Em diálogo com o primeiro Salesiano liberiano

Sexta, 19 Mai 2017 12:09 Escrito por  NS - Thornleigh
P. Blamoh Harris, primeiro Salesiano da Libéria, visitou no início de janeiro a Comunidade salesiana de Thornleigh, na Inglaterra. E isso propiciou quer um comovente encontro com alguns missionários salesianos que serviram na Libéria, quer uma entrevista, aos cuidados da Secretaria de Comunicação da Inspetoria da Grã-Bretanha (‘Salesian Link’).
 
Fale-nos de Ashaiman, Gana, onde serviu por 11 anos:
 
"A área é rica de desafios e as pessoas vivem em grave estado de pobreza. Em linha com o carisma salesiano, a Escola Profissional Dom Bosco oferece educação e formação profissional aos jovens de ambos os sexos, preparando-os para o trabalho em empresas locais. A oferta formativa compreende mecânica automobilística, contabilidade, habilidades informáticas para trabalhos de secretaria e cálculo, inclusive possibilitando aos alunos ingressar na universidade. Os Salesianos atuam também com o programa “Don Bosco Reach Out”, que apoia os ex-alunos diplomados da Escola a criarem suas microempresas. Nestes anos a escola passou de 350 a 720 alunos."
 
Em sua nova missão deverá conduzir uma Paróquia de perto de 800 famílias em Ondo (Nigéria):""
 
"A  Paróquia tem um grande Centro juvenil e muitas atividades para Jovens. Há um grupo de catequistas e diversos grupos de liturgia, que montam o tema para todo o ano, nos âmbitos da Liturgia e da Espiritualidade."
 
Quais os desafios para Inspetoria África Ocidental Anglófona (AFW)?
 
"Na Libéria, como na Serra Leoa, o povo tinha apenas iniciado a reconstruir sua própria vida depois da guerra, quando chegou o ebola. É difícil responder às pessoas que viram suas famílias destruídas, e tentar explicar tudo isso em termos de um Deus amorável. Mas creio que o fato de terem visto a presença da Igreja entre eles, tanto no sofrimento quanto na dor, seja o elemento mais importante.
 
Além disso, durante a guerra, muitas crianças foram obrigados, ou induzidas, a pegar em armas. Agora que estão crescendo, como Salesianos as acompanhamos a superar esse aspecto do seu passado. O projeto “Reconciliação através do Esporte” mostrou-se uma válida abordagem nesse sentido.
 
Agora, depois da crise do ebola, as coisas estão começando a melhorar; mas permanece a pobreza. E para o povo, às vezes, devendo enfrentar as exigências basilares da mesma vida, é difícil encontrar um equilíbrio espiritual.
 
 
 
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Em diálogo com o primeiro Salesiano liberiano

Sexta, 19 Mai 2017 12:09 Escrito por  NS - Thornleigh
P. Blamoh Harris, primeiro Salesiano da Libéria, visitou no início de janeiro a Comunidade salesiana de Thornleigh, na Inglaterra. E isso propiciou quer um comovente encontro com alguns missionários salesianos que serviram na Libéria, quer uma entrevista, aos cuidados da Secretaria de Comunicação da Inspetoria da Grã-Bretanha (‘Salesian Link’).
 
Fale-nos de Ashaiman, Gana, onde serviu por 11 anos:
 
"A área é rica de desafios e as pessoas vivem em grave estado de pobreza. Em linha com o carisma salesiano, a Escola Profissional Dom Bosco oferece educação e formação profissional aos jovens de ambos os sexos, preparando-os para o trabalho em empresas locais. A oferta formativa compreende mecânica automobilística, contabilidade, habilidades informáticas para trabalhos de secretaria e cálculo, inclusive possibilitando aos alunos ingressar na universidade. Os Salesianos atuam também com o programa “Don Bosco Reach Out”, que apoia os ex-alunos diplomados da Escola a criarem suas microempresas. Nestes anos a escola passou de 350 a 720 alunos."
 
Em sua nova missão deverá conduzir uma Paróquia de perto de 800 famílias em Ondo (Nigéria):""
 
"A  Paróquia tem um grande Centro juvenil e muitas atividades para Jovens. Há um grupo de catequistas e diversos grupos de liturgia, que montam o tema para todo o ano, nos âmbitos da Liturgia e da Espiritualidade."
 
Quais os desafios para Inspetoria África Ocidental Anglófona (AFW)?
 
"Na Libéria, como na Serra Leoa, o povo tinha apenas iniciado a reconstruir sua própria vida depois da guerra, quando chegou o ebola. É difícil responder às pessoas que viram suas famílias destruídas, e tentar explicar tudo isso em termos de um Deus amorável. Mas creio que o fato de terem visto a presença da Igreja entre eles, tanto no sofrimento quanto na dor, seja o elemento mais importante.
 
Além disso, durante a guerra, muitas crianças foram obrigados, ou induzidas, a pegar em armas. Agora que estão crescendo, como Salesianos as acompanhamos a superar esse aspecto do seu passado. O projeto “Reconciliação através do Esporte” mostrou-se uma válida abordagem nesse sentido.
 
Agora, depois da crise do ebola, as coisas estão começando a melhorar; mas permanece a pobreza. E para o povo, às vezes, devendo enfrentar as exigências basilares da mesma vida, é difícil encontrar um equilíbrio espiritual.
 
 
 
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