Alberto López, do Departamento de Comunicação da Procuradoria Missionária Salesiana de Madri, foi a Medellín, Colômbia, para realizar um documentário sobre o trabalho dos Salesianos com as crianças que abandonaram os grupos armados e sabem o que querem fazer da própria vida e o que pensam do processo de paz.
De acordo com os “Princípios de Paris”, o soldado-mirim “é menor de 18 anos, vinculado a uma força armada ou a um grupo armado, incluindo meninos e meninas, utilizados como combatentes, cozinheiros, carregadores, espiões ou para fins sexuais”.
A viagem de “Misiones Salesianas” visa conhecer de perto essa “chaga aberta”, que faz a sociedade sofrer e chorar: “Aqui começam uns dias intensos para conhecer e transmitir testemunhos, situações; e o trabalho dos Salesianos em favor da paz na Colômbia, escreve Alberto López. Aqui começa uma viagem que nos surpreenderá.
“Quando vais a alguns lugares realmente carentes", continua López, "sem água potável, sem eletricidade, nada mais do que em algumas horas por dia, com menores que, por sorte, comem uma vez por dia..., e vês a alegria e o otimismo dos missionários: então tomas consciência do que é realmente importante e de quanto há por fazer; mas, sobretudo, compreendes que não há mal no mundo que não possa ser curado pelo amor”.
Escrevendo sobre estes soldados-mirins, continua: “Contudo, o que se comprovou é que, apesar de tudo o que passaram, há neles um grande coração, cheio de sonhos infantis, de objetivos que estão ao alcance de suas mãos, ainda que muitos não o tenham percebido”.
Estas crianças são, realmente, o melhor termômetro do processo de paz vivido no país.