Viver o mandamento do amor em espírito de família!

Quinta, 23 Julho 2015 23:11 Escrito por 
A Inspetoria Nossa Senhora da Paz, como toda a Família Salesiana, celebra o ano do bicentenário do nascimento de Dom Bosco! Porém, outros dois motivos de comemoração se fazem presentes: os 120 anos da chegada das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) em terras mato-grossenses e os 70 anos do Colégio Coração de Jesus, com sede em Cuiabá, MT.

“Desde os anos iniciais, salesianos, salesianas e leigos vieram com o objetivo de desenvolver um trabalho educativo-pastoral em conjunto, na fraternidade e responsabilidade, fortalecendo a experiência do estilo de família nos ambientes educativos, e assim realizar a vontade do Senhor: Vida plena para todos!”, relembrava a irmã M. Carla Volunté, missionária italiana na inspetoria (1926-2008).

O conceito de família-lar funciona aqui como modelo do qual aproximar-se o mais possível; um conceito que tem origem em Dom Bosco. Ele entendia que a casa salesiana (oratório, internato ou escola) fosse como um lar, no qual as pessoas que formavam a comunidade educativa vivessem em comunhão, como em uma família.

Na perspectiva do “espírito de família”, a Inspetoria Nossa Senhora da Paz recorda também a obra da historiadora irmã Ivone Goulart, FMA: Presença das Filhas de Maria Auxiliadora entre os povos Bororo e Xavante (EdUFMT, 2010), que bem retrata a vivência e o compromisso dos missionários - irmãs, salesianos e leigos -, no trabalho conjunto com os povos indígenas no decorrer dos anos.

 

Missão conjunta

No prefácio, encontra-se importante síntese: “Apresentar este trabalho é falar da vida de tantas mulheres missionárias que dedicaram e dedicam suas forças, seu tempo e sua história na educação de crianças, adolescentes e jovens, tanto nas cidades quanto nas aldeias de Mato Grosso”. Como ressalta a Profª Drª Laci Maria Araujo Alves, “ao trazer as análises sobre a presença das Filhas de Maria Auxiliadora nas aldeias Xavante e Bororo desde o final do século XIX, Ir. Ivone realça um aspecto singular da obra: uma reflexão sobre a presença feminina em universo masculino e, ao mesmo tempo, uma avaliação da própria prática pedagógica da Congregação junto aos povos indígenas e a adoção de novas metodologias com vistas à preservação da cultura indígena”.

Além do trabalho que continua junto à população originária, as FMA da Inspaz estão presentes em cinco dioceses do Regional Oeste 02 e na Diocese de Ji-Paraná, RO; em escolas privadas ligadas à RSE e escolas estaduais; em obras sociais; e na organização do povo e evangelização nas comunidades inseridas. Como marco do cinquentenário da chegada das salesianas a Mato Grosso, em 1945, foi criado o Colégio Coração de Jesus (CCJ), em Cuiabá, que hoje celebra seus 70 anos de caminhada a serviço da educação e da cultura. No ano passado, foi a vez da Casa Ir. Tereza Valsé, em Alta Floresta, MT, comemorar o aniversário. A obra social celebrou 30 anos de dedicação à defesa e à promoção da vida de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

 

Alargai o olhar

A irmã Mariluce Dorilêo, inspetora da Inspaz, ressalta o quanto a ação das FMA da inspetoria está relacionada a alguns apontamentos do Documento de Aparecida: “É urgente a tarefa de entregar a nossos povos a vida plena e feliz que Jesus nos traz, para que cada pessoa humana viva de acordo com a dignidade que Deus lhe deu” (Aparecida nº 389) e “Como discípulos de Jesus Cristo, encarnado na vida de todos os povos, descobrimos e reconhecemos a partir da fé as ‘sementes do Verbo’ presentes nas tradições e culturas dos povos indígenas” (Aparecida nº529).

Conforme destaca, “motivadas e motivados pelos documentos da Igreja e nossos Capítulos Gerais, missionárias e missionários seguem firmes no trabalho evangelizador, apesar dos desafios, intensificando a presença e compromisso junto às comunidades e povos indígenas, fortalecendo o processo de autonomia para o fortalecimento de suas identidades e organização, na defesa do território, direitos, educação, no respeito à alteridade e valorização dos conhecimentos tradicionais. Enfim como discípulas/os  missionárias/os a serviço da vida e como filhas e filhos de sonhadores, nossas opções e escolhas brotam do grande sonho de Deus para todos os povos: que todos tenham vida e vida em abundância!”

