“Quis oferecer à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais necessitados”.
“Apesar dos grandes avanços na luta contra a pobreza, possibilitados pela globalização e o progresso tecnológico, a desigualdade aumentou notavelmente no mundo todo”, disse António Guterres, Secretário Geral da ONU. Entretanto, constata-se por outro lado que a pobreza é causada pelos conflitos militares que se proliferam no mundo, pela mudança climática, pela segurança alimentar e, sobretudo, pela escassez de água que está pondo em risco o progresso de todos os homens.
Contudo, como crentes, não só nos cabe constatar a realidade dos pobres, mas preocupar-nos com os pobres, “porque a fé sem obras é morta”. O Papa dá como exemplo São Francisco de Assis, que “não se contentou com abraçar e dar esmola aos leprosos, mas decidiu ir a Gúbio para estar junto com eles... Este testemunho mostra a força transformadora da caridade e o estilo de vida dos cristãos”.
“Não pensemos nos pobres apenas como destinatários de uma boa obra de voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou, menos ainda, de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz... deveriam abrir a um verdadeiro encontro com os pobres e dar lugar a uma partilha que se torne estilo de vida... partilhar com os pobres permite-nos compreender o Evangelho na sua verdade mais profunda”.
Neste 1º Dia Mundial dos Pobres somos chamados “a estender a mão aos pobres, a encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraçá-los, para lhes fazer sentir o calor do amor que rompe o círculo da solidão”.