Esta a narração daquele primeiro Natal, em Valdocco, marcado pelo toque alegre e límpido de um sino abençoante…
Enorme foi a afluência, instilando no ânimo dos seus pequenos amigos, sentimentos de grande ternura para com o Divino Infante. Estando ele só de sacerdotes, nas tardes dos nove dias confessava a muitos que no dia seguinte queriam comungar. Pela manhã, ia à igreja bem cedinho a fim de oferecer essa comodidade aos aprendizes que deviam encaminhar-se ao trabalho: celebrada a S. Missa, distribuía a SS. Eucaristia; depois pregava; em seguida, feito o canto das Profecias por alguns catequistas que ele preparava, dava a Bênção com o SS. Sacramento.
Já dentro daquela Noite memoranda, depois de confessar até às 11, cantou a Santa Missa, distribuiu a Comunhão a várias centenas de pessoas. Finda a função, comovido até às lágrimas, se ouviu exclamar: Que felicidade: parece-me estar no céu! Distribuído ainda um lanche aos pequenos, encaminhava-os para casa, para dormir.
Ele, no entanto, depois de poucas horas de sono, voltava à igreja, esperando pelo grupo mais numeroso que não tinha podido assistir à Solenidade na noite: confessava, celebrava as outras duas Missas, distribuía a Comunhão, retomando em seguida todas as suas multíplices ocupações dos dias festivos.
Foi assim que por muitos anos se celebrou a Novena e a Festa do Santo Natal em Valdocco, até o dia em que Dom Bosco pôde ter em casa outros seus sacerdotes para ajudá-lo (MB II, 582-584).
ANS - Roma