Fazer opção de vida é uma decisão que pode mudar o rumo da nossa história. Moças e rapazes que optam pelo seguimento de Jesus por meio da Vida Consagrada, Sacerdotal ou Matrimonial, sabem que este caminho é desafiador.
É verdade que a juventude vive um clima de incerteza e de falta de clareza por onde caminhar. E, que, ao mesmo tempo, ama o desafio e está disposta a “enfrentar o novo” e cultivar a esperança de dias melhores.
Por isso é fundamental entender a realidade juvenil atual, cercada de novidades. Este entendimento exige de nós, animadoras/es vocacionais, iniciativas de saídas… Estar onde as/os jovens estão, gostar do que eles gostam.
Exige de nós disposição pessoal para uma experiência de “escuta e acompanhamento”. Auxiliar os jovens no discernimento, assim como fez Jesus com os discípulos de Emaús. Mais que tudo pensar: “Estamos dispostas nos aproximar deles? Caminhar com eles? Questioná-los? Respeitá-los? Comungar e compartilhar com elas e eles valores da vida?
Esses questionamentos nos ajudam a vivenciar um profundo caminho de descoberta vocacional com os jovens do nosso tempo. Este processo não é fácil de ser realizado, porque nos desestabiliza e nos desafia.
Nas respostas ao questionário do Sínodo, os jovens dizem que desejam aproveitar seu tempo livre em diferentes atividades: esportes, passeios, festas, danças, músicas…
No entanto, aqueles que já tiveram ocasião de participar de algum trabalho voluntário, de semanas missionárias, Vides com seus colegas de escola, dos centros juvenis, oratórios, grupos de jovens, associações, movimentos eclesiais, retiros, peregrinações, testemunham sentirem uma alegria mais profunda e duradoura, muito melhor do que as alegrias provenientes das diversões habituais.
Papa Francisco afirma: “Também a Igreja deseja colocar-se na escuta da vossa voz, da vossa sensibilidade, da vossa fé; até mesmo das vossas dúvidas e das vossas críticas…”
O Evangelho de Lucas 24, 13-35 traz uma iluminação, que nos desafia. Jesus descreve o “passo a passo” para se desenvolver um itinerário vocacional: Inicialmente se aproxima dos discípulos, tem desejo de conhecê-los, com grande paciência faz o exercício de escuta, corajosamente questiona os discípulos no momento certo, assume o compromisso de caminhar com eles, na intimidade da relação, senta-se à mesa, partilha o pão. Este deve ser o nosso “passo a passo” no trabalho de Animação Vocacional.
Que tal ao longo do mês de agosto, em cada comunidade religiosa e educativa, programar com nossos destinatários uma experiência de aproximação, de realização de um momento muito especial de partilha e de encontro nos quais mostremos com a vida: “a razão de sermos Salesianas são vocês! ” Busquemos os grupos de jovens que nos são familiares, na paixão que trazemos em nosso coração e no desejo de sermos hoje, como Dom Bosco e Madre Mazzarello, semeadoras e cuidadoras de vocações para a Igreja e para o nosso Instituto! Foi este o compromisso que assumimos com a nossa profissão, consagrando nossa vida a Deus a serviço do Reino e da juventude.
Na esperança do verbo esperançar meu abraço fraterno e agradecido, juntos somos mais!
Fonte: Inspetoria Santa Catarina de Sena