Missões
A edição de janeiro do Boletim Salesiano italiano dedicou quatro páginas à história e atuação do irmão Alois (Luiz) Würstle nas aldeias indígenas de Mato Grosso.
Terça, 04 Fevereiro 2014 22:21

A fé que floresce na guerra

Escrito por
Foi nos primeiros dias do Ano Novo que o mundo salesiano presenciara mais uma, dentre milhares de mortes derivadas da guerra civil que atinge a Síria desde 2011.
Oito jovens de São Paulo participaram em janeiro da Expedição Missionária 2014, em Guiratinga, MT, e contam sua experiência.
Sexta, 17 Janeiro 2014 14:54

Haiti: quatro anos depois

Escrito por
Em 12 de janeiro deste ano completaram-se quatro anos do terremoto que sacudiu o Haiti. Por ocasião do quarto aniversário desta catástrofe, o reitor-mor, padre Pascual Chávez, sublinhou a necessidade de que os salesianos do Haiti continuem trabalhando em prol da reconstrução física e social do país:
  A comunidade salesiana do Sudão do Sul organizou uma Comissão de Resposta as Emergências (Salesian Emergency Response) da qual fazem parte, com funções específicas e bem definidas, cinco salesianos, duas irmãs da Congregação Irmãs Caridade de Jesus, grupo pertencente à Família Salesiana, e uma irmã FMA (Filha de Maria Auxiliadora).  A criação dessa Comissão tem como objetivo oferecer uma cooperação adequada da Missão Salesiana nas operações de socorro no Sudão do Sul.   “Sou muito grato ao reitor-mor, padre Pascual Chávez, ao padre Václav Klement e a toda a equipe do ‘Don Bosco Network’ pela imediata resposta e sua disponibilidade em ajudar-nos – escreveu o padre Ferrington, delegado inspetorial para os dois Sudões –. A situação aqui em Juba é suficientemente calma, embora haja ainda esporadicamente tiroteios e mortes, sobretudo por vingança. Há dois dias foi realizado um sepultamento em massa de cerca de 30 pessoas - todos soldados e oficiais do exército. Quando os soldados se afastam, é quase certo que as lutas reiniciam. A população, por isso, continua vivendo no medo, e traumatizada”.   Na última quarta-feira, 8 de janeiro, vários salesianos e outros responsáveis pelas comunidades religiosas em Juba, capital do Sudão do Sul, visitaram um campo de refugiados preparado pela ONU (Organização das Nações Unidas), onde estão presentes cerca de 9.000 pessoas. A visita teve como intuito encorajar os refugiados e mostrar a eles a proximidade da Igreja.   A Missão Salesiana conseguiu o apoio da Secretaria de Resposta às Emergências da Missão ONU e está tentando obter o fornecimento de alimentos, remédios, material de primeiros socorros e de higiene da Organização Internacional para as Migrações. Graças à Procuradoria Missionária Salesiana de New Rochelle, também o ‘Catholic Relief Service’ em Juba estabeleceu contatos com os Salesianos.   Alguns refugiados, anteriormente acolhidos na missão salesiana, já deixaram o campo, porque encontraram refúgio entre os seus parentes. Os demais continuam e registram-se também novas chegadas. Os religiosos e os seus colaboradores continuam percorrerendo o território da Paróquia para levar auxílios aos necessitados.   Teme-se que os efeitos do conflito se estendam também a outras áreas do país, onde os salesianos contam com mais três obras. São muitos os refugiados que fogem das regiões mais afetadas pelo conflito, especialmente pelo lado do Quênia. As escolas estão fechadas, falta combustível, muitos lojistas abandonaram o país e é grande o número de jovens que foram convocados aos conflitos e tiveram de deixar o emprego.   InfoANS
Quinta, 09 Janeiro 2014 14:46

