Fale-nos sobre Ashaiman, Gana, onde serviu por 11 anos.
A área é rica de desafios e as pessoas vivem em grave estado de pobreza. Em linha com o carisma salesiano, a Escola Profissional Dom Bosco oferece educação e formação profissional aos jovens de ambos os sexos, preparando-os para o trabalho em empresas locais. A oferta formativa compreende mecânica automobilística, contabilidade, habilidades com informática para trabalhos de secretaria e cálculo, inclusive possibilitando aos alunos ingressar na universidade. Os salesianos atuam também com o programa “Don Bosco Reach Out”, que apoia os ex-alunos diplomados da Escola a criarem suas microempresas. Nestes anos a escola passou de 350 para 720 alunos.
Sua nova missão será conduzir uma Paróquia com cerca de 800 famílias em Ondo (Nigéria)?
A Paróquia tem um grande centro juvenil e muitas atividades para jovens. Há um grupo de catequistas e diversos grupos de liturgia que montam o tema para todo o ano, nos âmbitos da Liturgia e da Espiritualidade.
Quais são os desafios para a Inspetoria África Ocidental Anglófona (AFW)?
Na Libéria, como em Serra Leoa, o povo tinha apenas começado a reconstruir sua própria vida depois da guerra, quando chegou o ebola. É difícil responder às pessoas que viram suas famílias destruídas, e tentar explicar tudo isso em relação a um Deus amável. Mas creio que o fato de terem visto a presença da Igreja entre eles, tanto no sofrimento quanto na dor, seja o elemento mais importante.
Além disso, durante a guerra, muitas crianças foram obrigadas ou induzidas a pegar em armas. Agora que estão crescendo, como salesianos nós as acompanhamos para que superem esse aspecto do seu passado. O projeto “Reconciliação por meio do Esporte” mostrou-se uma abordagem válida nesse sentido.
Agora, depois da crise do ebola, as coisas estão começando a melhorar; mas a pobreza permanece. E para o povo, às vezes, ao enfrentar as exigências básicas da vida, é difícil encontrar um equilíbrio espiritual.
Fonte: Info ANS