceitos, formas e estilos de trabalho pastoral, a partir das orientações da Igreja, dadas através da Exortação Apostólica do Papa Francisco “Christus Vivite. O encontro é realizado no Instituto São Vicente, em Campo Grande, MS.
De acordo com o delegado inspetorial para a Pastoral Juvenil da MSMT, padre Wagner Luís Galvão, o objetivo é aprofundar o conceito pastoral de ‘vocação’, para aprofundar e acompanhar melhor os jovens em cada uma das presenças salesianas da inspetoria, mesmo naquelas em que todo o trabalho é realizado pelos leigos. “É um encontro com os salesianos e leigos, aquilo que a Congregação vem pedindo e nós fazemos com muito carinho. No último Capítulo Geral 27 já se falava desse trabalho dos leigos. E quando falamos na vocação, o texto da “Christus Vivit” fala da vocação e não só da vocação sacerdotal e religiosa, mas todas as vocações, e nós queremos também ajudar, nós queremos auxiliar como diretores espirituais, acompanhantes espirituais, ajudar os jovens a discernir a própria vocação. Nós, salesianos aprendemos isso de Dom Bosco, que foi um grande incentivador das vocações”, afirmou.
Responsabilidade Eclesial
A orientação do encontro é do bispo da Diocese de Jaboticabal, SP, dom Eduardo Pinheiro da Silva, que trabalhou por 10 anos como referente da Pastoral da Juventude do Brasil da CNBB. Ele fez uma análise profunda sobre o momento atual da sociedade e da juventude diante das questões mais relevantes para a Igreja: valores, fé, felicidade e vocação. “A igreja particular tem uma responsabilidade muito grande de estar em sintonia com aquilo que a Igreja Universal orienta. O Sínodo do qual participei desenvolveu essa dinâmica da vocação como algo que é um serviço e uma responsabilidade da igreja em acompanhar cada fiel. De um modo particular nesse contexto, o jovem. Por isso a nossa responsabilidade é muito grande ao olhar para uma pessoa, um jovem, nós descobrirmos ali, com ele, o que Deus quer dele”, esclareceu.
Estar com os jovens
Dom Eduardo ainda reiterou o alerta feito pelo padre Ángel Artime, Reitor-mor dos Salesianos, de que as redes sociais são “o novo pátio” onde o salesiano precisa estar presente como amigo, pai e pastor para os jovens. “Ou a gente encara esse mundo, essa vida, a partir dessa ótica midiática, nesse contexto das redes sociais ou a gente vai ficar para trás antes da hora. Não tem retorno. E ainda: não sou eu e não é a minha geração que vai dar a resposta. Mas eu posso apoiar os jovens, eu posso acreditar neles, isso eu posso fazer. Essa oferta de elementos, é o jovem que vai dar. Não sou eu com os meus estudos e meus livros. Eu vou ajudar o jovem com as suas ideias e sua percepção e, juntos, encontraremos um caminho”, considerou.
Fórmula salesiana
Sobre a questão vocacional, tão pedida pela exortação apostólica, dom Eduardo foi enfático: os salesianos têm a fórmula infalível para trabalhar com os jovens há muito tempo. “Essa proximidade, a escuta, as diversas oportunidades que um ambiente Salesiano concede à juventude, fazem o jovem pensar na vida de maneira mais ampla, a entender que no meio de tanta de divagação, de tantas e tantas oportunidades, existem coisas muito sérias que podem dar consistência aos seus desejos mais profundos de felicidade. Então, nós temos essa pedra preciosa na mão que nem sempre a gente utiliza”, finalizou.
Fonte: Missão Salesiana de Mato Grosso