Sudão do Sul - Abarrotamento e medo entre o povo

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  Enquanto em Adis-Abeba, Etiópia, prosseguem o diálogo entre as duas partes em conflito, no Sudão do Sul a situação da população continua crítica.   No campo das Nações Unidas, em Juba, capital do Sudão do Sul, as estruturas de acolhimento aos refugiados já estão no limite. Atualmente ali se encontram também cerca de 200 paroquianos da obra salesiana, que sofrem pela falta de comida e pelas precárias condições higiênico-sanitárias. Os salesianos e as Irmãs da Caridade de Jesus foram visitá-los, expendendo cuidados médicos e partilhando o pouco do quanto era possível partilhar, visto que na escola secundária da obra salesiana ainda continuam cerca de 200/250 refugiados, em sua maioria crianças e mulheres, entre as quais algumas grávidas.   Entre esses refugiados há até quem tenha caminhado dez dias antes de achar um pouco de refúgio. E cada um tem a sua triste história para contar. Para alguns não sobrou nada: estão sem dinheiro, sem comida e com a roupa que levam no corpo... Há quem teve de jejuar por dias e dias durante a viagem, recebendo alguma pequena ajuda dos comerciantes ou da gente com quem cruzavam pelo caminho.   Visto que a situação no Sudão do Sul ainda está muito instável, são muitos também aqueles que vão para o Quênia. Na terça-feira, 7 de janeiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) acompanhou três caminhões e um ônibus até Nadapal, nos limites com o Quênia, com a intenção de transportar os refugiados ao campo de Kakuma. Mas tanto o UNHCR quanto as outras agências internacionais estão esmagadas sob a mole de necessidades: não há veículos suficientes para todos e falta também comida, roupa e locais de acolhida…   Na quarta-feira, 8 de janeiro, alguns salesianos foram a Mogiri, a 30 km de Juba, mas demoraram 3 horas para chegar, por conta da péssima condição da estrada. Ao longo do caminho, à exceção de dois cadáveres abandonados, não viram uma “alma viva”. Uma vez em Juba, observaram como a maior parte do povo prefere fugir para o mato: “Estamos com medo, padre; a morte pode visitar-nos a qualquer momento” – disse um deles, aterrorizado. Qualquer disparo ou mesmo ruído de carro os amedronta; saíram para receber um pouco de comida das mãos dos salesianos, mas logo em seguida voltaram para a mata, porque mais segura, porque, seja como for, alguma coisa para comer sempre se pode achar... Alguns militares desaconselharam os salesianos a voltar a Juba: consideram-na lugar não-seguro. “Mogiri perdeu tudo: negócios, transportes... Não há mais nada…Quando acabará tudo isto?” – perguntam-se os refugiados na comunidade salesiana.   InfoANS   Leia também:  Quênia - Milhares os refugiados às portas de Kakuma Notícia relacionada: Sudão do Sul é tomada por onda de confrontos
Missões
A edição de janeiro do Boletim Salesiano italiano dedicou quatro páginas à história e atuação do irmão Alois (Luiz) Würstle nas aldeias indígenas de Mato Grosso.
Terça, 04 Fevereiro 2014 22:21

A fé que floresce na guerra

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Foi nos primeiros dias do Ano Novo que o mundo salesiano presenciara mais uma, dentre milhares de mortes derivadas da guerra civil que atinge a Síria desde 2011.
Oito jovens de São Paulo participaram em janeiro da Expedição Missionária 2014, em Guiratinga, MT, e contam sua experiência.
Sexta, 17 Janeiro 2014 14:54

