“Jovens não olhem para a vida da janela”

Sexta, 02 Agosto 2013 13:57 Escrito por  Filhas de Maria Auxiliadora
“Jovens não olhem para a vida da janela” Douglas Mansur
Irmã Carmén Canales, delegada geral para a Pastoral Juvenil das FMA, participou da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e agora relata, com um breve depoimento, como foi significativo cada momento da JMJ e principalmente cada mensagem emitida pelo Santo Padre aos jovens.  

“Não era suficiente ler os discursos do Papa Francisco para recolher tudo que ele dizia aos jovens durante esta 28ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Era preciso permanecer atentos às palavras improvisadas, que ele inseria em suas saudações, nas homilias ou nas mensagens. Ele deu vida a um novo vocabulário para conectar-se com os jovens, para ler a realidade social e para favorecer o encontro dos jovens e dos adultos com Jesus Cristo e levá-los a descobrir uma Igreja que os acolhe e lhes faz inserir-se ativamente.

 

É a terceira Jornada Mundial da Juventude da qual participo desde que passei a oferecer este serviço no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), no âmbito da Pastoral Juvenil. Nesta, como nas outras, eu vivi cada momento da JMJ com e entre os jovens, recebendo a energia e a vitalidade que, sem que eles se deem conta, deixam atrás de si enquanto caminham. Nesta Jornada do Rio os jovens foram um povo a caminho.

 

Caminharam e tanto eles como quem fazia parte do comitê organizativo desta JMJ, demonstraram uma grande capacidade de adaptação e de disponibilidade.

 

Copacabana passou a ser a imagem publicitária do turismo no Rio, a ser a tenda do encontro onde três milhões de jovens marcaram um compromisso com o Papa Francisco, nas ruas que circundam essa impressionante praia e em outros lugares da cidade. O Papa, como se estivesse caminhando nas ruas, mesmo estando no papamóvel, respondeu às aclamações de uma multidão de crianças, jovens e adultos: esta é a juventude do Papa... Papa Francisco unido com Cristo...viva o Papa... Papa Francisco... e assim simplesmente, ele foi aclamado por quem estava ali sem qualquer tipo de distância.

 

Surpreendem as expressões de quem, rompendo a vigilância, pôde ter um encontro mais próximo e cheio de afeto e ternura. Papa Francisco, deu um rosto novo à cidade do Rio, o rosto da ternura, da misericórdia e da proximidade a quem se encontra nas periferias existenciais, como ele repetiu muitas vezes.

 

No cenário de Copacabana era fácil penetrar na imensidão de Deus, que distribui amor a mãos cheias. Os jovens tinham um olhar dirigido ao céu, para perscrutar as mudanças do tempo, e um olhar dirigido ao mar para contemplar a imensidão de Deus.

 

Não ouvi, em nenhum momento, que os peregrinos tenham sentido falta de Guaratiba, lugar preparado para a Vigília e a Eucaristia do envio. A areia e o asfalto de Copacabana foram suficientes para três milhões de peregrinos. Compreenderam muito bem que esta era para eles o Campus fidei, porque foi ali que rezaram, celebraram, partilharam e projetaram a construção da Igreja no mundo, que está nas ruas, como lhes disse o Papa Francisco, para serem protagonistas da mudança. Vocês jovens - disse o Papa com uma voz mais forte que sua entonação habitual - têm o futuro; por meio de vocês o futuro entra no mundo; sejam protagonistas desse mundo, porém, estejam atentos a não se deixar manipular. Não fiquem somente na janela da vida, entrem nela em cheio, como fez Jesus”.

 

E depois do envio, esse povo jovem continua o caminho para os próprios lugares de origem, com a certeza de que eles, como Maria, a Mãe de Jesus, estão dispostos a comunicar o que viveram e o empenho que assumiram. Estão disponíveis a mudar a Igreja a partir das palavras de Madre Teresa de Calcutá: Devo começar comigo mesmo e de onde começo?”

 

O Papa Francisco indicou algumas pistas para começar: vocês são o Campo da fé; os atletas de Cristo; a mais bela Igreja de Cristo o Senhor. Confirmados dessa maneira e sustentados pelos amigos que foram conhecidos nos caminhos do Rio, partem os jovens como discípulos missionários, com o empenho de construir a Igreja no mundo a partir do próprio pequeno mundo”.

