O equipamento será inscrito na iGEM, uma competição mundial que oferece aos universitários a oportunidade de expandir os limites da biologia sintética, abordando questões cotidianas que o mundo enfrenta. A competição, marcada para ocorrer em novembro, será promovida pela International Genetically Engineered Machine (iGEM) Foundation, de Massachusetts, EUA.
De acordo com Viveiros, a equipe da Columbia o procurou após ver no Youtube o vídeo de um projeto de iniciação científica e de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do UniSALESIANO, que foi orientado por ele. “Para construir esse aparelho, o projeto passou pelas mãos de vários alunos dos cursos de Engenharias e também contou com o apoio de outros docentes, como a professora Eliane Cervelati. Em 2019, um grupo de acadêmicos, sob minha orientação, conseguiu concluí-lo”, explicou.
Trata-se do “Clinostat”, um aparelho que tem por objetivo produzir, artificialmente, um ‘ambiente de microgravidade’, ou seja, o giro do equipamento produz um efeito de ‘força gravitacional’. O Clinostat será agregado ao trabalho que está sendo produzido pela equipe Astroyeast: uma plataforma baseada em levedura para P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), que funciona em condições de microgravidade e pode ser usada para bimanufaturar alimentos, combustíveis, materiais e medicamentos no espaço sideral.
De acordo com a descrição do projeto da Astroyeast, os avanços da biologia sintética possibilitam a produção sustentável desses recursos na terra, mas, no espaço, a bioprodução tem se mostrado um desafio, pois a microgravidade induz mudanças globais nos perfis de expressão gênica, desencadeando uma resposta ao estresse nas células. Para resolver esse problema, a equipe do Canadá está desenvolvendo, então, uma cepa de levedura que é resistente à resposta ao estresse induzido por microgravidade.
Viveiros ressaltou que a equipe está focada em trabalhar com a levedura, pensando em desenvolver algum tipo de solução alimentar para possível povoação em Marte, já que há projeto de se povoar o Planeta Vermelho. “Para nós, é gratificante poder colaborar com projetos como esse. Estamos felizes e honrados com o convite”, concluiu o docente do UniSALESIANO.
Fonte: Monique Bueno - UniSALESIANO