Haiti: quatro anos depois

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Em 12 de janeiro deste ano completaram-se quatro anos do terremoto que sacudiu o Haiti. Por ocasião do quarto aniversário desta catástrofe, o reitor-mor, padre Pascual Chávez, sublinhou a necessidade de que os salesianos do Haiti continuem trabalhando em prol da reconstrução física e social do país:
  A comunidade salesiana do Sudão do Sul organizou uma Comissão de Resposta as Emergências (Salesian Emergency Response) da qual fazem parte, com funções específicas e bem definidas, cinco salesianos, duas irmãs da Congregação Irmãs Caridade de Jesus, grupo pertencente à Família Salesiana, e uma irmã FMA (Filha de Maria Auxiliadora).  A criação dessa Comissão tem como objetivo oferecer uma cooperação adequada da Missão Salesiana nas operações de socorro no Sudão do Sul.   “Sou muito grato ao reitor-mor, padre Pascual Chávez, ao padre Václav Klement e a toda a equipe do ‘Don Bosco Network’ pela imediata resposta e sua disponibilidade em ajudar-nos – escreveu o padre Ferrington, delegado inspetorial para os dois Sudões –. A situação aqui em Juba é suficientemente calma, embora haja ainda esporadicamente tiroteios e mortes, sobretudo por vingança. Há dois dias foi realizado um sepultamento em massa de cerca de 30 pessoas - todos soldados e oficiais do exército. Quando os soldados se afastam, é quase certo que as lutas reiniciam. A população, por isso, continua vivendo no medo, e traumatizada”.   Na última quarta-feira, 8 de janeiro, vários salesianos e outros responsáveis pelas comunidades religiosas em Juba, capital do Sudão do Sul, visitaram um campo de refugiados preparado pela ONU (Organização das Nações Unidas), onde estão presentes cerca de 9.000 pessoas. A visita teve como intuito encorajar os refugiados e mostrar a eles a proximidade da Igreja.   A Missão Salesiana conseguiu o apoio da Secretaria de Resposta às Emergências da Missão ONU e está tentando obter o fornecimento de alimentos, remédios, material de primeiros socorros e de higiene da Organização Internacional para as Migrações. Graças à Procuradoria Missionária Salesiana de New Rochelle, também o ‘Catholic Relief Service’ em Juba estabeleceu contatos com os Salesianos.   Alguns refugiados, anteriormente acolhidos na missão salesiana, já deixaram o campo, porque encontraram refúgio entre os seus parentes. Os demais continuam e registram-se também novas chegadas. Os religiosos e os seus colaboradores continuam percorrerendo o território da Paróquia para levar auxílios aos necessitados.   Teme-se que os efeitos do conflito se estendam também a outras áreas do país, onde os salesianos contam com mais três obras. São muitos os refugiados que fogem das regiões mais afetadas pelo conflito, especialmente pelo lado do Quênia. As escolas estão fechadas, falta combustível, muitos lojistas abandonaram o país e é grande o número de jovens que foram convocados aos conflitos e tiveram de deixar o emprego.   InfoANS
Quinta, 09 Janeiro 2014 14:46

Sudão do Sul - Abarrotamento e medo entre o povo

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  Enquanto em Adis-Abeba, Etiópia, prosseguem o diálogo entre as duas partes em conflito, no Sudão do Sul a situação da população continua crítica.   No campo das Nações Unidas, em Juba, capital do Sudão do Sul, as estruturas de acolhimento aos refugiados já estão no limite. Atualmente ali se encontram também cerca de 200 paroquianos da obra salesiana, que sofrem pela falta de comida e pelas precárias condições higiênico-sanitárias. Os salesianos e as Irmãs da Caridade de Jesus foram visitá-los, expendendo cuidados médicos e partilhando o pouco do quanto era possível partilhar, visto que na escola secundária da obra salesiana ainda continuam cerca de 200/250 refugiados, em sua maioria crianças e mulheres, entre as quais algumas grávidas.   Entre esses refugiados há até quem tenha caminhado dez dias antes de achar um pouco de refúgio. E cada um tem a sua triste história para contar. Para alguns não sobrou nada: estão sem dinheiro, sem comida e com a roupa que levam no corpo... Há quem teve de jejuar por dias e dias durante a viagem, recebendo alguma pequena ajuda dos comerciantes ou da gente com quem cruzavam pelo caminho.   Visto que a situação no Sudão do Sul ainda está muito instável, são muitos também aqueles que vão para o Quênia. Na terça-feira, 7 de janeiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) acompanhou três caminhões e um ônibus até Nadapal, nos limites com o Quênia, com a intenção de transportar os refugiados ao campo de Kakuma. Mas tanto o UNHCR quanto as outras agências internacionais estão esmagadas sob a mole de necessidades: não há veículos suficientes para todos e falta também comida, roupa e locais de acolhida…   Na quarta-feira, 8 de janeiro, alguns salesianos foram a Mogiri, a 30 km de Juba, mas demoraram 3 horas para chegar, por conta da péssima condição da estrada. Ao longo do caminho, à exceção de dois cadáveres abandonados, não viram uma “alma viva”. Uma vez em Juba, observaram como a maior parte do povo prefere fugir para o mato: “Estamos com medo, padre; a morte pode visitar-nos a qualquer momento” – disse um deles, aterrorizado. Qualquer disparo ou mesmo ruído de carro os amedronta; saíram para receber um pouco de comida das mãos dos salesianos, mas logo em seguida voltaram para a mata, porque mais segura, porque, seja como for, alguma coisa para comer sempre se pode achar... Alguns militares desaconselharam os salesianos a voltar a Juba: consideram-na lugar não-seguro. “Mogiri perdeu tudo: negócios, transportes... Não há mais nada…Quando acabará tudo isto?” – perguntam-se os refugiados na comunidade salesiana.   InfoANS   Leia também:  Quênia - Milhares os refugiados às portas de Kakuma Notícia relacionada: Sudão do Sul é tomada por onda de confrontos