 

Irmã Carmén Canales - delegada geral para a Pastoral Juvenil das FMA

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Última modificação em Quarta, 18 Setembro 2013 13:55

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Sexta, 02 Agosto 2013 13:57 Escrito por  Filhas de Maria Auxiliadora
“Jovens não olhem para a vida da janela” Douglas Mansur
Irmã Carmén Canales, delegada geral para a Pastoral Juvenil das FMA, participou da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e agora relata, com um breve depoimento, como foi significativo cada momento da JMJ e principalmente cada mensagem emitida pelo Santo Padre aos jovens.  

“Não era suficiente ler os discursos do Papa Francisco para recolher tudo que ele dizia aos jovens durante esta 28ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Era preciso permanecer atentos às palavras improvisadas, que ele inseria em suas saudações, nas homilias ou nas mensagens. Ele deu vida a um novo vocabulário para conectar-se com os jovens, para ler a realidade social e para favorecer o encontro dos jovens e dos adultos com Jesus Cristo e levá-los a descobrir uma Igreja que os acolhe e lhes faz inserir-se ativamente.

 

É a terceira Jornada Mundial da Juventude da qual participo desde que passei a oferecer este serviço no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), no âmbito da Pastoral Juvenil. Nesta, como nas outras, eu vivi cada momento da JMJ com e entre os jovens, recebendo a energia e a vitalidade que, sem que eles se deem conta, deixam atrás de si enquanto caminham. Nesta Jornada do Rio os jovens foram um povo a caminho.

 

Caminharam e tanto eles como quem fazia parte do comitê organizativo desta JMJ, demonstraram uma grande capacidade de adaptação e de disponibilidade.

 

Copacabana passou a ser a imagem publicitária do turismo no Rio, a ser a tenda do encontro onde três milhões de jovens marcaram um compromisso com o Papa Francisco, nas ruas que circundam essa impressionante praia e em outros lugares da cidade. O Papa, como se estivesse caminhando nas ruas, mesmo estando no papamóvel, respondeu às aclamações de uma multidão de crianças, jovens e adultos: esta é a juventude do Papa... Papa Francisco unido com Cristo...viva o Papa... Papa Francisco... e assim simplesmente, ele foi aclamado por quem estava ali sem qualquer tipo de distância.

 

Surpreendem as expressões de quem, rompendo a vigilância, pôde ter um encontro mais próximo e cheio de afeto e ternura. Papa Francisco, deu um rosto novo à cidade do Rio, o rosto da ternura, da misericórdia e da proximidade a quem se encontra nas periferias existenciais, como ele repetiu muitas vezes.

 

No cenário de Copacabana era fácil penetrar na imensidão de Deus, que distribui amor a mãos cheias. Os jovens tinham um olhar dirigido ao céu, para perscrutar as mudanças do tempo, e um olhar dirigido ao mar para contemplar a imensidão de Deus.

 

Não ouvi, em nenhum momento, que os peregrinos tenham sentido falta de Guaratiba, lugar preparado para a Vigília e a Eucaristia do envio. A areia e o asfalto de Copacabana foram suficientes para três milhões de peregrinos. Compreenderam muito bem que esta era para eles o Campus fidei, porque foi ali que rezaram, celebraram, partilharam e projetaram a construção da Igreja no mundo, que está nas ruas, como lhes disse o Papa Francisco, para serem protagonistas da mudança. Vocês jovens - disse o Papa com uma voz mais forte que sua entonação habitual - têm o futuro; por meio de vocês o futuro entra no mundo; sejam protagonistas desse mundo, porém, estejam atentos a não se deixar manipular. Não fiquem somente na janela da vida, entrem nela em cheio, como fez Jesus”.

 

E depois do envio, esse povo jovem continua o caminho para os próprios lugares de origem, com a certeza de que eles, como Maria, a Mãe de Jesus, estão dispostos a comunicar o que viveram e o empenho que assumiram. Estão disponíveis a mudar a Igreja a partir das palavras de Madre Teresa de Calcutá: Devo começar comigo mesmo e de onde começo?”

 

O Papa Francisco indicou algumas pistas para começar: vocês são o Campo da fé; os atletas de Cristo; a mais bela Igreja de Cristo o Senhor. Confirmados dessa maneira e sustentados pelos amigos que foram conhecidos nos caminhos do Rio, partem os jovens como discípulos missionários, com o empenho de construir a Igreja no mundo a partir do próprio pequeno mundo”.

 

Irmã Carmén Canales - delegada geral para a Pastoral Juvenil das FMA

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