‘Não podemos continuar a viver na total indiferença...’

Segunda, 07 Março 2016 14:36 Escrito por  InfoANS
‘Não podemos continuar a viver na total indiferença...’ InfoANS
“Para mim, ser um bispo de coração salesiano significa ser o Bom-Pastor, que dá a vida por suas ovelhas, que as conhece, que as busca”, declarou em uma entrevista à Agência de Notícias Salesianas (InfoANS), dom Gabriel Escobar Ayala, bispo do Vicariato Apostólico do Chaco Paraguaio; uma declaração essa que é também um estilo de vida.

 Nestes dias dom Escobar voltou a levantar a voz por sua gente: “Não podemos continuar a viver na total indiferença por parte das autoridades”, acolhendo deste modo, o convite do Papa a “vencer a globalização da indiferença”.O bispo do Vicariato Apostólico do Chaco, dom Gabriel Escobar, exortou os residentes do Alto Paraguai a pedir com maior decisão às autoridades que cumpram seus deveres, diante do isolamento em que vivem as várias comunidades da região por falta de estradas e da ausência do Estado.

 

"Não podemos continuar a viver nesta situação aqui na região do Chaco, diante da total indiferença das autoridades nacionais e estaduais", disse dom Escobar, acrescentando que se deve combater a pobreza cultural e é preciso apresentar lamentações concretas às autoridades "com base em fatos reais e não somente por meio das redes sociais, como geralmente estamos acostumados". A falta de instrução representa uma vantagem para as autoridades, enquanto os cidadãos não são capazes de expor os próprios pedidos e reclamações, destacou. "Uma característica do povo paraguaio é resistir e sofrer, mas não se pode mais tolerar esta situação, as pessoas desta parte do país merecem uma vida melhor", concluiu dom Gabriel Escobar.

 

O Alto Paraguai conta uma população de 18 mil habitantes. O problema mais grave é a falta de estradas: só se pode chegar a vários centros habitados percorrendo o rio Paraguai com pequenas embarcações, que prestam este serviço uma vez por semana. Na região, não há investimentos do Estado para melhorar a situação. As poucas vezes que as autoridades quiseram promover algum projeto, a corrupção acabou por bloquear tudo.

 

InfoANS

 

 

 

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Última modificação em Segunda, 07 Março 2016 22:32

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“Para mim, ser um bispo de coração salesiano significa ser o Bom-Pastor, que dá a vida por suas ovelhas, que as conhece, que as busca”, declarou em uma entrevista à Agência de Notícias Salesianas (InfoANS), dom Gabriel Escobar Ayala, bispo do Vicariato Apostólico do Chaco Paraguaio; uma declaração essa que é também um estilo de vida.

 Nestes dias dom Escobar voltou a levantar a voz por sua gente: “Não podemos continuar a viver na total indiferença por parte das autoridades”, acolhendo deste modo, o convite do Papa a “vencer a globalização da indiferença”.O bispo do Vicariato Apostólico do Chaco, dom Gabriel Escobar, exortou os residentes do Alto Paraguai a pedir com maior decisão às autoridades que cumpram seus deveres, diante do isolamento em que vivem as várias comunidades da região por falta de estradas e da ausência do Estado.

 

"Não podemos continuar a viver nesta situação aqui na região do Chaco, diante da total indiferença das autoridades nacionais e estaduais", disse dom Escobar, acrescentando que se deve combater a pobreza cultural e é preciso apresentar lamentações concretas às autoridades "com base em fatos reais e não somente por meio das redes sociais, como geralmente estamos acostumados". A falta de instrução representa uma vantagem para as autoridades, enquanto os cidadãos não são capazes de expor os próprios pedidos e reclamações, destacou. "Uma característica do povo paraguaio é resistir e sofrer, mas não se pode mais tolerar esta situação, as pessoas desta parte do país merecem uma vida melhor", concluiu dom Gabriel Escobar.

 

O Alto Paraguai conta uma população de 18 mil habitantes. O problema mais grave é a falta de estradas: só se pode chegar a vários centros habitados percorrendo o rio Paraguai com pequenas embarcações, que prestam este serviço uma vez por semana. Na região, não há investimentos do Estado para melhorar a situação. As poucas vezes que as autoridades quiseram promover algum projeto, a corrupção acabou por bloquear tudo.

 

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