Para a ocasião, o papa Francisco enviou uma mensagem ao prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, cardeal João Braz de Aviz, na qual afirma que o tempo atual é caracterizado por mudanças e progressos significativos em muitas áreas, com importantes consequências para a vida dos homens. "No entanto, apesar da redução da pobreza, as conquistas têm ajudado, muitas vezes, a construir uma economia de exclusão e de iniquidade”, diz o papa no texto.
“Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica podem e devem ser sujeitos protagonistas e ativos ao viver e ao dar testemunho de que o princípio de gratidão e a lógica do dom encontram seu lugar na atividade econômica”, explica. Segundo o papa, é preciso “vigiar atentamente a fim de que os bens dos Institutos sejam administrados com prudência e transparência para que sejam tutelados e preservados, conjugando a prioritária dimensão carismática-espiritual com a dimensão econômica”.
A madre Yvonne Reungoat, superiora geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), esteve presente no simpósio, acompanhada pelas irmãs FMA Vilma Tallone, ecônoma geral do Instituto das FMA, Alessandra Smerilli, Anna Maria Antonacci e Leslye Sandigo.
Durante o evento a madre discursou sobre o tema: projeto missionário e escolhas econômicas, expondo algumas de suas convicções “a motivação para lançar um projeto missionário nunca é econômica, mas é a resposta a uma necessidade da humanidade, em suas expressões mais frágeis e se inscreve no carisma específico de um Instituto”, disse a madre. Segundo ela, todo projeto missionário deve levar em conta os recursos em pessoas e econômicos, avaliando sua sustentabilidade em uma visão holística da realidade. “A falta de meios econômicos, mais que levar-nos a renunciar a um projeto, deve estimular a criatividade e as energias, com a fantasia do amor, para encontrar os fundos necessários, seguras de que a providência nos precede”, finalizou ela.
Com informações da CNBB e do site das Filhas de Maria Auxiliadora