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Última modificação em Sábado, 25 Julho 2015 00:01

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Quinta, 23 Julho 2015 23:11 Escrito por 
A Inspetoria Nossa Senhora da Paz, como toda a Família Salesiana, celebra o ano do bicentenário do nascimento de Dom Bosco! Porém, outros dois motivos de comemoração se fazem presentes: os 120 anos da chegada das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) em terras mato-grossenses e os 70 anos do Colégio Coração de Jesus, com sede em Cuiabá, MT.

“Desde os anos iniciais, salesianos, salesianas e leigos vieram com o objetivo de desenvolver um trabalho educativo-pastoral em conjunto, na fraternidade e responsabilidade, fortalecendo a experiência do estilo de família nos ambientes educativos, e assim realizar a vontade do Senhor: Vida plena para todos!”, relembrava a irmã M. Carla Volunté, missionária italiana na inspetoria (1926-2008).

O conceito de família-lar funciona aqui como modelo do qual aproximar-se o mais possível; um conceito que tem origem em Dom Bosco. Ele entendia que a casa salesiana (oratório, internato ou escola) fosse como um lar, no qual as pessoas que formavam a comunidade educativa vivessem em comunhão, como em uma família.

Na perspectiva do “espírito de família”, a Inspetoria Nossa Senhora da Paz recorda também a obra da historiadora irmã Ivone Goulart, FMA: Presença das Filhas de Maria Auxiliadora entre os povos Bororo e Xavante (EdUFMT, 2010), que bem retrata a vivência e o compromisso dos missionários - irmãs, salesianos e leigos -, no trabalho conjunto com os povos indígenas no decorrer dos anos.

 

Missão conjunta

No prefácio, encontra-se importante síntese: “Apresentar este trabalho é falar da vida de tantas mulheres missionárias que dedicaram e dedicam suas forças, seu tempo e sua história na educação de crianças, adolescentes e jovens, tanto nas cidades quanto nas aldeias de Mato Grosso”. Como ressalta a Profª Drª Laci Maria Araujo Alves, “ao trazer as análises sobre a presença das Filhas de Maria Auxiliadora nas aldeias Xavante e Bororo desde o final do século XIX, Ir. Ivone realça um aspecto singular da obra: uma reflexão sobre a presença feminina em universo masculino e, ao mesmo tempo, uma avaliação da própria prática pedagógica da Congregação junto aos povos indígenas e a adoção de novas metodologias com vistas à preservação da cultura indígena”.

Além do trabalho que continua junto à população originária, as FMA da Inspaz estão presentes em cinco dioceses do Regional Oeste 02 e na Diocese de Ji-Paraná, RO; em escolas privadas ligadas à RSE e escolas estaduais; em obras sociais; e na organização do povo e evangelização nas comunidades inseridas. Como marco do cinquentenário da chegada das salesianas a Mato Grosso, em 1945, foi criado o Colégio Coração de Jesus (CCJ), em Cuiabá, que hoje celebra seus 70 anos de caminhada a serviço da educação e da cultura. No ano passado, foi a vez da Casa Ir. Tereza Valsé, em Alta Floresta, MT, comemorar o aniversário. A obra social celebrou 30 anos de dedicação à defesa e à promoção da vida de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

 

Alargai o olhar

A irmã Mariluce Dorilêo, inspetora da Inspaz, ressalta o quanto a ação das FMA da inspetoria está relacionada a alguns apontamentos do Documento de Aparecida: “É urgente a tarefa de entregar a nossos povos a vida plena e feliz que Jesus nos traz, para que cada pessoa humana viva de acordo com a dignidade que Deus lhe deu” (Aparecida nº 389) e “Como discípulos de Jesus Cristo, encarnado na vida de todos os povos, descobrimos e reconhecemos a partir da fé as ‘sementes do Verbo’ presentes nas tradições e culturas dos povos indígenas” (Aparecida nº529).

Conforme destaca, “motivadas e motivados pelos documentos da Igreja e nossos Capítulos Gerais, missionárias e missionários seguem firmes no trabalho evangelizador, apesar dos desafios, intensificando a presença e compromisso junto às comunidades e povos indígenas, fortalecendo o processo de autonomia para o fortalecimento de suas identidades e organização, na defesa do território, direitos, educação, no respeito à alteridade e valorização dos conhecimentos tradicionais. Enfim como discípulas/os  missionárias/os a serviço da vida e como filhas e filhos de sonhadores, nossas opções e escolhas brotam do grande sonho de Deus para todos os povos: que todos tenham vida e vida em abundância!”

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