Qual é o estado da Congregação na sua Região, perante as instâncias dos Jovens, da Sociedade, da Igreja?
É uma região rica de vida e de diversidade. Os jovens – nos Estados Unidos, na Bolívia ou no Haiti... – são muito diversos entre si, pelo que, é assaz difícil falar de maneira univoca. Mas pode-se em síntese afirmar que a Congregação nessa região está viva e atuante. Muitos são os salesianos, embora em leve diminuição numérica. Muitos são também os noviços, embora persista o desafio da falta de perseverança, sobretudo antes da profissão perpétua.
Outras questões a serem enfrentadas são a intensa influência sobre os jovens do secularismo e do relativismo, no Norte da região, quer a influência das seitas fundamentalistas.
Não se pode esquecer o tema das migrações, relativo a todo o continente, em um movimento que gira do Sul para o Norte. Os salesianos dos Estados Unidos, particularmente, estão buscando enfrentar o fato de que são perto de 12 milhões os imigrados procedentes da fronteira com o México, a maior parte sem documentos e já privada do apoio da família. Por isso iniciou-se em toda a região um projeto específico para enfrentar o fenômeno. Para concluir, pode-se dizer que o principal desafio é achar o modo de estar perto das exigências pastorais, educativas e de evangelização dos imigrados, sobretudo dos imigrados jovens.
Qual a contribuição específica que a sua região poderá oferecer ao CG27?
Penso que poderemos dar a nossa contribuição no que diz respeito à vivência radical do Evangelho perante as situações de grande riqueza e de imensa pobreza – as duas situações extremas com que nos defrontamos na Região e que influenciam profundamente o modo de viver.
De que modo os Salesianos da sua região buscam ser ‘testemunhas da radicalidade evangélica’?
No viver coerentemente a vida religiosa, como forma de testemunho perante todos. Neste sentido é importante também o relacionamento instaurato com os bispos locais e com os leigos. No que diz respeito pois ao relacionamento com as dioceses, na área latino-americana da região os salesianos são mais fortes e há uma estreita colaboração entre Congregação e Dioceses. Na área norte da região também: o relacionamento é bom; mas a presença salesiana é, digamos, limitada. Disso nasceu uma natural atenção aos leigos nossos colaboradores, que recebem uma boa formação e não são apenas considerados “funcionários”; antes, cooperam através de clubes e organizações civis e compartilham realmente conosco a responsabilidade educativa dos jovens.
Fonte: ANS - Roma