As coisas podem mudar?

Quinta, 09 Novembro 2017 06:27 Escrito por 
As coisas podem mudar? Foto: FreeImages
Esta é uma pergunta que fazemos todos os dias diante da realidade que vivemos, quer na vida pessoal, no trabalho, no nosso lar, na Igreja, na sociedade em geral, no país ou no mundo. O ser humano tem dentro de si o desejo de viver plenamente a vida, mas a realidade é bem diferente. Queremos dizer sim! As coisas podem mudar! Mas às vezes nos sentimos impotentes diante da realidade da corrupção, da guerra, da fome, da pobreza, da violência, do terrorismo, das calamidades naturais e assim por diante.  

Às vezes, também, achamos que “através de medidas legislativas que acabam com direitos e causam descompasso social, agravando as diferenças já existentes entre ricos e pobres, além de impossibilitar a reinserção social dos adolescentes mais marginalizados irão resolver a situação”. E todos sabemos muito bem que diante deste quadro tão negativo, as crianças, os adolescentes e os jovens são as primeiras vítimas.

Foi certamente pensando em tudo isso que o Papa Francisco propôs, para o próximo ano, um Sínodo dos Bispos que terá como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O documento preparatório diz que “acompanhar os jovens exige sair dos próprios esquemas pré-fabricados, encontrando-os lá onde eles estão, adaptando-se aos seus tempos e aos seus ritmos; significa também levá-los a sério na dificuldade que têm de decifrar a realidade em que vivem e de transformar um anúncio recebido em gestos e palavras, no esforço quotidiano de construir a própria história e na busca mais ou menos consciente de um sentido para as suas vidas”.

Este número do Boletim Salesiano contempla muitos dos aspectos descritos acima, com opiniões muito consistentes dos vários articulistas: todos os temas praticamente tratam de temas ligados ao trabalho com a juventude, que é a missão principal da Família Salesiana. Chamo a atenção para o artigo do nosso colaborador, Iago Rodrigues Ervanovite, sobre a redução da maioridade penal. Todos sabemos que é um tema polêmico, mas o autor nos apresenta bons argumentos para continuarmos na nossa ação em favor dos jovens e a lutarmos contra tão nefasta – e diríamos simplista – proposta. No texto ele afirma que “a opinião dos jovens, hoje, está pautada na ausência de reflexão de sua própria realidade. Eles estão perdendo a esperança no futuro. Apoiar propostas como a redução da maioridade penal é aceitar que o futuro não tem solução a não ser a morte; é aceitar que a Vida não triunfou na Ressurreição; é afirmar que Dom Bosco errava ao dizer que ‘todo jovem tem uma corda acessível ao bem’; é dizer que Ele não veio para que todos tivessem vida em abundância (Jo 10, 10), mas apenas alguns”.  

Sim, as coisas podem mudar. Nós podemos mudar. Essa é a proposta salesiana, fundada nos valores do Evangelho e que Dom Bosco traduziu na prática do Sistema Preventivo, realizando processos, descobrindo a importância do serviço em prol do crescimento humano e cristão de cada jovem. 

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As coisas podem mudar?

Quinta, 09 Novembro 2017 06:27 Escrito por 
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Esta é uma pergunta que fazemos todos os dias diante da realidade que vivemos, quer na vida pessoal, no trabalho, no nosso lar, na Igreja, na sociedade em geral, no país ou no mundo. O ser humano tem dentro de si o desejo de viver plenamente a vida, mas a realidade é bem diferente. Queremos dizer sim! As coisas podem mudar! Mas às vezes nos sentimos impotentes diante da realidade da corrupção, da guerra, da fome, da pobreza, da violência, do terrorismo, das calamidades naturais e assim por diante.  

Às vezes, também, achamos que “através de medidas legislativas que acabam com direitos e causam descompasso social, agravando as diferenças já existentes entre ricos e pobres, além de impossibilitar a reinserção social dos adolescentes mais marginalizados irão resolver a situação”. E todos sabemos muito bem que diante deste quadro tão negativo, as crianças, os adolescentes e os jovens são as primeiras vítimas.

Foi certamente pensando em tudo isso que o Papa Francisco propôs, para o próximo ano, um Sínodo dos Bispos que terá como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O documento preparatório diz que “acompanhar os jovens exige sair dos próprios esquemas pré-fabricados, encontrando-os lá onde eles estão, adaptando-se aos seus tempos e aos seus ritmos; significa também levá-los a sério na dificuldade que têm de decifrar a realidade em que vivem e de transformar um anúncio recebido em gestos e palavras, no esforço quotidiano de construir a própria história e na busca mais ou menos consciente de um sentido para as suas vidas”.

Este número do Boletim Salesiano contempla muitos dos aspectos descritos acima, com opiniões muito consistentes dos vários articulistas: todos os temas praticamente tratam de temas ligados ao trabalho com a juventude, que é a missão principal da Família Salesiana. Chamo a atenção para o artigo do nosso colaborador, Iago Rodrigues Ervanovite, sobre a redução da maioridade penal. Todos sabemos que é um tema polêmico, mas o autor nos apresenta bons argumentos para continuarmos na nossa ação em favor dos jovens e a lutarmos contra tão nefasta – e diríamos simplista – proposta. No texto ele afirma que “a opinião dos jovens, hoje, está pautada na ausência de reflexão de sua própria realidade. Eles estão perdendo a esperança no futuro. Apoiar propostas como a redução da maioridade penal é aceitar que o futuro não tem solução a não ser a morte; é aceitar que a Vida não triunfou na Ressurreição; é afirmar que Dom Bosco errava ao dizer que ‘todo jovem tem uma corda acessível ao bem’; é dizer que Ele não veio para que todos tivessem vida em abundância (Jo 10, 10), mas apenas alguns”.  

Sim, as coisas podem mudar. Nós podemos mudar. Essa é a proposta salesiana, fundada nos valores do Evangelho e que Dom Bosco traduziu na prática do Sistema Preventivo, realizando processos, descobrindo a importância do serviço em prol do crescimento humano e cristão de cada jovem. 

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